16 maio, 2013

Frei Bento Domingues: "A ditadura do medo"

Todos juntos, não teremos medo.
"1. Estamos na era do medo irremediável ou nas vésperas de "novos céus e nova terra", como canta o Apocalipse e que a liturgia continua a proclamar (Ap. 21,1-5)? (...)  
2.(...) Na Quaresma de 2010, ao pedir um gesto fraterno, Jorge Mario Bergoglio escreveu: estamos em risco! Como sociedade, acostumamo-nos, pouco a pouco, a ouvir e a ver a crónica negra de cada dia; habituamo-nos, também, a tocá-la e a senti-la à nossa volta sem que isso mexa connosco; produz, quando muito, um comentário superficial e descomprometido. A chaga está na rua, no bairro, em nossa casa; no entanto, como cegos e surdos convivemos com a violência que mata, destrói famílias e bairros; aviva guerras e conflitos em muitos lugares e olhamos para isso como mais uma imagem. O sofrimento de tantos inocentes deixou de nos incomodar, o desprezo dos direitos das pessoas e dos povos, a pobreza e a miséria, o império da corrupção, da droga assassina, da prostituição imposta e infantil passaram a ser moeda corrente sem realizarmos que, mais cedo ou mais tarde, teremos de pagar a factura (cf. Vida Nueva n.º 2.844 pg. 50).  
Isto não é uma fatalidade. É assim, porque nós consentimos." 
Frei Bento Domingues (ler na integra)

13 comentários:

  1. A fatalidade é nós consentirmos. Essa é que é a fatalidade...

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  2. Assustadoramente verdadeiro! Eu, por mim, ando em pânico, acredita?

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  3. Medos, já não tenho... mas ainda tenho consciência!


    Abraço!

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  4. "Isto não é uma fatalidade. É assim, porque nós consentimos."

    é, na verdade. e como é doloroso o estado a que chegámos...

    cumprimentos meus
    Mel

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  5. De nuestros miedos
    nacen nuestros corajes
    y en nuestras dudas
    viven nuestras certezas.
    Los sueños anuncian
    otra realidad posible
    y los delirios otra razón.
    En los extravios
    nos esperan hallazgos,
    porque es preciso perderse
    para volver a encontrarse.
    ~Eduardo Galeano

    Um abraço

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  6. É verdade, é assim porque nós queremos.
    Um abraço

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  7. concordo! e, acho que isto já anda a ser consentido à demasiado tempo, talvez desde antes do meu nascimento, por isso o sentimento de impotência e desnorte que a minha geração sente é tão grande...há que lutar!

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  8. Uma das raras vozes esclarecidas da Igreja tuga.
    Não tenho dúvidas ( nem a MFL, imagine-se!!!) que o propósito desta cambada é meter-nos medo. Há que resistir.

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  9. Vão surgindo, aqui e ali, algumas vozes dispostas a desarrumar velhos pressupostos desajustados da realidade.

    Lídia




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