«Comecei a trabalhar para um diálogo e uma paz preventiva na Venezuela em 2015, a pedido da oposição moderada. Desde dezembro de 2015, viajei 34 vezes a Caracas e dez vezes à República Dominicana nas negociações. Com uma ideia básica: se se não há muitas vozes e atores na comunidade internacional que apostem pelo diálogo e se a ideia que predomina é que não cabe o diálogo, que não cabe falar com Maduro, que o que se deve fazer é forçar a implosão e a saída com sanções, o resultado será um grande desastre. Quando escuto que há que se fazer o que for preciso para que o governo Maduro acabe, me lembro de quando diziam que o Iraque tinha armas de destruição em massa, e que não havia outra solução (os EUA lideraram uma invasão). Em algum momento a oposição venezuelana teve um candidato único para ir às eleições? Não se chegou esse ponto, e por isso não houve um acordo. É muito estranho que uma vez que todos queriam a saída eleitoral, a oposição, que obviamente para tentar ganhar tem que ir unida, não tenha se unido em torno de um candidato.»José Luís Rodriguez Zapatero
in "Entrevista a´O GLOBO"
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