Num dado momento assumi um compromisso. Por não cumprido estamos a ressentir-nos disso. Foi em Março de 2010, num post que agora repito tal qual, até com a mesma nota final:
...será um libelo contra a sanha privatizadora, inscrita no PEC.
Estava meio deprimido. A semana não tinha corrido nada bem. Depois das minhas incursões pelas incapacidades educativas e de meia dúzia de propostas a que ninguém ligou, só fiz asneiras: Perdi-me no Chiado e escondi-me dos poetas que por lá estão; troquei as voltas àquela amiga que me oferece flores, cores, sorrisos e poemas (desejei-lhe feliz regresso quando ela ainda se preparava para partir); esqueci a quantas andava e perdi o dia de anos da minha mais recente seguidora; fui avinagrar amigos de infância, etc., etc., etc. Estava assim, zangado comigo mesmo e com o mundo, quando surge o toque salvador. Atendo:
Eu - Sim? (digo em voz mais seca do que me estava a alma)
Uma voz - Rogério? (ouvi, do outro lado, aquela voz bem conhecida que teve o condão de me animar a alma)
Eu - Olá, que bom ouvir-te (disse, quase a confessar-lhe o meu estado)
A tal voz - Rogério, lembras-te daquele meu filme onde eu desempenhava o papel de falso carteiro, perito em obras de Shakespeare, numa apocalíptica terra devastada e onde acabo por descobrir o poder de inspirar a esperança e fazer crer ao povo, perseguido pela tirania,que o Governo do meu país tinha sobrevivido à hecatombe?
Eu - Claro, é um dos meus épicos mais queridos! Aquele em que a juventude assume os correios, como símbolo do Estado e como bandeira da resistência e cidadania, mobiliza o povo contra os opressores. Belo filme, onde te vejo liderar uma heróica rebelião para repor a paz e a justiça
Voz – Esse mesmo. Quero que tu me escrevas umas notas, tipo sinopse, para uma nova versão. O título provisório é “The portuguese postman”, mas estou receptivo às tuas sugestões. Podes?
Eu – Yeessss! (exclamei, com uma alma nova em folha, sem os anteriores vestígios de ferrugem)
… e lá combinamos data e local para o bate-papo em torno do meu argumento.
NOTA: Kevin Costner está mais atento à nossa realidade que a maior parte dos blogues que estou a seguir. Mas com o filme isso irá mudar...
Nunca vi o filme, mas acho Kevin um bom actor e com preocupações sociais.
ResponderEliminarBom final de semana
Bem recebido aqui e sem necessidade de assinar o aviso de recepção.
ResponderEliminarCaro Rogério
ResponderEliminarLi o post pela segunda vez. A minha dificuldade em linguas não deu para perceber grande coisa no que se refere ao filme, mas deu em relação aos "textos". No que respeita à nota final, de facto não posso deixar de me sentir inferiorizado, pois senti uma sensação de pequenez, dado que sei que segue o meu blog.
Pronto o Mundo (mesmo o da Bloga) é composto por gente com opiniões e visões diferentes e naturalmente com maiores ou menores capacidades de escrita e de criatividade.
Paciência. Se todos fossem bons naquilo que fazem, os génios
não de destacavam.
Boa memória
ResponderEliminarColoquei um link no meu blogue e no "facebuke".
ResponderEliminarNão há dúvida que nos andam a tentar anestesiar!
Não podem passar impunes, estes bandalhos, reacionários, vendilhões da Alma Portuguesa!...
Desenterrado das memórias o filme valeu toda a escrita aqui registada.
ResponderEliminarParabéns pela vivaz forma de indignação.
Abraço!