"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! "
Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Ao Rodrigo
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.
(Fernando Pessoa)
Encurta distâncias também tu, onde as tiveres
Não desde a pretensa desavença
Mas sim a partir do Largo, onde nos conhecemos
(Rogério Pereira)
Rogério, a vida é assim... muitas vezes os amigos nos quer bem se lembra de nós mas não pode estar junto...
ResponderEliminarbjs
Jussara
E a saudade continua castigando os corações que amam... que se importam... que cuidam...
ResponderEliminarbj,
Cat
Caro Rogério Pereira
ResponderEliminarComo diria alguém “ não havia necessidade”. Desta vez” li e reli” o post e não encontro palavras para retribuir o gesto simpático e sincero. Como já disse não sou pessoa de amuar e isso nunca aconteceu.
Como já reparou não sou um blogger de grandes visitas. Mas há de facto alguns blogues que não dispenso de acompanhar. O “conversa Avinagrada” será sempre um deles e não o é só pela simpatia que cedo ganhei pelo seu dinamizador. É pela qualidade, a profundidade e o carácter didáctico que sempre lá se encontra.
Pronto não dá para dizer mais nada. Apenas quero que saiba que não há (e não havia) por aqui qualquer ressentimento por uma palavra “algures” mal utilizada.
A seguir a Pessoa há um texto/canção que simboliza o amigo duma forma profunda. Vou-lho dedicar.
Bonita esta declaração de amizade... :) Abraço
ResponderEliminarAmigos são mãos...
ResponderEliminarque as vezes nos falta para levantar.
e a eles cabem todas as homenagens!
Bom domingo, Rogério!
Um beijo!
Claro que nos separamos e partimos todos, a vida é mesmo assim, basta nascer para saber que a partida já está marcada... mas enquando se puder sentir saudades é bom sinal ;)
ResponderEliminarBjos
Estou sinceramente comovida,só tenho pena de não poder abraçar os dois!
ResponderEliminarNa falta de palavras minhas, dedico-vos estas:
« Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles. (Adam Parfrey)»
Beijinhos
Toca-me este texto! Passei em Sintra parte da minha meninice, a adolescência, o início da vida (quase) adulta. Fiz amigos e amigos que já nem sei. Um dia, por razões emocionais,decidi virar as costas e partir. Estudar muito. E parti para longe. Passados quarenta anos (que passaram num ápice!) calhou rever muitos deles. E foi tão bom!
ResponderEliminarObrigada, Rogério, pelas lembranças...
Não existe amizade sem cedências mútuas.
ResponderEliminarÉ o que dizem os Amigos.
não há longe nem distante...
ResponderEliminar"se quiseres estar junto de alguém que amas, não estarás já lá?"
um beijinho terno... sem distâncias...
" Um amigo é para sempre mesmo que o sempre não exista"
ResponderEliminarQue post comovente!
Beijinho
Caro Rodrigo,
ResponderEliminarPalavras e canções são o melhor cimento para cimentar uma amizade. A que me dedica é um hino a essa verdade. Obrigado:
Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Para os amigos do outro lado do mar aqui fica esse cantar
A sincera demonstração de amizade comove e alegra, portanto te dedico esta trilha sonora que fala muito bem desse sentimento, chama-se "Canção da América" e são compositores Milton Nascimento e Fernando Brandt
ResponderEliminarhttp://youtu.be/ZRG9TaNDaRc
Muitos bjs querido amigo
como sabemos (porque o poeta o afirmou) "todas as cartas de amor são rídiculas". mas não as dispensamos...
ResponderEliminartalvez o culto da Amizade as possa redimir...
abraço
Um abraço apertado, em silêncio
ResponderEliminarEu queria tempo para comentar esta dedicatória... mas por muito que queira aqui deixar o que sinto, não tenho palavras para descrever. Terei de usar as palavras da São... um abraço apertado em silêncio, porque estas palavras me comoveram demais.
ResponderEliminar:) Obrigada por ser como é, Rogério!
Bem haja.
Este é um dos textos que posso ler vezes sem fim; nunca me canso de o admirar.
ResponderEliminarE aqui acabou enriquecido pelos comentários que gerou. Lindo!
Beijinhos.
Rogério Pereira:
ResponderEliminarNão sei exactamente porque entrei neste post, mas já que aqui estou, e porque este texto atribuído a Pessoa me deu que fazer em tempos, acrescento sobre ele o seguinte:
Os brasileiros reclamam-no para Vinicius, já me chegou como sendo de Mário Quintana, e entre nós é reclamado como sendo de Pessoa. De facto, “…talvez continuemos a nos encontrar”, parece mais construção de Vinicius do que Pessoa. Além do mais a Casa Fernando Pessoa não o confirmou como sendo dele. Um texto apócrifo? Talvez. Um exemplo:
http://pensador.uol.com.br/dedicatorias_para_amigos/10/
Saudações.