(olhemos para além dos rostos)
(reeditado)
Ah, se tudo se pudesse reduzir a uma questão de caras... olhemos, então, para além delas.
Para um, o congresso é um enorme colectivo que discute e assume ideias,
compromissos, destinos, sob a forma de orientações e de programa. Para
outro, o congresso é uma prova, que aglutina, funde, entrona, e onde as
crenças substituem as ideias, dispensam programas, omitem os
compromissos.
Os rituais, aos olhares menos atentos, quase se assemelham, mas na
realidade são muito mais diferentes que as diferenças ostentadas nos
sorrisos.
De um, dizem ser "a esquerda radical", do outro "ser do arco do poder".
São dizeres que, de tanto repetidos, entram no ouvido e subjacente fica o
medo e a ideia subliminarmente inculcada de que ao primeiro corresponde
"um partido de protesto", como se o seu congresso se limitasse a um
acto de luta e resistência. Para o outro, ser "do arco da
governabilidade" é um estatuto independente de valores, pois outros, de
valores supostamente inversos, também o são. A imprensa vende a
expressão como marca, como garantia da qualidade afiançada e manutenção
do paradigma, não como estigma, não como denúncia de continuação da
ruína.
Podiam entender-se? Olhando-os, até parece meter raiva que o não tenham
feito já. Mas tal é impossível. Pelos interesses que defendem, pelo
funcionamento das suas "máquinas partidárias", pela coerência entre os
discursos e as práticas.
Resta ao povo a sabedoria das escolhas...
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post editado em Dezembro de 2014, sem qualquer alteração
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post editado em Dezembro de 2014, sem qualquer alteração
Bela posta! :-)
ResponderEliminarVou esperar para ver.
ResponderEliminarNo fim, acredite Rogério
que terei uma palavra a dizer.
Por enquanto limito-me a observar...
Abraço!!
Vou esperar para ver.
ResponderEliminarNo fim, acredite Rogério
que terei uma palavra a dizer.
Por enquanto limito-me a observar...
Abraço!!
ResponderEliminarBoa noite,
os bastidores da política são-me tão distantes!
Não tenho competências que me permitam entender "camaleões", na política ou fora dela.
O PS não tem estaleca para ser mesmo de esquerda!
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério. :)