17 novembro, 2015

Poesia (uma por dia) - 83


Folhas Secas

E quando os meninos da escola
Atraídos pela luz inconfundível do outono
Vierem procurar folhas secas,
Encontrarão palavras.
Umas baloiçando em meios círculos
Bêbadas de prazer.
Outras tapetes de cores estendidas ao sol
Umas vendaval outras brisa, umas lume outras água.

Hão de querer coleciona-las, os meninos.
Hão de querer colá-las em forma de poema
Numa página do caderno.

Hão de ficar espantados
Quando os pássaros vierem
Fazer ninho na folhagem dos poemas
Ali plantados

7 comentários:

  1. Um belíssimo poema.
    Lídia Borges? Nunca li nada. E olhe que por causa do blogue de poesia, eu praticamente só leio poetisas, pois é delas o blogue. Tenho que ir pesquisar.
    Um abraço e obrigado pela partilha.

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  2. Ah, este é o parque onde caminho, pela manhã! E o poema apanhei-o lá quando um grupo de crianças recolhia folhas/pássaros. Obrigada!

    Lídia

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  3. São estes interregnos, revestidos de uma beleza rara, que nos vão trazendo algum alento, Rogério!
    Parabéns à autora.
    Magnífica fotografia. Poema a condizer...

    :)

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  4. gosto da poesia da Lídia Borges pseudónimo de Olívia Marques, embora tenha fechado os comentários do seu blogue gosto sempre de passar lá e ler os seus poemas.
    este não foge à regra, tem o seu cunho pessoal e tão terno.
    gostei!
    beijinhos

    :)

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  5. São estes interregnos que alimentam os meus dias!
    Gosto muito dos poemas de Lídia Borges.
    Linda a foto!

    Beijinho outonal


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