Depois de ver o que acabei de ouvir e ver, senti-me Álvaro. E é curioso, como aquilo que eu-Álvaro aqui vou respondendo em 1991 parecem respostas adequadas à actualidade... faltou apenas uma pergunta, tipo "O PCP é ainda o partido da classe operária?"
Não me atrevo a adivinhar o que Álvaro Cunhal responderia mas eu, não deixaria de associar a progressiva desindustrialização às dificuldades crescentes referidas por ele. De facto, sectores como o da construção e reparação naval caíram para nunca mais se erguerem (Lisnave, Setenave, Margueira, Estaleiros de Viana são um dramático exemplo). Outro sector rendido a zero o metalúrgico, onde a Siderurgia Nacional, a Cometna e a Mague foram desaparecendo. E ainda a metalomecânica, com destaque para a Sorefame e para a Equimetal. Mas, se não muitas as empresas referidas, são milhares as empresas a serem afectadas pois qualquer daquelas grandes subcontratavam componentes, serviços e mão-de-obra de modo mais ou menos intensivo.
Quantos milhares de postos de trabalho se perderam? Quantas centenas de células do Partido desapareceram?
E não foi só o Partido a sofrer mas sim toda a economia. E a coisa ficou por aqui? Nem pensar! Sectores que se julgavam seguros deixaram de o ser. Exemplo disso são o sector cimenteiro, o do calçado, o do vestuário e mais o que adiante se verá...
A classe operária está reduzida a... quase nada.
Nunca deixei de me “sentir” Álvaro Cunhal, embora não pertença à classe operária. Comecei a minha vida política como comunista de salão e com uma grande admiração por ÁLVARO CUNHAL.
ResponderEliminarComecei a ver uma das entrevistas, mas fique de tal maneira emocionada, que instalei essas três entrevistas no Apple que vejo amanhã.
Abraço forte e solidário da amiga burguesa.
Certo.
ResponderEliminarNão seja por isso, camarada Rogério: se é certo que a indústria se encontra reduzida a quase nada, não será menos certo que os assalariados continuam a existir e a serem explorados.
ResponderEliminarO Partido Comunista Português só se tornará obsoleto quando os seus objectivos estiverem cumpridos. E esses objectivos estão muito, muito longe de o estar, como muito bem sabes.
Um abraço!
Como não sei nada a esse respeito e estou de férias para essa cambada toda da política , deixo um abraço forte e continuo te admirando muito pela constante militância do bem e da cidadania. Pronto_ te abraço Rogério
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