25 julho, 2011

Poemas na praia (escritos para mim) - VI

Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...

A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.

Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.

E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.

José Gomes Ferreira




17 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Caro Rogério
    Claro que já tinha visto o video.
    Mas se permite hoje vou só ficar a "beber" desfrutar e visualizar o poema que publicou. Belo!
    Abraço

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  3. E eu fiquei encantada com este poema,que entendo como um dos mais belos da Literatura Portuguesa, e que o Rogério hoje trouxe.

    Obrigada!

    Beijo

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  4. Quando o vejo ali sentado
    Entro com todo cuidado e me escondo no canto.
    Observo e deleito-me com suas visões
    Fico quieta, impassível, não quero que me veja e entenda de pronto
    Que para mim não há contraponto. Preciso e ponto.
    E assim me deixo ficar e esperar que um dia, que há de chegar, eu possa surgir na onda e levá-lo para a terra além dos sonhos. Espaço de intensa magia, onde sua poesia me acalanta e enternece em cada amanhecer ou entardecer como uma prece.
    Um grande bj querido amigo

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  5. O José Gomes Ferreira escrevia sempre para mim... :)

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  6. Para mim ele escreveu este :)

    Dá-me a tua mão.

    Deixa que a minha solidão
    prolongue mais a tua
    — para aqui os dois de mãos dadas
    nas noites estreladas,
    a ver os fantasmas a dançar na lua.

    Dá-me a tua mão, companheira,
    até o Abismo da Ternura Derradeira.


    Beijinhos e boa semana

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  7. Pra aliviar uma segunda-feira, a leveza desse poema!

    Lindo!

    Hoje consegui te fazer essa visita por um acaso, mas não é por um acaso que sempre quero voltar!

    Um beijo, amigo Rogério!

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  8. "Espaço de intensa magia, onde sua poesia me acalanta e enternece em cada amanhecer ou entardecer como uma prece."

    Há palavras que tenho que tenho guardar no bolso que minha alma tem, quase sempre vazio. Servem para, quando me faltarem auto-elogios, me encherem de vaidade (o meu pior defeito)...

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  9. Fiquei hoje a saber que não era para mim que escrevia o José Gomes Ferreira, mas para a Eva. :))
    Não se faz!...
    De qualquer modo registo a beleza das metáforas e a falsa superficialidade da mensagem.

    Um beijo

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  10. Ora, Rogério! Não seja por isso.

    Não precisa armazenar auto-elogios.

    Cá estou eu para o elogiar e encher de vaidade.

    Quer ver?

    Sonho que sou o poeta eleito
    Aquele que diz tudo e tudo sabe
    Que tem a inspiração pura e perfeita,
    Que reúne num verso a imensidade.

    Então ficou melhor?-;))

    Um abraço.

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  11. Janita
    Guardo também essas palavras
    não para quando me faltar vaidade,
    mas para quando o sorriso se ausentar...

    :))

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  12. Sorrio e abuso do maior defeito.
    Um bj

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  13. Bom dia, Rogério!

    Como sou uma rapariga (não no sentido pejorativo que os brasileiros lhe dão, entenda-se!) perspicaz, não fico vaidosa e sim feliz com o sentido que, facilmente, depreendi das suas palavras...

    Que os banhos de mar lhe saibam bem!

    Abraço

    Janita

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  14. Imaginando o rio que corre, ali, contemplando a beleza do tapete florido e, ao fechar os olhos, ouvir a melodia, mesmo que imaginada, do pássaro que canta.

    Perdi-me neste poema, obrigada.

    Um abraço
    oa.s

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  15. A beleza sempre encontrada... amem!


    Gostei!

    bjs meus

    Catia

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