Ainda pequenino
pegou no destino.
Foi-se ao mar,
e foi em quatro que o dobrou carregando-o debaixo do braço
Com o mesmo desembaraço
fez o mesmo ao sol, ao céu azul
-------------------- e rumou ao sul
Foi e voltou
Depois seguiu todos os pontos cardeais
Onde chegava,
o mar, o céu e o sol desdobrava
para depois os voltar a dobrar
---------------------e voltar a partir
Fê-lo tantas a vezes, até que deixou de ir
Ficou, definitivamente
cobrindo-o o mesmo céu
com o mesmo mar à sua frente
com o sol a bater nele, num prolongado afago
morno e dourado
Rogério Pereira (imagem da net)
Posses infinitas, mesmo sem dobrar, desdobrar e deslocar, mesmo ali ficando, parado, só olhando, ainda possui, tem certeza e isso se apresenta com clareza. Repira aliviado, casado que estava de carregar tamanho fardo. Deixa-se ficar e contenta-se em repartir e admirar o que sabe, sem pestanejar, que nunca mais irá lhe abandonar.
ResponderEliminar"O fim duma viagem é apenas o começo doutra".
ResponderEliminarOlá Rogério!
ResponderEliminarPegar no mar
Dobrá-lo em quatro
Metê-lo debaixo do braço
E assim carregado
Rumar ao Sul,
Não é coisa pouca
Nem para um qualquer
Só o faz quem voa
Bem alto, bem alto
Tem alma de Celta
E se chama Viriato.
Beijinhos
Rogério,
ResponderEliminarfico cada vez mais impressionada com a força que em si reside, a versatilidade e sensibilidade que o revestem ( ou recheiam...)
Parabéns pela poesia, pelo conto "The Big Chill", pelos comentários que faz e com os quais enriquece os nossos cantos.
Obrigada por me emprestar asas, por me ajudar a crescer.
Caro Rogério
ResponderEliminar"que nos salvem os poetas"
Abraço
Caro Rogério
ResponderEliminarLindo!!! Igualar à beleza destas palavras a sensibilidade de quem as escreveu. A imagem está divina.
Abraço fraterno neste dia da Amizade.
Rogério
ResponderEliminarLindo este poema. Sensibilidade, utopia e boa escrita!
O Rogério é um homem prático. Essa de dobrar tudo em quatro... Estou a aprender. Eu só dobrava ao meio e por isso...
Parabéns pelo poema e pelo Prémio de "The Big Chill".
Merece!
Beijo
Estamos semore a chegar
ResponderEliminare a partir
até que um dia paramos para ver como se anda
Abraço
Toda a viagem tem momentos de pausa. Servem para arrumar as coisas que vamos recolhendo pelo caminho. Se não o fazemos corremos o risco de não progressão.
ResponderEliminarGostei do seu "rimar"
Um beijo
morno e dourado afago
ResponderEliminarescrito por si
um beijo
manuela
Muito bonito. Muito sentido.
ResponderEliminarO heroi deste oema pode muito bem ser o nosso aventureiro Portugal.
Muito bonito!
olá Rogério.
ResponderEliminarfaz tempo que não ando por aqui
nem por ali,
agora que por fim me desdobrei
vim à sua praia,
respirei a maresia
e afagado fiquei.
daqui onde me encontro, só alcanço o céu e por vezes o sol.
através deste poema fui mais longe, tão longe como a distância que me separa do mar.
senti, inspirei e levo comigo no ouvido o bravejar que falta me faz.
Kandandos e tudo de belo como este poema, para o meu amigo.
Muito bonito o poema :) Com tanto dobrar e desdobrar seria de esperar que se amarrotasse o mar, mas não...ficou tudo perfeito e no lugar. :) Beijinho
ResponderEliminar