"Chalana" é um camarada, filiado no partido em que milito. Em 2013 (já lá vão uns anitos) recebeu a medalha atribuída pelo júri do Prémio Direitos Humanos constituído no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República. Ele fez um discurso que mantém toda a atualidade: “Troco esta medalha por outro modelo de desenvolvimento económico”.
... e este é o modelo que ele (e eu) quer ver trocado:
Este vídeo é o primeiro dos oito que perfazem a obra "Os Esquecidos"...
Preferem ficar com o mesmo modelo de desenvolvimento económico. Nunca o trocarão por uma medalha de Direitos Humanos. Estarei errada?
ResponderEliminarTudo de bom, meu Amigo Rogério.
Uma boa semana.
Um beijo.
Dizendo de modo mais preciso: Chalana recebeu a medalha por atos de caridade e preferia que a pobreza não existisse. Ou seja, preferia não receber a medalha ou a trocaria por um modelo económico que erradicasse a pobreza.
EliminarBeijo militante, querida amiga
Conheci o Chalana quando ainda andava muito pelo Facebook, há uns treze ou catorze anos, através da Ivone Pessoa Telles, também nossa camarada e recordo-me perfeitamente do singular episódio de que nos falas neste post. Estou também segura de já ter visto este vídeo que a ninguém deveria deixar indiferente.
ResponderEliminarA medalha que ganhei foi por "relevantes serviços prestados à comunidade" no âmbito da arte e da cultura mas só agora me ocorre que também eu deveria ter proposto a troca, nem que fosse pelos tais 1% para a cultura por que há tantos anos lutamos.
Um forte abraço, Rogério!
Tal proposta de troca não ecoaria por aí, pois foi-te proposta por gente marginalizada... proposta nossa...
Eliminarhttps://conversavinagrada.blogspot.com/2017/10/e-insanidade-estar-se-contra-e-depois.html#comment-form
Abraço, ao teu lado
Eu sei... Mas tu disseste-me que a Assembleia votou unanimemente na proposta dos "marginalizados" e que muitos elementos da bancada se puseram de pé num acto de clara aprovação. Mas sim, bem sei que nunca teria o eco que teve o gesto do Chalana.
EliminarOutro abraço!
A frase desse camarada é inspiradora, mas para que fiquemos com a noção de quão pobre é uma parte da nossa população, há que ver o vídeo.
ResponderEliminarUma coisa me deixou perplexa, Rogério. Esse casal criou nove filhos e, na altura dessa filmagem, por certo antiga, viviam sozinhos em condiçôes degradantes. Como a pobreza material nunca está só, a de espírito também a acompanha. Por onde andam essas nove almas que ali cresceram?
Porque motivo não prestam auxílio aos pais e os deixam envelhecer sem lhes prestar a mínima ajuda? Certo é que a cama é sempre um conforto para a alma já cansada...
Um abraço.
Desconhecia esse acontecimento. Fica a memória e a homenagem.
ResponderEliminarUm abraço.