26 janeiro, 2020

Não, ainda não é sobre Isabel dos Santos

Ainda pensei em valer a pena trazer o tema para este espaço, mas não o faço. Talvez venha a fazê-lo, mas por agora falarei sobre o sistema que permite que o tema exista. Não há ocorrência sem contexto, nem um quem sem a sua circunstância. O que vai por aí, bem justifica uma redacção  há muito escrita, e foi escrito por um puto conhecido, sobre "A livre circulação do dinheiro". E reza assim:

«Depois da lição de matemática podia ter vindo a lição de ciência mas a stôra quis que falássemos do dinheiro e da sua livre circulação pedindo para nós dizermos o que víamos de bom e de mau nisso dentro do nosso juízo e considerando a evolução do homem e da economia somando à nossa noção de livre circulação coisas morais de elogio ou de censura e eu por este inusitado tema suspeito que a stôra o deu porque ela própria anda baralhada com o que se anda a dizer por aí da massa que circulou para os ofechoras e de outras trapalhadas feitas pelo senhor Núncio que foi secretário e que não é o das touradas.
Indo aos primórdios da humanidade a economia primitiva funcionava à base de escambo que era a simples troca de mercadorias sendo que uma das de mais valor eram o boi o que para os dias de hoje é coisa impraticável de fazer circular pensando que numa sala de 100 metros quadrados como é a da suite 605 algures na ilha da Madeira é espaço muito limitado para por lá passar os bovinos amealhados pela Pepsi somados aos bois circulados pela Usal e pela Sonangol e por mais de de oitocentas empresas lá sediadas e foi porque a humanidade não conseguiu resolver isso que inventaram os paraísos fiscais os bancos as empresas com sede na Holanda e os secretários de estado das finanças.
Parecida com a Madeira porque funciona da mesma maneira há muitos outros locais e um deles de que gostamos mais fica num sítio chamado Panamá que eu ainda não sei onde fica pois só para a semana é que vai ser dada a lição de geografia e é para lá que vai saindo o guito sem que o Governo dê por isso pois a livre circulação tem esse requisito de os Governos não darem por isso.
O que eu gostava mesmo é que se voltasse à economia de troca pois seria impossível ao Estado ver passar uma manada de 10 mil milhões sem dar por nada.
A livre circulação do dinheiro é uma coisa muito boa eu é que não vejo um boi!»

Me assino
Rogérito
(com os impostos em dia)


4 comentários:

  1. Da saga Isabel dos Santos já fui bombardeada que chegasse, durante toda a semana através dos meios de comunicação audio-visuais. Já a ideia da economia de troca não acho que seja lá grande ideia, Rogerito...trocar galinhas por couves, não seria nada conveniente nem equitativo.
    Tem de haver é mais vergonha por parte dos governantes que exploram o povo e enriquecem despudoradamente.

    ResponderEliminar
  2. Já somos dois "a não ver um boi", Rogérito...

    Um grande beijinho

    ResponderEliminar
  3. A passagem do dinheiro a "pouco visível" permite muita coisa...

    Por outro lado, o Mundo sempre foi dois poderosos e nesse tempo, muito provavelmente, alguém iria decidir que tudo o que existia naquele espaço era dele, incluindo as cabeças de gado e as humanas...

    Aquele abraço, O Rogerito é que sabe...

    ResponderEliminar
  4. O Rogerito sempre tão assertivo. Vou contar-te um segredo Rogerito. Eu também não vejo um boi...
    Abraço e boa semana

    ResponderEliminar