21 julho, 2013

Fui Bugiar, pensando no meu destino de faroleiro...


Da minha janela vejo o que quero, mas não alcanço o que vejo. Nunca tinha ido ao Bugio, nem sequer pensado em ir. Hoje fui, ciente de que não basta ver da janela o que vejo dela. Alcançar é diferente de ver. Hoje alcancei o que tanto tinha visto...  O rio no seu encontro com o mar estava a jeito, e nem uma gaivota desesperada, temendo que lhe roubasse a cria, me impediu de ir ao ponto mais alto. De lá, pensa-se em tudo o que um homem pode pensar. E dei comigo a olhar, a olhar a margem esquerda... da vida.


Não fui só, fui um dos convidados. Fui convidado na condição de candidato a... faroleiro. Não sei o que me vai acontecer... se sim, se não... há caminhos que não dependem só dos nossos passos...

Faroleiro? Sim, porque não? Os que leram o que tenho escrito sobre a importância de tal missão não se admirarão por esta paixão, aliás reforçada por alguém, que citarei:
"Discute-se a necessidade de haver faróis e se o elemento humano é ou não dispensável… Na minha opinião, os faróis vão continuar a ser importantes na função que cumprem. Quanto aos faroleiros penso exactamente o mesmo; já não é o homem dos sete ofícios, agora é um “técnico especializado” mas que não deixa degradar o espaço e transmite segurança a quem navega. Ambos, farol e faroleiro, continuam a ser indispensáveis à navegação."
Extracto de uma entrevista de Joaquim Boiça, um amigo que me levou a Bugiar

10 comentários:

  1. Não acredito em destinos

    mas gostei de te ver em campanha
    faroleiro amigo

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  2. Ora isto é algo que para mim seria impensável... que é ler aqui que alguém te mandou bugiar...

    :))


    Beijinhos com luz própria
    (^^)

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  3. Ah...amigo das embarcações....vá!

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  4. Por este andar ainda vais chegar ao farol das Selvagens!
    Um abraço de terra firme e não bugies

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  5. Quando há "homens do leme" completamente desorientados nada como termos bons faroleiros! :-))

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  6. claro que é preciso sempre um bom faroleiro no farol...

    :)

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  7. Tal como o Puma, não acredito em destinos... mas acredito - ó se acredito! - em vocações... e acredito que saberás manter o farol no cumprimento da sua função!

    Abraço!


    PS - Tenho - tive... - um tio que morreu aí, depois de ter sobrevivido ao Tarrafal... era um tio do lado materno, monárquico... mas não deixou de ser vítima do abominável regime salazarista.

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  8. Meu Caro.
    Vamos ter o rumo certo...de certo!

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  9. Olá amigo, quando se gosta, gosta-se mesmo e quem sabe se o teu destino é iluminar outros destinos e outras marés. Gostava de conhecer, pois tenho ouvido falar do bugio e nunca lá fui. Beijos com carinho

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  10. No meu tempo de miúda e de Algés, passei perto do Bugio, mas nunca lá fui. E tenho pena. Agora. Depois de ter vencido o medo que os faróis e as fortalezas no mar me metiam...

    Sempre fui uma mulher de medos. E, talvez por isso, de grande coragem...

    Beijinhos e boa campanha aí pelo meu concelho.

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