Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Rogério
ResponderEliminarClaro que já tinha visto o video.
Mas se permite hoje vou só ficar a "beber" desfrutar e visualizar o poema que publicou. Belo!
Abraço
E eu fiquei encantada com este poema,que entendo como um dos mais belos da Literatura Portuguesa, e que o Rogério hoje trouxe.
ResponderEliminarObrigada!
Beijo
Quando o vejo ali sentado
ResponderEliminarEntro com todo cuidado e me escondo no canto.
Observo e deleito-me com suas visões
Fico quieta, impassível, não quero que me veja e entenda de pronto
Que para mim não há contraponto. Preciso e ponto.
E assim me deixo ficar e esperar que um dia, que há de chegar, eu possa surgir na onda e levá-lo para a terra além dos sonhos. Espaço de intensa magia, onde sua poesia me acalanta e enternece em cada amanhecer ou entardecer como uma prece.
Um grande bj querido amigo
O José Gomes Ferreira escrevia sempre para mim... :)
ResponderEliminarPara mim ele escreveu este :)
ResponderEliminarDá-me a tua mão.
Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.
Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.
Beijinhos e boa semana
Pra aliviar uma segunda-feira, a leveza desse poema!
ResponderEliminarLindo!
Hoje consegui te fazer essa visita por um acaso, mas não é por um acaso que sempre quero voltar!
Um beijo, amigo Rogério!
"Espaço de intensa magia, onde sua poesia me acalanta e enternece em cada amanhecer ou entardecer como uma prece."
ResponderEliminarHá palavras que tenho que tenho guardar no bolso que minha alma tem, quase sempre vazio. Servem para, quando me faltarem auto-elogios, me encherem de vaidade (o meu pior defeito)...
Fiquei hoje a saber que não era para mim que escrevia o José Gomes Ferreira, mas para a Eva. :))
ResponderEliminarNão se faz!...
De qualquer modo registo a beleza das metáforas e a falsa superficialidade da mensagem.
Um beijo
Excelente
ResponderEliminarsempre
o nosso Zé Gomes
Ora, Rogério! Não seja por isso.
ResponderEliminarNão precisa armazenar auto-elogios.
Cá estou eu para o elogiar e encher de vaidade.
Quer ver?
Sonho que sou o poeta eleito
Aquele que diz tudo e tudo sabe
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade.
Então ficou melhor?-;))
Um abraço.
Janita
ResponderEliminarGuardo também essas palavras
não para quando me faltar vaidade,
mas para quando o sorriso se ausentar...
:))
Sorrio e abuso do maior defeito.
ResponderEliminarUm bj
Bom dia, Rogério!
ResponderEliminarComo sou uma rapariga (não no sentido pejorativo que os brasileiros lhe dão, entenda-se!) perspicaz, não fico vaidosa e sim feliz com o sentido que, facilmente, depreendi das suas palavras...
Que os banhos de mar lhe saibam bem!
Abraço
Janita
Imaginando o rio que corre, ali, contemplando a beleza do tapete florido e, ao fechar os olhos, ouvir a melodia, mesmo que imaginada, do pássaro que canta.
ResponderEliminarPerdi-me neste poema, obrigada.
Um abraço
oa.s
A beleza sempre encontrada... amem!
ResponderEliminarGostei!
bjs meus
Catia
Gostei tanto deste!
ResponderEliminarBeijinhos.