É bom ouvir os pássaros
Eles desmentem
que sejamos
meros amontoados, organizados
de átomos
Minha Alma
É bom ouvir os pássaros
Eles desmentem
que sejamos
meros amontoados, organizados
de átomos
Minha Alma
«Em declarações à Lusa, Ana Jorge afirmou que o governo nunca tinha aberto esta opção, mas anunciou que agora está a ser trabalhada uma proposta que abre a “possibilidade de ter unidades organizadas por cooperativas de médicos, associações, entidades privadas”.»
Agência Lusa - "Saúde: Governo (Sócrates) abre instalação de unidades de saúde familiares a privados e cooperativas de médicos" - Maio de 2011;
«O ministro Paulo Macedo sugeriu no dia 7 de Outubro a criação de compromissos duradouros entre Governo e Partido Socialista, conferindo de algum modo à saúde a possibilidade de constituir o mote para um eventual consenso mais alargado de governação. (...) No essencial e por agora, a minha opinião é de que o Partido Socialista deve tentar perceber se este é o sentimento genuíno de todo o Governo (PSD e CDS) ou se não passa de uma tentativa de aproximação oportunista face ao calendário eleitoral de 2015. (...) Como fiz no PS, também no país estou disponível para lutar por compromissos duradouros e estabelecer pontes. À esquerda ou com a verdadeira social-democracia.»
Álvaro Beleza, Público, hoje
«“CONDIÇÕES DE ABERTURA DAS USF MODELO C AO SECTOR SOCIAL E COOPERATIVO A TÍTULO EXPERIMENTAL” - RECOMENDAÇÕES E PROPOSTAS” (a tipologia de Unidade de Saúde Familiar do modelo C abrange as USF do sector social, cooperativo e privado)
Grupo de Trabalho nomeado em Março de 2013
Não é um gráfico
trágico
Nem tão pouco
o comportamento, louco
de mais uma perda
enquanto tudo se queda
ou mesmo cai
Nem é a medida do ânimo que se esvai
Nada disso
Nenhum indicador negativo
lhe consegue apagar o sorriso
Ela confia
e acredita,
que "o sonho comanda a vida"
e tudo o que tiver de mudar, muda
A gente ajuda
Parabéns, miúda!
“Querida companheira e amiga Dilma (...) Este novo triunfo representa mais um passo na direção da consolidação de nossa Pátria Grande da América do Sul, na qual tanto empenho dedicamos desde nossas funções de governo e da militância de toda uma vida. No começo deste segundo mandato, quero te transmitir o apoio incondicional desta presidente e da Nação Argentina para continuar avançando juntos num futuro melhor para nossos povos”.
Quando as asas atingem ampla envergadura
Quando o corpo atinge a apropriada alturaQuando a mente começa à beira de se ansiarHá que seguir o guia da arte de bem voar
A primeira regra é fácil de dizer, difícil de fazerÉ treinar o olhar, para saber (sempre) onde poisarÉ estar aberto à observação e ao aprenderÉ educar a atenção, a inteligência e o pensar
A segunda regra, requer treino e ausência de medosÉ perceber que pequenas quedas fazem parte da viagemÉ não se deixar enredar em fáceis e distraídos enredosE é iniciar o treino, com persistência e coragem
A terceira regra é já de laborioso exercício de treinoÉ escolher um ramo que não seja ameno poleiroÉ escolher o que fique a distância curta para não falharE que as asas sirvam quase apenas para pousar
As regras seguintes, quase iguais, aumentadas de dificuldadeRamos cada vez mais distantes, cada vez mais em subidaNo sentido em que se encaminha a vida...E à medida que as asas ganham idade
Quando se chega ao alto é que tudo começaE a última regra de bem voar, é voar em bandoDistinguir a selva da floresta
E saber parar, de vez em quando
Podes (re)começar!
Também numa canção "as palavras são facas,
interpelam a memória e a sua filha directa,
a coerência ..."
Foto editada na revista Sinapse |
«Ao Orlando Leitão
Começo por citar Alberto Caeiro
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensar.
Não será esta a base de toda a semiologia que o Orlando
tão sàbiamente sempre defendeu? Seguramente foi esta a
pedra basilar do seu sucesso.
Como homem há a realçar a sua integridade, o desejo de
aventura e das viagens.
Termino com um excerto de um poema de Li Bai, poeta
chinês do séc. VIII
...Vou convidar os dragões
a beber um vinho delicado e raro
na grande taça da Ursa Maior.
Não busco riquezas nem honrarias
viajo pelo mundo,
quero apenas força em minha vida
Um abraço
Maria Cândida Maia » (*)
Mas nem sempre é possível esconder uma discussão que terá de acontecer:«Se nada de essencial é para discutir porque não é oportuno, afasto-me já em bicos de pés para não perturbar o sono das hostes” (...) "É mesmo caso para perguntar que novas 'teorias' António Costa irá inventar, para se furtar ao debate da questão do Tratado Orçamental, da questão da renegociação e/ou reestruturação da dívida, da questão das privatizações e da questão da promiscuidade entre o PS e os negócios? Será a 'teoria do gato asseado', que tapa com areia as suas necessidades? Ou a 'teoria da vassoura', que empurra para baixo do tapete tudo o que é desagradável?»Alfredo Barroso, fundador do PS, aqui«...enquanto o PS se não “explicar” inequivocamente em relação às questões fundamentais - tratado orçamental, dívida, défice, sectores sociais do Estado, regulação do trabalho, privatizações em curso - não há nenhuma razão para acreditar que a política portuguesa vá mudar em consequência de uma simples mudança do resultado das eleições.»JM Correia Pinto, no blogue "POLITEIA"«...depois de anos a ouvirmos todos os especialistas, de todos os quadrantes, portugueses e não só, depois de lermos n estudos, com vários matizes, sobre a dívida e formas de a abordar, o PS, que sabe tão bem como toda a gente que estamos perante opções eminentemente políticas, refugia-se num texto vago que parece querer adiar tudo, uma vez mais, para o dia do nunca.»Joana Lopes, no blogue "Entre as brumas da memória"
«Por este entendimento e em nome da coerência, a CDU não pode permanecer nesta sala para escutar os vossos discursos. Depois de ouvirmos as intervenções dos líderes das outras bancadas, nossos colegas da Assembleia, abandonaremos esta sala. É com um desgosto profundo que a abandonará nessa altura. Mas com uma palavra de esperança: a Moção aprovada irá ser cumprida, assim as forças políticas que a votaram acordem para uma posição coerente ou que as populações as façam acordar.»
Rogério Pereira, na passada quinta-feira
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
Tejo que levas nas águas
Poema de Manuel da Fonseca
Voz de Adriano
Dilma, no chamado 1º turno, ganhou no Nordeste quase todo. Agora não se sabe se ganha. Nesta hora de incerteza, eu guardo este vídeo, é de 2001, antes de Lula. Depois de ter percebido como a realidade se alterou eu fico à espera, com a certeza de que a História não marcha para trás...
Podem-se dispensar de ver este "documento". Admito que o coloquei aqui com pouca esperança de que seja visto... mas fiz questão de o guardar.
Ia a leitura assim ouvida quando é interrompida pelo grito do Rogérito: "Vizinha, a eleição de Morales na Bolívia, pode dar uma ajudinha à Dilma!"«A nossa simpatia e solidariedade para com a candidatura apoiada pelo Partido dos Trabalhadores e por outras forças de esquerda em que se inclui o Partido Comunista do Brasil, não ignora as dificuldades, contradições e limites do processo de mudança em curso neste imenso país/continente. Nem esquece que a par das eleições presidenciais se realizaram eleições para governador dos diferentes estados, para deputados e senadores e que, apesar de alterações que importa avaliar, a relação de forças daí resultante permanece globalmente desfavorável às forças de esquerda. E bem sabemos que uma coisa é ter a presidência e posições importantes no aparelho de Estado, outra coisa bem diferente é ter o poder. É uma evidência que a vitória de Dilma não assegura por si só o prosseguimento e aprofundamento do processo de mudança iniciado em 2002 com a primeira eleição de Lula. Como as manifestações de Junho do ano passado confirmaram, só com o apoio e mobilização das camadas populares interessadas será possível quebrar a resistência do Capital e avançar com as transformações económicas, sociais e constitucionais que a sociedade brasileira reclama.(...)»
«Meu amor,
O mundo tem os dias contados. E quem pode com o belo que o carregue. Não basta descrever o humano, há que inventá-lo! Não basta ver o que somos, mas o que podemos ser. Quem não sentiu uma mão na cara, para a guerra ou para o amor, não lhe conhece o poder. Quem regressou da morte ao mundo, contrariando duas vezes a natureza, sabe que não deve desperdiçar os dias que lhe são dados, não pode desperdiçar o tempo com aqueles que se afastam. Foi assim, meu amor, que vim aqui parar, sorrindo no alpendre da tua alegria, com um bandolim, um violão e uma garrafa de fazer canções. Andar pelo Universo não é de graça, andar paga-se com a vida. E a vida, meu amor, o tempo em que se vê as formas e as coisas, deve ter responsabilidade. A tristeza não inventa nada. A tristeza tem os pés demasiado apegados à terra, o corpo muito pesado pelo excesso de certezas. A tristeza não voa. Lançada do cimo de um edifício, a tristeza desfaz o seu crânio no asfalto. Como é diferente a alegria meu amor! Já viste, na praia, presa às mãos de uma criança e, mesmo assim, a subir no céu? Não precisas mais do que o vento, para subir. A alegria inventa tudo. Atirada ao mar, a alegria flutua, a alegria nada. A alegria avança em qualquer terreno. Nas densas florestas do teu país, podemos ver a alegria enrolar-se aos troncos das árvores e a pôr a língua de fora. Quem julgas quem inventou a roda, a alegria ou a tristeza? Quem julgas, tu, que inventou a palavra, a calada tristeza ou a efusiva alegria? Quem julgas que inventou o amor? Quem julgas, tu, que inventou Deus, se não a tristeza? Meu amor, a tristeza quer ser maior do que os homens, quer ter a certeza, quer ser ela a dar as ordens, a ditar as regras! A tristeza quer ser omnipresente e omnipotente. A tristeza quer que fiquemos sempre na mesma. Quem julgas que inventou a ciência, a alegria ou a tristeza? Quem julgas, tu, meu amor, que nos pode destruir, a alegria ou a tristeza? Quem julgas, meu amor?
O teu
Carta 24, in "Todas as Cartas de Amor"
imagens de um universo diverso, colhidas na pesquisa "google": «Conversa Avinagrada» |
"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! "
Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
É certamente "quixotesco" o que penso, mas vale a pena fazer o mínimo para contrariar a limpeza à ética que ainda resta, limpeza que está a acontecer desde há muito, na imprensa. A net é ainda (e por enquanto) um espaço onde se escreve com a liberdade necessária. A blogosfera já não é aquilo que era, mas importa que revigore a sua força interventiva, mesmo com "interregnos para coisas belas" (até porque precisamos delas).
Em Maio de 2011, Pedro Tadeu, então director-adjunto do DN, escrevia «Os que me rodeiam avisam: "Não o faças. É um suicídio profissional." Mas não me sinto tranquilo: como pode um jornalista ser honesto com os seus leitores se escrever artigos de opinião política sem revelar as suas opções ideológicas?» e deu a conhecer, nesse seu escrito, as opções que tinha. De Baptista Bastos, de uma outra geração, já há muito que eram conhecidas as suas ideias subversivas, escritas com belas palavras: As palavras, meus dilectos, nunca são uma memória a fundo perdido (assim as descreveu hoje). Foram ambos varridos, num curto espaço de tempo. A saída de Tadeu, fez-se sem alarido conhecido. Baptista Bastos explicou, ele próprio, a sua saída.
Que podemos nós fazer? Sei lá, talvez escrever..._______________________
A sinceridade espelhada na face pode vir a decidir a segunda volta, que depende mais da posição do PSB do que da orientação de voto de Marina Silva (que no funeral acenava e sorria). Há imagens que valem mais que mil palavras... |
«Bombardeado todo santo dia pela grande mídia com notícias negativas do governo (...), o leitor acaba assimilando as informações distorcidas e tendenciosas como se verdadeiras fossem.» (ler aqui) |
Isso, já lido. Li-o no sábado passado, de um fôlego, de um jacto e sem ter parado. Estranho isso, pois há muito que não consigo ler um livro de rajada. Aquele recato que tinha, aquele sossego de espírito e reserva de concentração para devorar palavras, pensá-las e repensá-las... tinha perdido isso. Por cada livro que pegava, pensava: é agora!, e não era. Depois de uma dezena de páginas, já estava a pensar nas tarefas, na intervenção que tinha de preparar. Mais meia dúzia de folhas, e já não se me tirava da ideia as escolas fechadas, os professores por colocar e os enfermeiros a duplicarem horários e as pilhas de processos fora do sítio porque o Citius empanturrou. Mais uma dezena de parágrafos e um voltar atrás para poder continuar e lá me vinham à ideia um mar de assuntos, temas e alguns fantasmas que não me largam. A guerra e as crianças despedaçadas faziam-me desertar da leitura. Como ler tranquilamente com o sangue de crianças a ocupar-me a mente? Como ter concentração e ripanço para poder dedicar a um livro a atenção e o respeito merecido? Até pegar em "Alabardas" não passava de meio-livro. Este li-o inteiro, talvez porque seja apenas meio. E só depois de ler as 66 páginas é que a inquietação e o desassossego me invadiram. E foi um desfiar de memórias, ao tempo em que os escritores não se escondiam atrás da sua obra e saíam à rua...
"Nunca separei o escritor da pessoa que o escritor é. A responsabilidade de um é a responsabilidade de outro." (escreveu Saramago a propósito de alguém que não quero trazer ao caso). E ei-los, de corpo inteiro, na obra como na marcha, com a coerência de ter de bater a coincidência entre a obra e a vida:
Marcha pela Paz,1983. Da esquerda para a direita: José Saramago, Piteira Santos, Maria Rosa Colaço, Lopes Graça, Manuel da Fonseca, José Cardoso Pires e Urbano Tavares Rodrigues.(foto Rui Pacheco) |
«Depois de 107 horas, um jogador atingiu o nível 30 de Destiny (...) é referenciado como o primeiro a conseguir tal feito. Gastou no total 107 horas e 15 minutos, "morreu" 251 vezes e "matou" 2008 inimigos. (...) O jogo demorou quase uma década a ser concretizado pelo estúdio Bungie e foi antecipado como o maior investimento de sempre nos videojogos pela distribuidora Activision.(...)
(...) Claro que o objectivo não é olhar para a paisagem mas disparar muitos e acertados tiros para evoluir nas missões, obter troféus e armas e munições e desbloquear competências.»