"A reestruturação de uma dívida soberana é sempre algo desordenado e confuso, complexo e mesmo feio. Mas é melhor do que um estrangulamento em ritmo lento da economia grega", afirmou ao Expresso Charles Wyplosz, professor de Economia Internacional no Graduate Institute, em Genebra
MAS HÁ DADOS NOVOS, NOS ALERTAS, (já depois do "bom acordo" de resgate assinado):
"O risco de incumprimento da dívida soberana portuguesa subiu para perto dos 42%, ultrapassando o risco atribuído ao Paquistão. Portugal regressa, assim, ao 4º lugar no "clube" dos 10 de maior risco à escala mundial", segundo o monitor de probabilidade de incumprimento da CMA Datavision
"Juros da dívida pública portuguesa renovam máximos - Os juros exigidos pelos investidores para comprar dívida soberana portuguesa com maturidade a dez anos estavam a ser negociados, na manhã desta sexta-feira, nos 9,715 por cento, atingindo um novo máximo histórico", refere a Bloomberg.
COMO QUALIFICAR BOM UM ACORDO. QUE NÃO COBRINDO A TOTALIDADE DA DIVIDA, NÃO CONSEGUE ESTANCAR A PRESSÃO? SE NÃO SE DER ATENÇÃO AO FAROLEIRO, ISTO VAI MESMO PARA O GALHEIRO...
08 maio, 2011
Que luz vem do farol? Que dizem os faroleiros? - (2)
Apesar das famílias da classe média manterem a vida normal de fim-de-semana, porventura descansadas pelas palavras optimistas do primeiro ministro (secundadas pelo doutor Soares), os faroleiros continuam, dizendo de sua graça e alertando para a desgraça:
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"Apesar das famílias de classe média manterem a vida normal"
ResponderEliminarBem Rogério... é o que parece... mas quando derem por isso vão pagar muito caro. Sabe Rogério, nunca vivi acima das minhas possibilidades e por isso estou acostumada a viver com pouco, mas a grande maioria tem vergonha de dizer que é pobre e muito menos assumir, o que levou ao descalabro do crédito. Entretanto esse balão cheio de nada que fez tantos felizes, pois que na sociedade actual confundem felicidade com posse... vai esvaziar. O estouro não foi ouvido, mas há quem o sinta na pele, pelo que costumo ouvir no programa da TSF "o fim da rua" e pelo que se vai tornando na vida difícil daqueles que como eu, apenas conhecem o fim da rua e não o fim do Mundo. Pena é que as Instituições de Solidariedade Social estejam a estourar pelas costuras de novos pobres ou pobreza envergonhada... pena que se envergonhem, pena que se tolham, pena que o paradigma da riqueza os faça sentir quase como animais enjaulados. É que pelo que ouvi, o desânimo dessa gente é tanto, que não vão votar, pena é que não se lembrem, que para deitar abaixo uma ditadura não é o voto a arma indicada. para já ainda temos essa oportunidade, mas será desperdiçada, mesmo que sintam a dor na pele, deixaram de lutar, este lutar entre aspas, porque acreditam em dogmas horrorosos, porque não têm o arrojo de pensar que há sempre alternativas. Valorizo-o pelo seu trabalho e persistência! e para bem de nós, tenho a Esperança que os resultados nos venham demonstrar que as previsões estavam completamente manipuladas... e as sondagem completamente aldrabadas.
Bem haja Rogério!
Tenho seguido o faroleiro, escutado com atenção os seus avisos, mas porque será que não vislumbro esse farol a brilhar no dia 5.
ResponderEliminarTambém admiro a sua persistência e a capacidade de ir remando contra a maré.
Continuo com atenção ao seu farol :)
bjos
Sobre as sondagens e a manipulação que exercem, muito poderia dizer... sobre o faroleiro, tem-se esforçado por ser igual a si próprio e coerente, como seria de esperar. Mas penso que o argumento da necessidade de renegociar a dívida, não chega... para além de ser preciso que os credores aceitassem... Eu até reconheço que ando à deriva neste nevoeiro e que o Rogério tem-se esforçado como diz a Fê, por nos iluminar persistentemente... mas estou cegueta de todo... não confio em ninguém e vejo-me sem esperança alguma. A verdade é essa...
ResponderEliminarEva,
ResponderEliminarTambém não sei como a coisa se faria... Mas se fosse poder não deixaria de ouvir o prémio Nóbel de Economia (ou um qualquer dos faroleiros, pois acho que essa gente tem mais do que "dar ao farol")
Acho que a Eva, talvez pela densidade do nevoeiro não leu o que escreveu qualquer faroleiro citado. Abra um link e leia um bocado...
eu já estou a preparar-me para o embate do barco: dedico-me à agricultura nos tempos livres. Não sei se será um bom colhete de salva-vidas.
ResponderEliminarA renegociação da dívida só teria efeitos positivos se fosse feita nos moldes da Argentina ( o que creio que Portugal nunca poderá fazer sem sair do Euro e sujeitando-se às consequências) que hoje cresce 7% ao ano. Mas é bom lembrar que a saída da Argentina da órbita do dólar ( passando a cotação do peso da paridade para 1/4 de dólar)levou grande parte da classe média à ruína durantes cinco anos.
ResponderEliminarCaro Carlos Barbosa de Oliveira,
ResponderEliminarNestas palavras de Garcia Pereira, não estou a ver outra coisa, senão a classe média ir parar à miséria durante muitos anos. É inevitável:
"Finalmente, este pacto é uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores e ao Povo Português. Ao contrário do que mentirosamente Sócrates quis fazer crer, o subsídio de desemprego vai diminuir, os salários e pensões serão congelados, todos os principais bens e serviços de primeira necessidade subirão de preço, os impostos que cada cidadão comum tem de pagar, a começar no IRS e a acabar no IVA, serão bem mais elevados, os despedimentos serão brutalmente facilitados, as indemnizações serão diminuídas, os horários e tempos de trabalho aumentam e os pagamentos, designadamente das horas extra, são drasticamente encurtados.
Convém recordar, ainda e uma vez mais, que foi exactamente isso, e por virtude das políticas impostas pelo FMI, que sucedeu na Argentina (cortes salariais e das pensões, aumento dos impostos, encerramento de empresas e despedimentos em massa e, por fim, indisponibilidade de movimentação e imediato confisco de parte das contas bancárias), e a situação só se começou a inverter e a especulação financeira só terminou quando o Presidente Kirchner decretou unilateralmente que a Argentina apenas pagaria 0,30€ por cada dólar da dívida e rigorosamente nada a título de juros.
Mas naturalmente que os defensores e apoiantes da Troika não querem que o Povo Português tenha conhecimento dessa experiência..."
Só não votarei neste senhor porque sou do Minho, mas acho que o faroleiro que aqui vi, tem razão. O medo está a tolher demasiado as pessoas... é o que me parece...
Como me assustam os farois junto ao mar! Na verdadeira acepção da palavra: assustam-me. Mais: quase me "panicam". Trauma de há muitos, muitos anos atrás.
ResponderEliminarMas este farol de que fala o seu texto, Rogério, ainda me faz mais medo.
Tenhamos esperança!
Mais um esforço e estamos no podio.
ResponderEliminarRogério
ResponderEliminarO Faroleiro só vai ser ouvido quando a barca se estatelar contra o rochedo e ficar tudo esfrangalhado. Talvez aí seja ouvido. Mas será que aqui não se repete a fábula do Lobo? Quanto a mim acho (e não é de agora) que o processo usado para avisar a nevegação é o mesmo há demasiado tempo e já poucos timoneiros lhe prestam atenção, apesar de não lhe retirar razão.
Dou a mão à palmatória... depois do que já ouvi... rendo-me ao faroleiro ;)
ResponderEliminarAinda bem que nunca disse... desta água não beberei ;)
Bjos