29 maio, 2010

Helena André, uma complexa contradição ou a dialéctica da (sua) natureza

A imagem abaixo representa a ameba, com duas almas: uma boa e outra má. Cada ser é, assim, ele próprio e o seu contrário, numa complexa síntese. Ah, pois é!

Os marxistas, que fundamentam as suas bases no materialismo dialéctico, com a "Dialéctica da Natureza" afirmam que "tudo" resulta de um processo em que uma dada tese é confrontada com a antítese, resultando numa síntese. Segundo esta ortodoxa visão do universo, a Ministra Helena André seria o resultado (síntese) de uma alma feminina intrinsecamente generosa, solidária e justa (a tese) que em meio adequado (UGT e 18 anos de Bruxelas) teria assimilado um André (a antítese) frio, calculista, amigo do sistemas injustos liderados pelos poderosos e ricos. Estaríamos, assim, perante um exemplo próximo da ameba, tal como consta dos manuais dos filósofos marxistas. Estaríamos e estamos. Fui ver e confirmei. A prova está na imagem da ameba, onde é possível ver dois rostos pertencentes a essa duas almas que habitam o corpo da ministra...
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A grande maioria não aceita as teses materialistas, mas elas explicam muita coisa, por exemplo:

Mourinho quando me acordou, na madrugada de terça feira passada depois de ver o Prós e Contras, dizia-me entusiasmado - A Ministra Helena André, também parece disposta a fazer qualquer coisa, pelo menos a ter uma atitude séria. Afirmou publicamente que próxima reunião da Concertação Social irá iniciar a reunião com os parceiros discutindo o diagnóstico da situação e só depois discutir o pacto para o emprego, na procura de compromissos…. Hoje, qual não é o meu espanto, vejo-a a almoçar no Pabe, com o Expresso a entrevista-la e a pagar-lhe a conta. Pasmo, pelo que diz: “Temos que reduzir custos directos e indirectos do trabalho”. Nem uma palavra sobre o "Pacto para o Desemprego". Ma qué isto? Minha nossa… Reflecti uns segundos (sou de raciocínio lento) e concluí: Quem esteve no Prós e Contras foi a Helena, ex-sindicalista, quem veio ao Pabe foi o André. Ai ameba, ameba, estás lixada comigo. Para começar, salto daqui e vou à manifestação…

E fui...

Este post está efectivamente associado à entrevista efectivamente dada por Helena André ao Expresso que efectivamente omite na versão on-line

14 comentários:

  1. Rogério,

    Hoje aprendi o que é a dialética (escreve-se assim, segundo o novo acordo ortográfico). Veja se está bem: Temos o cravo e a ferradura. Helena bate num e bate no outro, a síntese é um par de coices que essa besta nos prega. É assim?

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  2. A minha sorte, de viver a 5 minutos do Marquês de Pombal ;)

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  3. Caro Rogério

    Não fui a essa, mas à outra...

    Sabe, acho que lhe perdi o jeito, mas pelos vistos vou ter que o ganhar. Eu até penso que deve ser como andar de biciclete, quaando se aprende, nunca mais se esquece.
    Sobre a outra escrevi qualquer coisa lá no Largo.
    Abraço

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  4. Caro Anónimo
    Nunca tive um tão bem humorado.

    Contudo, não abraço sombras.
    Não é por nada...
    Manias...

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  5. Isa,
    Com que então aplica a "Lei do Menor Esforço"...

    Abracinho

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  6. MdSol,

    Para lhe provar que estou a 100% vou mostrar o meu bom aspecto...

    É que é já a seguir!

    Abracinho

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  7. Folha Seca,

    Diz-se que eram 300 000. Consigo seriam 300 001. Fez lá falta, pá!

    (Não gosto de números redondos...)

    Abração

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  8. Rogério,

    O Anónimo que deixou o primeiro comentário era eu. Esqueci a assinatura.

    Esqueci também de agradecer ter colocado o lado bom da Ministra do lado da Mulher. Tem razão nós somos mais sensiveis a causas.

    Sempre me quer dar um abraço?

    Eu dou beijo

    Maiúka

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  9. De facto, só a "desmistificação dialéctica" pode permitir-nos compreender o que insistem em parecer não compreender apesar da evidência inquestionável com que a realidade se nos impõe :)
    OBrigado!

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  10. Caro Rogério

    Admito que mais 1 era sempre mais 1
    Mas não pense que apesar dos 300 e picos kms de distância a manif de Lisboa passou ao lado. Sim ela esteve presente e até mais de 90% dos presentes ostentavam o mesmo autocolante que provavelmente o meu caro usou. De facto exitei entre estar num lado ou noutro e até optei por ir ao que estava mais longe. Mas eu sou daqueles que faço poucas promessas, mas quando faço, faço e tinha prometido aos amigos da AJA estar lá. promessa cumprida e olhe que não estou nada arrependido. Foi um momento unico. Estar com o Alipio de Freitas e ver aquelas crianças a cantar os "vampiros".
    Abraço e bom Domingo

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  11. Maiúka,
    Não. Hoje merece um beijo

    Cá vai beijinho

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  12. Cara Ana Paula

    Maldita realidade que se nos impõe. Resta-nos impormo-nos a ela, né?

    Abraço amigo

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  13. Folha Seca,

    Triste destino este o de ver as nossas crianças, como nós, a cantar "que eles comem tudo, e não deixam nada..."

    P´rá próxima não falte

    Abraço

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