19 julho, 2011

Poemas na praia (escritos para mim) - V

Ainda pequenino
pegou no destino.
Foi-se ao mar,
e foi em quatro que o dobrou carregando-o debaixo do braço
Com o mesmo desembaraço
fez o mesmo ao sol, ao céu azul
-------------------- e rumou ao sul
Foi e voltou
Depois seguiu todos os pontos cardeais

Onde chegava,
o mar, o céu e o sol desdobrava
para depois os voltar a dobrar
---------------------e voltar a partir
Fê-lo tantas a vezes, até que deixou de ir
Ficou, definitivamente
cobrindo-o o mesmo céu
com o mesmo mar à sua frente
com o sol a bater nele, num prolongado afago
morno e dourado
Rogério Pereira (imagem da net)

13 comentários:

  1. Posses infinitas, mesmo sem dobrar, desdobrar e deslocar, mesmo ali ficando, parado, só olhando, ainda possui, tem certeza e isso se apresenta com clareza. Repira aliviado, casado que estava de carregar tamanho fardo. Deixa-se ficar e contenta-se em repartir e admirar o que sabe, sem pestanejar, que nunca mais irá lhe abandonar.

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  2. "O fim duma viagem é apenas o começo doutra".

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  3. Olá Rogério!

    Pegar no mar
    Dobrá-lo em quatro
    Metê-lo debaixo do braço
    E assim carregado
    Rumar ao Sul,
    Não é coisa pouca
    Nem para um qualquer
    Só o faz quem voa
    Bem alto, bem alto
    Tem alma de Celta
    E se chama Viriato.

    Beijinhos

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  4. Rogério,
    fico cada vez mais impressionada com a força que em si reside, a versatilidade e sensibilidade que o revestem ( ou recheiam...)
    Parabéns pela poesia, pelo conto "The Big Chill", pelos comentários que faz e com os quais enriquece os nossos cantos.
    Obrigada por me emprestar asas, por me ajudar a crescer.

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  5. Caro Rogério
    "que nos salvem os poetas"
    Abraço

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  6. Caro Rogério
    Lindo!!! Igualar à beleza destas palavras a sensibilidade de quem as escreveu. A imagem está divina.
    Abraço fraterno neste dia da Amizade.

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  7. Rogério

    Lindo este poema. Sensibilidade, utopia e boa escrita!

    O Rogério é um homem prático. Essa de dobrar tudo em quatro... Estou a aprender. Eu só dobrava ao meio e por isso...

    Parabéns pelo poema e pelo Prémio de "The Big Chill".

    Merece!

    Beijo

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  8. Estamos semore a chegar

    e a partir

    até que um dia paramos para ver como se anda

    Abraço

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  9. Toda a viagem tem momentos de pausa. Servem para arrumar as coisas que vamos recolhendo pelo caminho. Se não o fazemos corremos o risco de não progressão.

    Gostei do seu "rimar"

    Um beijo

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  10. morno e dourado afago

    escrito por si


    um beijo

    manuela

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  11. Muito bonito. Muito sentido.
    O heroi deste oema pode muito bem ser o nosso aventureiro Portugal.

    Muito bonito!

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  12. olá Rogério.

    faz tempo que não ando por aqui
    nem por ali,
    agora que por fim me desdobrei
    vim à sua praia,
    respirei a maresia
    e afagado fiquei.

    daqui onde me encontro, só alcanço o céu e por vezes o sol.
    através deste poema fui mais longe, tão longe como a distância que me separa do mar.
    senti, inspirei e levo comigo no ouvido o bravejar que falta me faz.

    Kandandos e tudo de belo como este poema, para o meu amigo.

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  13. Muito bonito o poema :) Com tanto dobrar e desdobrar seria de esperar que se amarrotasse o mar, mas não...ficou tudo perfeito e no lugar. :) Beijinho

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