10 abril, 2021

CADA VEZ ESTOU MAIS ESPANTADO COM O RUMO QUE A BARCA LEVA...


O Parlamento votou uma proposta que dizia qualquer coisa como isto:
«Tendo em conta a necessidade de garantir provisões para investimentos futuros que serão necessários para enfrentar a crise, propomos a proibição da distribuição de dividendos nas grandes empresas, permitindo que sejam distribuídos lucros apenas nas micro, pequenas e médias empresas, ainda que com limitações» e a proposta pretendia ainda proibir os dividendos, também na banca e nos grupos económicos, «até ao final do ano em que cessem as medidas excepcionais e temporárias de resposta à epidemia SARS-CoV-2», assegurando «que a banca se limita a ser um agente de um serviço público, de apoio à economia e às famílias». 
E não é que a proposta foi chumbada!...
(Veja aqui os detalhes disto)

6 comentários:

  1. Os mesmos do costume e com eles o mesmo do costume que às vezes quer parecer que não é o mesmo do costume.

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  2. Olha, Rogério, como já nem sei que te diga, resolvi ir buscar um velho soneto que, ainda que ao de leve, toca no assunto. Forte abraço e perdoa-me o atrevimento.

    BANCA(S) & MERCADO(S)
    *

    Leveda o verso. Há raios e coriscos
    Nas veias e nos nervos do poeta
    Sobre o qual chovem os cifrões dos fiscos
    Com juro exponencial de acção directa.
    *
    No bar da esquina vendem-se os petiscos
    Que cozinhou Benilde, a amada neta
    Do saudoso Manel dos Olhos Piscos
    Que, dizia-se, fora um grande atleta.
    *
    Na banca, apregoando o peixe fresco,
    A ti Martina com seu ar burlesco
    Escama garoupas, pargos e pescadas
    *
    E julgo ouvir ao longe os seus pregões
    A sobrepor-se ao medo, às convulsões
    E ao Super de gestão “offshorizada”.

    *
    Maria João Brito de Sousa – 06.08.2018 – 19.49h

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    1. Agora que és maior
      e recém vacinada
      sem que te tenha
      acontecido nada

      atreve-te sempre
      as Benildes, os Maneles e as Martinas
      em seus pregões te agradecem
      e eu também

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  3. Rogério,
    Uma barca sem rumo ou com um destino duvidoso ?
    O soneto da Maria João, tem o rumo certo !

    Um beijinho

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    1. Ah, se tudo dependesse
      de um soneto com pregões do povo
      teríamos um rumo certo
      teríamos um rumo novo

      Bjinho

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