14 setembro, 2019

O Macacão

(Post reeditado, com pequenas achegas)

O macacão é um bicho bem sucedido, e não esconde isso.
Serve-se do wrestling político e dos que acrescentam ruído ao ruído, inundando o espaço televisivo.
Faz ainda mais: omite quem quer, nesse espaço e nos jornais; inspira discursos quase iguais; dá recados às redacções.
A razão da sua satisfação é imensa: consegue essa obra de arte de colocar uma pequena quadrilha, que nem sequer vai a votos, a influenciar todos os governos, os que tivemos, o que temos e o que vamos ter. Mas a grande, grande satisfação do macacão é diabólica e, também, resulta de sua obra: colocar o poder nas mãos daqueles que nem se expõem ao voto e conduzir um caminho que desde que foi iniciado nunca foi votado.
Ele é o verdadeiro dono desta democracia apoucada.
Ele é o verdadeiro dono da conduta da abstenção.
Acho mesmo que o macacão se confunde com a própria abstenção.
Há quem diga que ele é filho dela, só existe porque a abstenção o permite.
Sou mais da opinião que a abstenção é obra do macacão. 
Que fazer?

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