31 agosto, 2024

SÁBADO... FOI ASSIM A SEMANA QUE HOJE FINDA



O que o vídeo exprime dá bem ideia de um horror que não pára. Esta semana aconteceu a matança em Gaza ir-se estender à Cisjordânia e ao Líbano. Mau demais para ser humano... 

Referir o que de bom, correu para mim, só o faço como forma de encontrar ânimo.
E a primeira coisa boa a registar, também tem a ver com a guerra, pois esse meu tal livro serve para celebrar a paz. Foi confirmada a autorização para a venda dos últimos exemplares na Festa do AVANTE. 
E como uma boa notícia nunca vem só, houve esta semana notícia de estar praticamente assegurada a segunda edição...




 

30 agosto, 2024

PENSANDO A TRAÇO FINO: O VERDADEIRO EGOCENTRISMO

 

O egocentrismo não é tão só e apenas pedantismo, presunção, egoísmo, vaidade, egolatria, empáfia, jactância, impostura, bazófia. Isso, são comportamentos excessivos de um egocêntrico. O normal, o verdadeiro egocentrismo, é todo o ser que julga o mundo de uma maneira fechada à sua própria visão. O ser egocêntrico vive fechado numa bolha, é incapaz de se sentir com a pele do outro e, num limite, é incapaz de se associar a causas, a movimentos, de "estar em família"...

... e o drama que estamos vivendo resulta, em larga medida, da tendência crescente da incapacidade de se olhar e sentir o outro!

Repito o tema depois de há muito lhe ter dado a forma de poema:

Saudação aos umbigos da nação
Passa-lhe tudo ao lado
Nada tem a ver consigo
Está louco e encantado
Com o seu próprio umbigo

Tornou-me assexuado
Basta-lhe o amor recebido
Está louco e encantado
Com o seu próprio umbigo

Canta, declama, fala e é escutado
Pelo seu mais velho amigo
Está louco e encantado
Com o meu próprio umbigo

Desdenha ou comenta com enfado
Os porquês dos caminhos que sigo
Está louco e encantado
Com o seu  próprio umbigo

Faz poemas e num verso bem alinhado
Com ele próprio parecido
Ficou mais que enfeitiçado
Com o seu próprio umbigo

Um dia, depois de por momentos se ter perdido
Reencontro-se. Era ele. O próprio umbigo

Rogério Pereira/Abril 2012


29 agosto, 2024

DEPOIS DE ME TER SENTIDO FRANCISCO, HOJE SINTO-ME CARDEAL

“Vivemos um défice de cidadania, não só civil, mas também na pertença à Igreja. Estamos muito habituados a pronunciar-nos em circuito fechado, porventura, ou num teclado, que é muito mais cómodo, e depois, quando chega a hora de dar o corpo ao manifesto, pessoalmente, e arregaçar as mangas juntos e fazermos caminho, a adesão é mais lenta”

Estas palavras dele bem podiam ser palavras minhas...


28 agosto, 2024

ARREMEDO DE POEMA, COM SALVA AO FUNDO


VERMELHAS GERBERAS 
(Arremedo de poema, com salva ao fundo) 
Esvaziadas do momento
as pedras, mantêm memória
de um outro tempo
alheando-se deste
enquanto este se alheia delas
das pedras 

Nem a erosão dos salinos ventos
apagam vestígios dos mares nunca dantes navegados
e dos arrojados mareantes que deram
como foi escrito, tantos mundos ao Mundo

Outros são os tempos  
onde, Portugal, que já foi o centro do Mundo 
hoje se assume como periferia
orgulhosamente
ao invés do que tanto podia ser
nesta Europa de mal-lhe-querer 

As pedras não exultam
perante tratados e pactos
nem reclamam
se tais actos rompem  
a iconografia, o imaginário
o sonho
de um povo 

Os claustros não choram
perante fúnebres exéquias
São pedras,
(com povos dentro) 

Entre um tempo e outro
pelo caminho ficou o sonho
da Jangada de Pedra

Que aconteceu aqui?

O olhe que não,
olhe que não
passou 
a um olhe que sim,
olhe que sim
A terra voltou a deixar de pertencer a quem a trabalha
E a Democracia
passou a ser essa, esta
que dia a dia se suicida  

Ai Portugal, Portugal
Onde os cravos da nossa esperança?

Podem vermelhas gerberas 
por serem belas
tomarem o lugar da flor de Abril?
(A resposta é uma salva de 25 tiros)
Rogério Pereira

27 agosto, 2024

UMA CELEBRAÇÃO QUE IRÁ FICAR CÉLEBRE


Sim, a festa deste Aniversário irá ficar célebre. Embora seja uma muito jovem associação, a sua inserção nas comunidades locais, nas escolas, nos bairros sociais e nas paróquias é já uma realidade... A arte, a cultura, a intervenção cívica e as suas múltiplas actividades são as linhas de força que nos anima e orienta.

Convidamos todos esses artistas e grupos, mas, para além disso, o programa irá ter algumas surpresas, que convém que continue a sê-lo. 

Atendendo a que ainda falta exactamente um mês iremos ter tempo para entrar em alguns detalhes e o grande objectivo é encher a sala.

Agora fica o desafio: quem conhece quem?

26 agosto, 2024

NÃO FUI DE FÉRIAS... MAS RELEMBREI A ALEGORIA DAS PEDRAS


"Eu grito para um animal, ele foge. 
Eu grito para uma planta, ela não foge, 
mas talvez sinta algo, (...)
E eu grito para uma pedra e nada: 
nem foge nem sente coisa alguma." 
Gonçalo M. Tavares

As pedras andam tristes, 
mas pouco se mexem
Não é verdade
Não é verdade, que na hierarquia dos elementos
não haja momentos
em que a pirâmide não se inverta
e se movimente
aquilo que aparentemente
não se movimenta
e não sinta
o que qualquer outro ser sente

As citadas pedras, são o caso
Conheço as que se vão deixando estar
deixando estar, sem mudar de lugar
mas vão mudando
mudando lentamente
mudando seu estado
de pedra bruta a "calhau rolado"
e rolam, rolam, rolam
ao sabor das ondas e de cada maré
e falam, parecem dizer, "É triste, não é?"
As pedras estão convencidas que é seu destino

Só numa coisa o Gonçalo tem razão 
"tudo o que é divertido...
... tem dois lados sérios"
e
"tudo que é sério...
... tem dois lados divertidos"
Precisamos de dizer isso às pedras

Rogério Pereira

 

NOTA: Poema reeditado de um tempo rodeado de amigos

24 agosto, 2024

COMEÇARAM, ONTEM, AS FESTAS DE PAÇO D´ARCOS


A convite da Presidente da Junta, lá estive. Colhi imagens, muitas, muitas, muitas. Algumas delas das cerimónias oficiais, iniciadas com o desfile da Banda dos Bombeiros Voluntários de Paço d´Arcos a que seguiram discursos e depois o resto... Colhi essas imagens todas mas edita-las seria distrair destas... 

 

23 agosto, 2024

SERÁ QUE A MADEIRA PRECISA... DE UMA BRAQUITERAPIA?


Ficámos a saber, como a ministra deu a conhecer, que o problema da Madeira é no âmbito da urologia. De facto o cancro está diagnosticado... mas será que vai ser necessária uma braquiterapia

(Não se ria, o assunto é mesmo, mesmo, mesmo... muito sério!)

vídeo cedido pelo Cid Simões

22 agosto, 2024

"JÁ CHEGÁMOS À MADEIRA?"


O dr. Google tem a fama e eu retiro dela todo o proveito. Foi de lá que retirei essa bela (e trágica) foto. Mas foi também por pesquisa no Google que tive a confirmação da expressão "Já chegámos à Madeira?". De facto tal expressão não se deve a João Gonçalves Zarco, nem a Tristão Vaz Teixeira, quando tropeçaram em Porto Santo. A expressão é popularmente usada quando chegamos à "bagunça". Esta é outra expressão que adjectiva uma indiscritível convergência de incompetência, de inércia, de ausência de sentido público e de falta de sentido de Estado. 

E porque acontece? É mais fácil explicar do que prevenir: "os insectos continuam a votar no insecticida"

21 agosto, 2024

O MELHOR DE MIM... FOI SEMPRE ELA


 Sim, uma nova edição (ainda sem editora). A capa é de Luís Rodrigues e o prefácio foi escrito pela Lídia Borges (a madrinha da minha escrita). Do tanto que ela escreveu, selecionei o primeiro parágrafo:
"Nesta Antologia, o autor coloca-nos diante da sua visão do mundo, marcada por um forte sentido crítico relativamente às maiores questões que hoje se põem ao homem, numa ótica da falta de consciencialização, ética e ação, face às mesmas. É um conjunto de textos que resulta da experiência vivencial, observação e interpretação pessoal do mundo com o qual, o poeta se sente em desalinho. É a expressão maturada do encontro consigo mesmo, provocado pelo exercício de liberdade poética que pretende reafirmar, perante familiares e amigos. Mas é também o desejo/intenção de homenagear a sua companheira de vida. É para ela, a quem carinhosamente trata por menina, o primeiro poema (que dá título ao livro). O texto em causa termina com o verso - Falar de mim é falar de nós, deixando pairar no ar a ideia de que o sujeito, por si só, não será capaz de realizar os sonhos e alcançar a felicidade. O pronome nós, não se limita ao eu e tu do casal, claramente, mas a um universo bem mais amplo e complexo. Esta é uma constatação patente, desde logo, na epígrafe/dedicatória que se vai tomando mais visível, à medida que se avança na leitura."
Quando for apresentado, convido

20 agosto, 2024

HOJE, SERIAM OS NOSSOS 58 ANOS...





    ROSTO DE TI*

"Tenho uma solidão
tão concorrida
tão cheia de nostalgias
e de rostos teus
de adeuses faz tempo
e beijos bem vindos
de primeiras de troca
e de último vagão.

Tenho uma solidão
tão concorrida
que posso organizá-la
como uma procissão
por cores
tamanhos
por época
por tato e sabor.

Me abraço nas tuas ausências "
(...)
Mario Benedetti

* Poema que por aquela manhã, ao lê-lo, mexeu comigo

E o abacateiro já lá não está. Sucumbiu ao peso da memória e da dor que ele próprio representava...

19 agosto, 2024

NUM INSPERADO MOMENTO, A TERESA HOFFBAUER DEFENESTROU-ME

 Há exactamente 14 anos que somos amigos. Em junho de 2012  definiu-se. Então, definiram-me. Ela sorriu e ofereceu-me esta foto:


Trocamos letras. Ela, sobre a forma de poema. Eu, com essa pretensão. Apropriei-me da sua rua, tornei-a minha, mandei-a ladrilhar, com pedrinhas de rubi, para o seu amor passar e, assim, dei-lhe "oquestrada". E ela ficou encantada. Foi mesmo um dia histórico, que já tenho assinalado no livro de registos das amizades...


10 anos mais tarde, em Setembro de 2022 respondi-lhe a um desafio assim:
"Tu que sabes escrever contos infantis como ninguém, Rogério, escreve “A lua de mel de um gafanhoto”. Em contra partida, eu traduzo o teu livro“CONTOS PARA SEREM CONTADOS” para a língua da menina que detesta livros "

E eu, aceitando o desafio, escrevi um conto assim


Um dia destes,  ela zangou-se e... agora 
num inesperado momento...
manda-me pela sua janela afora...

17 agosto, 2024

UM SÁBADO QUE ENTARDECEU COM AROMAS DISFARÇADOS DE POEMAS

 O "Aroma das Palavras" chegou até mim pela voz de Jorge Castro...


... e veja-se o comportamento de Lúcia Saraiva, a autora (ao centro), comovendo-se com a sua própria alma...

A Apresentação do livro, essa a cargo da escritora Regina Correia. E houve também poemas ditos e palavras cantadas, ambos por várias vozes: Heloisa MonteiroAna AraújoAna Oliveira e outros que a isso se afoitaram.

Foi bonito, aquilo que a Espaço e Memória, Associação Cultural de Oeiras promoveu e a que eu não podia faltar.

16 agosto, 2024

HÁ 14 ANOS ATRÁS...


Há 14 anos atrás* eu era um monstro.
Mas hoje estou pior, como todo dia mostro!

_______________________________________

*Este foi o meu primeiro vídeo

14 agosto, 2024

E A FESTA? (FOI TÃO GIRO... FILMAR TUDO AQUILO!)

No domingo passado, estive onde devia ter estado. Não tendo já força, nem para pregar um prego, nem pintar o quer que seja e menos ainda para carregar nem o que seja leve, aplico o meu saber-fazer (mesmo que ainda longe do perfeito) naquilo que me dá jeito... recolher imagens, montar e legendas colocar. 
Ora vejam: 

13 agosto, 2024

UM SEM-VERGONHA, ENVERGONHADO... 15 ANITOS... TÍMIDOS?


Há uns anos atrás, dizia eu a quem me quisesse ouvir "Quando for velho quero ter um neto como ele".
Agora que já sou velho, tenho um neto, exactamente, como queria ter!



12 agosto, 2024

AINDA A PROPÓSITO DOS OLÍMPICOS JOGOS, O QUE DISSE MARCELO

 


Dizia Marcelo, e foi citado por tudo o que é lado, a propósito dos jogos: “Temos insuficiência de desporto na escola em muitas modalidades. Tem vindo a multiplicar-se, mas ainda é curto” Eu seria mais duro.

Em 2021, Marta, a minha neta, ela deu a notícia mais querida a toda a família: tinha-se licenciado em Desporto. Com essa competência, não encontrou trabalho em nenhum lado. No ano passado, entristecido por ela não conseguir emprego digno, pensei em que ela poderia ingressar no ensino, mandei-lhe essa orientação académica. "Já não é o que quero e não são precisos professores de Educação Física de momento, tenho pessoas conhecidas que acabaram o mestrado e estão numa lista de espera"

Ela agora trabalha num clube, o Sport Algés e Dafundo... na recepção!!!

Marcelo devia ter sido mais severo!

11 agosto, 2024

AS OLIMPÍADAS VISTAS A PARTIR DA SEARA


Tenho visto estes jogos... com os olhos dela. Bem gostaria eu de descreve-los como ela os descreve, salientando tão humanos momentos...

 Se sou invejoso? Sim! Claro! Porque não? Ora leia:

"Há dias que me anda a pena a fugir para as Olimpíadas de Paris. Tenho assistido a uma parte considerável das transmissões televisivas, nas várias modalidades. Emociono-me tantas vezes! Toma-me uma alegria enorme quando vejo aqueles rostos jovens, no pódio, a receberem o bronze, a prata, o ouro e, com os olhos a brilhar, extasiados, veem as bandeiras dos países que representam subir acima do solo, acima das suas cabeças, acima da comoção que os queima por dentro, em momento de tão grande solenidade e reconhecimento. Mas, tenho de confessar, que a mim, enquanto espetadora, comove-me até às lágrimas, ver os atletas aplaudirem convictamente os seus adversários de competição quando esses protagonizam um bom exercício. Momentos assim, aconteceram muitas vezes, em Paris, felizmente. Por exemplo, na ginástica artística entre Biles e Rebeca, e não só; entre Albertina Kassoma e Tamires Frossard no jogo, Brasil / Angola, a contar para o torneio feminino de andebol em que a atleta brasileira Frossard transporta ao colo para fora das quatro linhas, a angolana que se havia lesionado, para ser assistida. Também o nosso Iúri Leitão, no ciclismo de pista, abdica de sprintar para o ouro, quando vê que o francês, seu adversário direto, caíra. Preferiu abrandar, verificar se estava bem. Ficou com a prata mais valiosa dos Jogos. 
Quando o sueco Armand Duplantis, do salto com vara, já campeão olímpico se preparava para tentar bater o (seu) record do mundo, a presença, as palavras de incentivo, os aplausos, as palmadas amigáveis dos adversários, já fora de competição, iam-me prendendo ao ecrã. Aos pouco fui ficando, por dentro molinha, molinha, até que, quando iniciou a sua corrida para o salto da consagração, deixei que a comoção viesse em cascata. Tive vontade de empurra-lo com as minhas mãos para as nuvens, mas ele prescindiu da minha ajuda e voou por cima dos 6,25m a que se encontrava a fasquia. É obra!
Isto é para mim, o Desporto. A competição alegre e saudável, o interesse comum que homens e mulheres têm no lema - "mais rápido, mais alto, mais forte" - do Barão Pierre de Coubertain, o “pai” dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Mais importante do que este ou aquele êxito, esta ou aquela desilusão, está a capacidade do ser humano em se suplantar, de se ultrapassar, de crescer, fazendo sempre mais e melhor.
A todos os 73 atletas da comitiva portuguesa, em Paris, 2024, estendo a passadeira vermelha, e entrego em mãos o meu agradecimento e toda a minha admiração.
(De vez em quando, a minha memória perde os ponteiros do relógio e leva-me ao estádio 1.ª de Maio. Vejo-me a correr das aulas para a pista... de cinza, sapatos de pregos, dois tamanhos acima do meu pé, o equipamento vermelho e branco do Sporting Club de Braga, a alegria, o empenho, o desenvolvimento do sentido de equipa, o convívio nos treinos, o coração aos pulos nas partidas, quando havia provas: Aos seus lugares… Pronto… TAU! 
Era a ordem para correr, correr, correr até que a meta… ali. Medalhas de latão que guardo, ainda. Tão lindas! 

Lídia Borges, in "Seara de Versos"
(Foto: CNN)


10 agosto, 2024

SÁBADO... FOI ASSIM, A SEMANA QUE HOJE FINDA (22)



Se a vida é para ser vivida, então que se lhe dê a intensidade devida. Não me limito a enunciar a formula, aplico-a. A semana que hoje finda, é disso paradigma e como só corre mal o que mal acaba, não me queixo: 
  • o boletim da "Desenhando Sonhos" ficou pronto, para a tipografia;
  • artistas, músicos, poetas, todos aceitaram participar na celebração do 9º aniversário da nossa Associação e até ficou garantido um pequeno sketch tendo por tema a minha peça; 
  • em reunião sobre o que se passa com os horrores e impactos medonhos de projectadas urbanizações em Oeiras, demos um importante passo em frente no sentido de levar à imprensa a luta das comunidades ameaçadas. 
Mas, a chamada "cereja no topo do bolo" foi mesmo a chegada do prefácio ao livro que se encontra em destaque, na imagem. A "madrinha da minha escrita" disse dessa minha antologia poética palavras que me bateram no fundo da alma.

O Luís aceitou tratar da capa e a reedição está assegurada!

09 agosto, 2024

RECEBI ESTE EMAIL DO YOUTUBE


156 visualizações num mês? Há quem muito mais consiga, num só dia!
Mas já ter produzido, no meu canal, 157 vídeos... é obra!

(houve quem me tivesse pedido a minha vídeografia, e aqui está ela, embora incompleta, pois num outro lado há mais qualquer coisinha)

08 agosto, 2024

CURTAS... À QUINTA - I

 Frases

“O Carlos Pa­redes ´e um grande vulto da nossa cul­tura, em geral, porque a gui­tarra que ele criou é única. E se ca­lhar não está a ter aquela es­tima que devia.”

(Levy Bap­tista, Pú­blico, 31.7. 24)

“A Aca­demia [de Ama­dores de Mú­sica] será muito pro­va­vel­mente, dada a inação da mai­oria das ins­ti­tui­ções a que nos di­ri­gimos desde há mais de cinco anos, a pró­xima ví­tima da gen­tri­fi­cação e tu­ris­ti­fi­cação do centro de Lisboa.”

(Pedro Mar­tins Ba­rata, Pú­blico, 31.7.24)

«O aten­tado que re­sultou na morte do líder po­lí­tico do Hamas, em solo ira­niano, fun­ciona como uma de­cla­ração de de­sin­te­resse total pela es­ta­bi­li­dade na re­gião.”

(Vítor Santos, JN, 1.8.24) 

“Cinco mai­ores bancos lu­cram 15 mi­lhões por dia»

(Tí­tulo, CM, 2.8.24)


Todas as quintas-feiras o meu jornal cita outros, 
mas nenhum dos outros cita o meu jornal


07 agosto, 2024

HÁ TRÊS ANOS, ERA ASSIM... MAS HOJE, TAL DEPENDÊNCIA, ESTÁ BEM PIOR

Há, exactamente três anos, escrevi assim:

Penso frequentemente em voltar a escrever um livro... 

A situação (do vídeo) seria para mim um empurrão (como é sabido não há situação que me desarme)... Contudo, não é coisa que se perfil no horizonte pois nem sequer irei gozar férias...

Três anos depois, está quase a estrear a tal peça que escrevi... (já teve data marcada, mas foi adiada)

06 agosto, 2024

UM DIA MEMORÁVEL (agora com todas as legendas...)


Ontem publiquei este vídeo, mas as legendas ficaram pelo caminho. Recuperei-as. Ah, e alguém pediu o Curriculum do meu personagem. Ora aqui vai, bem resumido:

Martinho Baessa, 54 anos de idade, Nascido em Cabo Verde, Freguesia de Santiago, Habilitações Literárias antiga 4ª Classe, frequentando escolas lá escolas cá. Habilitações Profissionais, Carpinteiro de Cofragens e Calceteiro.
Empresas em que trabalhou, imensas, um pouco por todo o lado e sempre em trabalho descontinuado e precário.
É sem-abrigo que vive abrigado algures na Quinta do Marquês em edifício muito degradado, entrada por porta que tem cadeado.
Tem um neto, de uma filha, que reside em França. Tem passaporte válido, emitido pela Embaixada. Deixou caducar toda a documentação de residente, não tem CC mas já tem NIF...

E mais não digo, por mero desconhecimento... mas repito o que está sendo o meu compromisso: ajudar o Martinho: Ajudá-lo, a não regressar à bebida (há várias semanas que não bebe); ajudá-lo a recuperar a documentação; ajudá-lo a procurar emprego.

UM DIA MEMORÁVEL, PASSADO COM O MARTINHO...


Produzi o vídeo. Depois de o editar é que percebi que as legendas colocadas tinham desaparecido... mas... talvez seja melhor ficar assim... não serão condicionados por mais nada, que não sejam as imagens e, para além do som ambiente, pelo comovente testemunho do Martinho...

03 agosto, 2024

ESTOU ESPERANDO...


Estou esperando, há tanto. Mas recusei a mim mesmo falar em desespero. E peguei nesta máxima da Giovana e faço dela minha. Na verdade, se nada tivesse feito, que podia eu esperar? Desesperaria se não esperasse nada... nada em concreto!

01 agosto, 2024

MADURO É UM MAU PRESIDENTE! (isto é mesmo uma afirmação, embora irónica)

 Hoje, não tenho lata de escrever algo que seja de minha lavra. Até porque não me quero expor à acusação de comer criancinhas ao pequeno-almoço e/ou de aviar velhos com uma injeção atrás da orelha. Assim, recorro a gente idónea, que sabe da pode e... que não pode ser acusado de ser comunista.

... ora vejam lá:


Maduro não é um bom Presidente. Mas, mais vale um mau ou assim-assim do lado do povo anti-imperialista, do que um excelente candidato das elites que faz a vénia ao império. 
As eleições foram muito participadas, resultado da confiança das pessoas no sistema, um dos melhores do Mundo. Havia candidatos para todos os gostos. As campanhas foram livres e pacíficas. O resultado é legítimo. 
Claro que o império genocida está preocupado (palavras do nazi-fascista e violador de Direitos Humanos, Anthony Blinken), claro que os vassalos já ladram em uníssono: UE e OAS, os braços geopolíticos do polvo imperial.  
Desde o NeoLiberal Milei até ao woke Boric, passando pelos golpistas no Peru e pelos fascistas nas restantes colónias USAmericanas, já todos obedeceram ao tio Sam e disseram que não reconhecem o vencedor. 
Continue lendo aqui

 Eu sei que V. é um sem-tempo-para-nada mas se se interessa por assunto sério, não perca esta reflexão de Boaventura Sousa Santos...