29 abril, 2014

Que se encham as ruas, que as praças sejam cheias de gente. Que seja grande a maré enchente

Que seja assim, como naquele dia foi

CANÇÃO DO COOPERARIADO
Coopera o opErário 
Esse imenso operaDor 
Sem ele não temos ópera nem opeRações sem dor 
Opera todas as máquinas 
É muito cooperativo 
Opera computaDores 
Supõe-se um executivo 
Funda cooperativas 
Busca coopeRação 
Coopera em cantigas 
Paga as letras da canção 
Pertence ao operariado muitas vezes sem saber 
Porque tanta coopeRação não dá bem para entender
Pertence ao operariado muitas vezes sem querer 
Porque tanta coopeRação só dá para empobrecer 
Já foi herói proletário 
Termo meio bolCHEvique 
O tratamento moderno é telecomando-chip 
Diz-se profissional 
Técnico e funcionário 
Também recurso huMano 
Unidade de trabalho 
Mas afinal (ele) é um grande operacional 
Ele opera e coopera 
Sem ele ponto final 
Fica assente 
Meus Senhores
O que é um operário 
Sem gravata e com gravata 
Morre a viver do salário 
Peça da engrenagem
Produto da produção 
Faz o carro e faz a estrada 
Faz a mesa e faz a cama
Coopera até na morte fabricando o seu caixão

Uns chamam-lhe ParafUso Outros GloBalização

Poema de César Príncipe

9 comentários:

  1. "Ele opera e coopera
    Sem ele ponto final"

    O poema tem o ritmo acelerado de quem trabalha muito além do "dinheirito" que ganha.


    Beijo

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  2. Estaremos na rua. Em ruas diferentes, é certo, mas na rua!

    Beijinhos Marianos, Rogério! :)

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  3. Hoje tive de ir buscar a lupa para ler o poema, Rogério!

    Labor e cooperativismo, que a união é que faz a força.

    Então? Não arranjou material? Ainda bem!

    *

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  4. Adiei a minha partida para sexta-feira, para poder lá estar.
    O Zé das Medalhas, pelo contrário, decidiu antecipar o 1º de Maio para amanhã e vai comemorá-lo a condecorar os amigos. Depois é capaz de rumar ao Algarve...

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  5. Muito bem imaginado Rogério...
    Feliz dia do trabalhador!

    Abraço

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  6. E, amanhã, é dia 1 de Maio num mundo que decretou a extinção da palavra trabalhador.
    "Só há liberdade a sério quando houver..."

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