31 julho, 2024
UM OLHAR OLÍMPICO, DEIXOU-ME OS OLHOS EM BICO ...
30 julho, 2024
VOLTO À ATALAIA NO PRÓXIMO DOMINGO (AINDA NÃO SEI SE LEVAREI O MARTINHO)
28 julho, 2024
IRÁ DESISTIR? OU SERÁ QUE VAI CONSEGUIR?
Este é o Martinho, cabo-verdiano de cerca de 50 anos que há muito anda, na vida, perdido.
A imagem é clara. Eu aponto-lhe o caminho. Ele confirma. Vamos ver se o segue ou se desiste. Não me limito a dar-lhe rumo, pois tenho vindo a dar-lhe apoio, nada tendo feito sem sua aceitação. Está nas suas mãos o que fazer da sua vida. Já o acompanhei em duas consultas no Centro de Saúde de Oeiras, pois sofre de dependência alcoólica. A própria médica, pediu-me que estivesse na próxima (ainda por agendar). Consegui que alguém, com trabalhos diversos nas obras lhe desse atenção e lhe encaminhasse trabalho. Ok registado. E Martinho está agradecido...
Quanto ao apoio, não estou só nessa tarefa. Alguém lhe terá oferecido um telemóvel e o respectivo cartão pronto a ser usado... Amanhã, vou perceber como é que ele se desenrasca...
27 julho, 2024
27/7/1974, EU NÃO SOU DE GUARDAR DATAS, MAS ESTA DATA NÃO ME ESCAPA!
A foto, rodeada de amarelo-sujo, diz quase tudo... o meu livro e o discurso dizem o resto. Qual discurso?
Este:
“(…) o momento de reconhecer às populações dos nossos territórios ultramarinos o direito de tomarem em suas mãos os próprios destinos, concretizando-se desse modo, o desenvolvimento da política de autenticidade que sempre defendemos”.
(General António de Spínola – 27 de julho de 1974)
26 julho, 2024
AVÓS! AVÓS! JUNTEM, À MINHA, A VOSSA VOZ!
Se não fossem os avós, essas cadeiras estariam vazias de filhas, genros e, claro, de netos...
... e é tão giromostrar tanto sorriso!
23 julho, 2024
22 julho, 2024
CONSTRUINDO A FESTA (DIZER QUE NADA FIZ, É EXAGERO... É OU NÃO É!?)
21 julho, 2024
FUI VER CONSTRUIR A FESTA (AQUELA QUE NÃO HÁ OUTRA COMO ELA)
Tempos em que fui pintor, a traço grosso |
CONSTRUINDO A FESTA
Continua a haver
mil coisas que antes podia fazer
Podia subir escadotes, transportar tubos ou paletes
podia fazer coisas leves
separar parafusos das porcas
escolher cavilhas direitas, separando-as das tortas
regar a relva ou as flores
acertar pormenoresPodia e era capaz
de limpar fogões,
esquentadores e outros aparelhos de gás
Podia cravar anilhas em panos
Tudo isto, coisas de fazer todos os anos
Aos 79, como já pouco posso
nem sequer pintor de detalhes, a traço grosso
Hoje fui operador de cinema
e não perdi uma única cena
20 julho, 2024
O ORNAMENTO GERAL DE ESTADO (leram bem ORNAMENTO)
... e ainda:
"Reforça-se que a persistência destes desvios reflete um processo de orçamentação desajustado da execução, bem como a ausência de mecanismos de gestão que permitam um controlo efetivo sobre as rubricas da receita e da despesa"
Ler tudo aqui
19 julho, 2024
O DIOGO REAVIVOU-ME A ESPERANÇA (QUE, COMO SABEMOS, É A ÚLTIMA COISA A MORRER)
Ao longo dos anos não me tenho cansado... é uma espécie de vira-o-disco-e-toca-o-mesmo... "Diogo, vais ser biólogo!"... e trazia, para este meu espaço, imagens e mais imagens de meu neto adorando bichos. A uns, olhava. A outros, apanhava. Adestrado na competência da caça, caçava-os para lhes dar liberdade logo de seguida. Isto desde muito pequenino...
Vou dizer à Minha-mai-nova para lhe dar a ler isto.
Se me chamar "Velho Teimoso", não me importo!
18 julho, 2024
LEMBRANDO AQUELE DIA EM CHEIO, AGORA COM OS PROMETIDOS DETALHES
Quando cheguei ao cais de embarque, ainda cedo, um pequeno grupo ia conversando em animada tertúlia. Pensava eu que não conhecia ninguém dos que ali estavam e entrei na conversa, à minha maneira, ora vejam...
17 julho, 2024
PARA QUE O NEO-REALISMO CHEGUE À ALEMANHA, DEI UMA IDEIA À SENHORA HOFFBAUER
Numa das suas últimas publicações a nossa Teresa Hoffbauer punha na sua montra mais uma iniciativa do seu "Círculo Literário" onde mais uma vez não se referia a obra de autor português. Deixei-lhe um comentário. Este:
"Quando me passeei no Tejo e, depois de almoço, visitei o Museu do Neo-realismo deparei aí com todos os escritores que fizeram de mim o que sou hoje... tudo isto para lhe perguntar se algum desses autores já foram lidos nesses vossos "Círculos" ? Que tal "Os Capitães da Areia"? Fica esta minha ideia!
Na sua resposta nem se referiu ao meu erro em ter associado "Os Capitães da Areia" a autor luso. Deixou implícito que os membros do "Circulo" não incluem autores portugueses nas suas preferências dando como exemplo que "Caim" de José Saramago, não fora do agrado geral... E digo eu que se o perfil dos membros coincide com o de gente da classe média e crente não se afigura que pudessem ter gostado de quem deixou escrito, nesse livro, qualquer coisa como isto:
“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele”Mas como me encanta que haja quem reuna em tertúlia literária regresso à ideia inicial, agora corrigindo o meu erro e dando o seu a seu dono.
- Que o tema de um próximo Circulo Literário seja o Neo-realismo, de autores em língua portuguesa;
- Que os autores sejam Soeiro Pereira Gomes e Jorge Amado (pois até os confundi trocando aquele por este);
- Que as obras sejam "Os Esteiros" e "Capitães da Areia" (pois até as confundi referindo esta em vez daquela).
16 julho, 2024
A AVÓ "BOOMERANG"
15 julho, 2024
AVÓ E NETO FAZENDO O QUE MUITAS VEZES FAZEM...
Mas... porque ela perdeu o sorriso e eu tento dar-lhe alento? A razão não se traduz em grande novidade: a Maria João está mal. Esta manhã levei-a à consulta. Juntou à sua volta três médicos que, após trocarem impressões entre si, decidiram passar-lhe carta de internamento hospitalar. Um vírus resistente carece de especiais cuidados médicos... A situação, contudo, não é grave.
Vamos ver... e eu vou dando conta!
14 julho, 2024
TRUMP E O TIRO QUE LHE ACABOU POR "SER DE TRÁS DA ORELHA"
O tal atirador, errando o alvo, acabou por acertar em cheio. O tal tiro acabou mesmo, mesmo, por lhe "ser detrás da orelha" o que a todos os títulos fez ressuscitar o candidato, coisa que não lhe aconteceria se o tivesse morto. O macacão, que sabe da poda, fez-me aquele significativo gesto de cúmplice concordância.
Não percebeu o que acabei de escrever? Então cá vai, em discurso mais direto:
"Trump alvejado, com rosto ensanguentado, durante um comício político, com a bandeira dos EUA ao fundo, é um símbolo poderoso que ficará gravado no imaginário do seu eleitorado.
Se já era difícil os democratas levarem a sua avante, agora, com esse tiro, mesmo tirando o Biden fora e botando o Barack Obama (para nem falar em Michelle) a vantagem é toda do Homem Laranja, quase “martirizado” pelos “inimigos da América”."
(ler tudo em "A Estátua de Sal")
13 julho, 2024
QUE GRANDE 31! TENHO MESMO QUE REGRESSAR À ESCRITA!
Pois quem comentou, assim falou:
11 julho, 2024
NATO... E O QUE NÃO ESTAVA NADA BEM, VAI DE MAL A PIOR...
- O Mundo está totalmente entregue a um caso clínico, chame-se ele Biden ou Trump;
- A integração da Ucrânia na NATO quebra, irremediavelmente, qualquer hipótese de negociação de paz;
- Quem reclama a Paz, tem apenas a rua para se fazer ouvir.
- Montenegro vê na guerra uma oportunidade económica para se investir em armamento, pois tem mercado assegurado.
10 julho, 2024
UM DIA EM CHEIO, A MERECER UM VOSSO PASSATEMPO...
- Que rio é este?
- Que freguesias (lugares) se avistam?
- Há, no barco, figuras conhecidas. Reconhece alguma?
- Diga o nome deste restaurante e onde fica
- Diga o nome deste museu e onde fica
09 julho, 2024
POESIA (uma por dia) - 100
A POESIA É UMA ARMA CARREGADA DE FUTURO
Quando já nada se espera particularmente exaltante
mas palpitamos e seguimos aquém da consciência,
feramente existindo, cegamente afirmando,
como um pulso que golpeia as trevas,
quando miramos de frente
os vertiginosos olhos claros da morte,
dizemos as verdades;
as bárbaras, terríveis, amorosas crueldades
Dizemos os poemas
que enchem os pulmões dos que, asfixiados,
pedem ser, pedem ritmo,
pedem lei para aquilo que sentem em excesso,
com a velocidade do instinto,
com o raio do prodígio,
como mágica evidência, o real que se transforma
no idêntico a si mesmo.
Poesia para o pobre, poesia necessária
como o pão de cada dia,
como o ar que exigimos treze vezes por minuto,
para ser e enquanto somos dar o sim que glorifica.
Porque vivemos aos tropeços, porque apenas nos deixam
dizer que somos quem somos,
os cânticos não podem ser, sem pecado, um adorno.
Estamos chegando ao fundo.
Maldita a poesia concebida como um luxo
cultural para os neutros
que, lavando-se as mãos, se desentendem e evadem.
Maldigo a poesia de quem não toma partido até manchar-se.
Faço minhas as faltas. Sinto em mim os que sofrem
e canto respirando.
Canto, e canto e cantando para lá de minhas penas,
me amplio.
Quisera dar-lhes vida, provocar novos atos,
e calculo por isso com a técnica que posso.
Me sinto um engenheiro do verso e um operário
que forja com outros a Espanha em seus alicerces.
Assim é minha poesia: poesia-ferramenta
ao mesmo tempo pulsar do unânime e cego.
Assim é, arma carregada de futuro expansivo
com que aponto o teu peito.
Não é uma poesia gota a gota pensada.
Não é um belo produto. Não é um fruto perfeito.
É algo como o ar que todos respiramos
e é o canto que expande o que dentro levamos.
São palavras que repetimos sentindo
como nossas, e voam. São mais que o pensado.
São gritos no céu, e, na terra, são atos.
Gabriel Celaya in Cantos Iberos, 1955
08 julho, 2024
07 julho, 2024
06 julho, 2024
À PORTA DE UMA FESTA, PROMOVENDO AQUELA QUE NÃO HÁ OUTRA COMO ELA!
Fomos para única entrada da Quinta do Palácio do Marquês de Oeiras. Era nossa missão divulgar e promover a Festa. Tinha adoptado por pregão "Olha esta outra Festa, que não há outra como ela!" e com um sorriso estendia o jornal dos artistas que este ano irão estar na Atalaia. A receptividade era francamente boa mas naturalmente independente de sorrisos ou pregões. Até que aconteceu o que nos fez encher a alma. Próximo, parou um carro. O condutor, tirou da bagageira uma cadeira de rodas. Uma senhora, em visível esforço, retirou um corpo paraplégico e sentou-o. Uma camarada, que fazia parte da jornada fez a devida entrega. E o jovem deficiente, concentrou-se na leitura... então decidi tirar-lhe uma foto. Esta:
Como tencionava pública-la avisei dizendo que os rostos não figuravam, respeitando assim o anonimato. Saltou de lá um amplo sorriso e um "Nem pense nisso!" e acrescentou "Quero mesmo posar para a fotografia. E mais... quero mesmo que publique!"
E aqui está:
05 julho, 2024
04 julho, 2024
O MEU ALTAR NÃO ME IMPELE A REZAR, MAS DÁ-ME FÉ
A cimo de tudo, o ecrã da minha LG que raramente passa coisas que me alimentam a crença. Ora veja!
03 julho, 2024
À LÍDIA, A MADRINHA DA MINHA ESCRITA
– «É uma narrativa que prende o leitor pelo tom leve. No entanto, não deixa de dar a conhecer alguns dos azedumes de uma época em que o mundo decorre a dois tempos distintos: A chegada à Lua, signo do progresso do Homem e a Colonização, signo da sua pequenez.Maravilhosa é a forma como utiliza esta dicotomia e tece com as palavras relações tão inesperadas e divertidas… Tem todos os ingredientes para captar a atenção do leitor. Movimento, humor, apelo aos sentidos, suspense... E o encanto próprio do narrador autodiegético, pois que também ele é personagem, ou melhor, personagens. Sobre os cheiros (de África)... Sei que a memória guarda um espaço de eleição para eles. É através deles que muitas vezes nos vemos a viajar no tempo de encontro a lugares e momentos do passado.» – Lídia Borges (Searas de Versos).
Tivesse eu levado o "Sementes..." ter-lhe-ia recitado o poema dela, que mais me tocou:
ANTES QUE ANOITEÇAas sílabas não são já o meu brinquedo de infância preferidoque em laboratório usei para dizer os primeiros afetose dar nome às coisas insubstituíveispara perpetuar o nunca perpetuávelas palavras vão envelhecendo comigoalgumas já desapareceram simplesmentesofro-lhes a ausência contudo cada vez maispreciso de menos palavrastalvez por isso muitas delas recolhem-se já no silênciomisteriosamente dóceis abstêm-se do canto e do prantoe até as mais viçosas e alegres se enrolam à sombrana soleira da tardeantes que anoiteça, antes que eu me afundeou me transforme em pedradá-me um poema dos teuscom sabor a maçã a lima ou hortelãpara perfumar com ele os meus derradeiros sonhos
Lídia Borges, in "Sementes Daqui"- 2013
02 julho, 2024
ÀS SEREIAS VOU PODER DAR UM INESPERADO PRAZER...