«nunca a poesia salvaria o mundo,
mas nunca este poderia ser salvo
sem
ela.»
Jorge de Sena
MESTRES(...)
E, pois que os Mestres deram ao desprezo
Os sentidos do afecto, o toque, o cheiro,
Vivendo ao longe, trabalhando ao longe,
Amando sem qualquer imperfeição,
O diligente vírus vem marcar
Toda a proximidade com veneno
Para que ela, mesquinha, antiquada,
Um vestígio animal, desapareça.
E ninguém dança já aquela dança
Da morte de outros tempos, já ninguém
Se despede da vida com banquetes
Entre o chiar dos ratos infectados.
Eis, pois, os Mestres, os senhores da terra
Dura e impermeável, gasta e morta,
Os incansáveis Mestres dos destroços,
A suja maravilha dos humanos.”
Hélia Correia
Roubei esta parte sem coragem para roubar todo o texto que o Fernando Paulouro das Neves publicou no seu NOTÍCIAS DO BLOQUEIO na esperança de que lá irão ler tudo...
Vá lá!, espera o quê?
Com este pensamento de JS, eu concordo:
ResponderEliminar«nunca a poesia salvaria o mundo,
mas nunca este poderia ser salvo
sem ela.»
O resto, para saber se estou de acordo, irei ler amanhã.
Está época também ficará registada na literatura.
ResponderEliminarBoa Noite.
Concordo absolutamente com estas palavras de Jorge de Sena.
ResponderEliminarAbraço, Rogério!
Valha-nos a Poesia!
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarNão vou lá porque já me debrucei sobre estes inédito de Hélia Correia, publicados no penúltiplo JL. Fiquei muito tempo a lê-los, aos "Mestres" tão bem retratados por esta atentíssima poeta. Gosto dela.
Lídia
Jorge de Sena intelectual, poeta, tradutor, cuja obra muito admiro.
ResponderEliminarTenho que me dedicar mais à poesia de Hélia Correia.