09 setembro, 2019

Ontem foi assim...


A FESTA acaba sempre em FESTA. Por todo o lado se ouvia "A Carvalhesa" só que não me era dado ver aquele espectáculo lindo de uma multidão a crescer, a crescer, a crescer... Em fim de serviço, perdia isso.
E, entretanto, foi mal calculada a fornada. "E agora, quem nos compra tudo isto?"
Foi então que se me inspirou o pregão
«Olha aqui o pão com chouriço! Olha aqui o chouriço com pão! Olha aqui o pão sem chouriço nenhum! Pagas três pelo preço de um!»
E foi tudo, até porque estava quentinho!
_______

Quanto à intervenção de Jerónimo de Sousa, escolho esta passagem, podendo ter escolhido qualquer das outras, do todo é sempre corte escolher uma só parte...
«Queremos um País a produzir. A produzir e a produzir mais, sobretudo aquilo que hoje temos que importar. A indústria, a agricultura e as pescas não são, nem para o PCP nem para a CDU, um assunto dos mercados ou aquilo que é possível nas regras da União Europeia. Se precisamos de alimentos, se precisamos de medicamentos, se precisamos de barcos e comboios para melhorar a vida das populações, o nosso caminho é o de produzir cá aquilo que querem que compremos lá fora. Um País capaz de tirar também partido das novas tecnologias e da revolução digital, colocando-as ao serviço de quem produz e do interesse nacional.

Queremos um País a avançar, onde o direito à habitação e à mobilidade não sejam esmagados pela lógica da especulação. Há uma resposta pública que tem que ser dada, dinamizando a construção de habitação pelo Estado e a reabilitação urbana. É preciso desde já promover a revogação do “balcão dos despejos” e assegurar o direito ao arrendamento por um período mínimo de 10 anos.

Queremos um País a avançar. Queremos continuar a recuperar rendimentos, mas também, instrumentos que estão hoje em mãos estrangeiras. Queremos recuperar para o País, o que é do País. Na banca e nos seguros, na energia e nas telecomunicações, nos aeroportos e autoestradas. Portugal tem que garantir a sua própria estratégia de desenvolvimento. O País não pode limpar os prejuízos dos bancos falidos para depois os voltar a privatizar, como foi o caso do BES, ou pactuar com a destruição dos CTT e do serviço postal.

Queremos avançar na construção de um País coeso e equilibrado, que assegure a defesa do interior e do mundo rural, com a regionalização, o ordenamento do território e o combate à desertificação e ao despovoamento.

Queremos um Portugal com futuro e precisamos de uma política patriótica e de esquerda e um governo que a concretize. Uma política alternativa que não se submete, nem à União Europeia, nem ao Euro. Que assume o direito soberano do País a definir a sua política económica, orçamental e monetária.
Uma política que quer renegociar a dívida e libertar recursos para o desenvolvimento do País.

Uma política que não deixa nenhum dos muitos problemas para trás.

Uma politica que quer valorizar a produção e fruição culturais assumindo esse objectivo importante de alcançar 1% do Orçamento do Estado para a cultura. Que quer que todos os jovens possam aceder aos mais altos graus de ensino, apostando na escola pública, reforçando a Acção Social Escolar e pondo fim às propinas no ensino superior. Que sabe que perante os graves problemas ambientais, a resposta não passa por novos negócios em nome do ambiente, mas por uma política de Estado que rompa com a lógica capitalista de exploração máxima da força de trabalho e dos recursos do planeta. Que está comprometida com o combate à corrupção, indo às suas causas profundas e dotando as entidades competentes com os meios adequados para cumprirem a sua missão e assegurando um novo rumo para a Justiça que se quer mais igualitária, acessível e próxima dos cidadãos.

Uma política para assegurar um Portugal livre e democrático, baseado no respeito pela Constituição.

Portugal não está condenado a ficar para trás, nem a andar para trás. É possível e necessário realizar outra política e avançar.

Avançar é preciso e por isso é necessário dar mais força à CDU!»

5 comentários:

  1. Vi e ouvi o Jerónimo de Sousa na TV e vi o fogo na minha varanda.
    Abraço e uma boa semana

    ResponderEliminar
  2. Estou novamente de saída para o hospital, mas levo este pedacinho da Festa comigo.

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. E que grande festa deve ter sido! :)
    Abraço Rogério!

    ResponderEliminar
  4. Sempre ouvi falar o melhor, pelo espírito, pela festa, pela oferta cultural e gastronómica, mas, a verdade é que ainda não fui. Vou tentar para o ano.

    Abraço

    ResponderEliminar
  5. Só lá fui uma vez e gostei!
    Lembro-me de me ter deitado na relva a olhar para as estrelas, vendo o Tejo lá ao fundo!

    Abraço

    ResponderEliminar