13 junho, 2024

SANTO ANTÓNIO, HOJE E AGORA (COMO JÁ ANTES FORA)

(reeditado)


Soubesse eu desenhar um só som que fosse
Soubesse eu escrever entre claves de várias partituras
Palavras e quadras (1) alegres, graves, suaves ou duras
Que sob a forma de canção
Vos daria deste dia toda a sua dimensão

De arco, balão, vestes rimando com antigas lembranças
Desceram a avenida com marcação e sorrisos
Da Liberdade de que desceram esquecidos
de antes sonhadas e ansiadas esperanças


Soubesse eu desenhar um só som, que fosse querido
E escreveria, à memória dos meus mortos (2) um hino
Que lembrasse, também, um sermão esquecido (3)
Desse, que trás ao colo um menino

Povo tão afastado de si, bem levado se leva
Quem de alegria mascara a treva 
Rogério Pereira
(1) desgarrada (2) meus mortos (3) sermão esquecido

10 comentários:

  1. Rogério,
    Foste relembrar instantes
    de tempos longínquos e felizes
    Agora tudo é diferente e a gente
    vai morrendo lentamente
    Um pouco a cada dia
    e pior, já nada sói como soía.... 😏

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    1. "Nada sói como soía",
      Tudo muda tão depressa
      Que descarta se avalia
      A avaria de uma peça
      *
      E eu, com tanta peça solta,
      Bem vou tentando colá-las
      Mas falho, volta não volta,
      E não queria descartá-las ;)
      *

      Beijinhos, Janita!

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    2. E não queria descartá-las
      Nem descartá-las podia
      Vem logo ali a Rosinha
      Dizer que o que dantes soía
      Agora não tem valia...

      Isto nem é uma quadra
      É uma quintilha manhosa
      Mais me valia ficar calada
      Do que armar-me em jeitosa...

      Beijinhos, Maria João e Cª.
      ;))


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    3. Mas olhe que foi jeitosa!
      Está-lhes a apanhar o ritmo,
      Que a quintilha veio airosa
      Bem mais que a do algoritmo!
      *
      Já fui ao Chat GTP
      Prá métrica lhe ensinar...
      Nada aprende e eu até
      Estive à beira de chorar
      *
      Então esta coisa imensa
      Que tanto sabe de tudo,
      Diz que pensa, mas não pensa:
      Faz asneira ou fica mudo!
      *

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  2. Eu, pelo contrário, penso que te referes ao tempo presente e para apoiar este argumento, transcrevo os versos finais do teu poema ; "Povo tão afastado de si/Bem levado se leva/Quem de alegria mascara a treva"

    Abraço grande!

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  3. Já nada é como soía e quem disse que era bom cm soía.
    A vida é assim como os alcatruzes, umas vezes para cima outras para baixo!

    Abraço para cima

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  4. Por onde andas, meu amigo?
    Hoje, aqui, só há mulheres
    Qu`rendo partilhar contigo
    Aquilo que propuseres
    *
    Dá um ar da tua graça
    Pra nos animar um pouco
    Ou para animar quem se abraça
    Como nós ao mundo louco :)

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  5. Após tanto lufa-lufa eis-me chegado
    Andei por tudo o que é lado
    E como bem sabeis, não paro
    Se me encosto, não me dou encostado

    E não sei se vá se fique
    Não sei se fique. se vá
    Se vou lá, não fico aqui
    Se fico aqui, não vou lá

    Mas vou, e é já!

    Abraço extensivo ao meu harém

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    1. Estive por aqui. Não me atrevi a mostrar um ar de "des" graça, já que de rimas nada sei.
      Abraço saúde e parabéns a todos/as

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