Portugal "cada vez mais macrocéfalo" põe a maioria das cidades dependentes dos serviços públicos 
"Algumas capitais de distrito como Bragança, Portalegre ou Beja "estão perto de situações perigosas" num país cada vez mais macrocéfalo. Dependente dos serviços do Estado, a sua pequena dimensão não lhes permite captar investimento privado. Portugal continua a ser Lisboa, o resto é paisagem. O centralismo "quase genético" ganhou novo alento com a União Europeia e globalização.
"É uma combinação explosiva", diz o geógrafo Álvaro Domingues. "Pequena escala misturado com pouca diversidade funcional", se falhar um sector, "pode ser o caos" em cidades como Bragança, Portalegre ou Beja. A grande dificuldade destas áreas urbanas é sobreviver sem a dependência do investimento público." (...) "Superconcentrado" durante o Estado Novo, continua macrocéfalo. Não trava o despovoamento do interior: é um país "dependente" dos serviços públicos para sobreviver. "Vai a Coimbra, tira a universidade e os hospitais e ela afunda-se no meio do Mondego", diz Domingues - que define como "cidades do Estado" as capitais de distrito." (ler artigo no DN de hoje).
Este interessante artigo coloca múltiplas questões, desde a necessária regionalização até à alteração da estrutura económica das cidades em apreço, referindo, neste domínio, a "combinação explosiva da pequena escala misturada com a pouca diversidade funcional".
Não posso deixar de ligar este artigo e as reflexões que permite às questões em torno da estrutura fundiária, de micro explorações agrícolas no caso do Distrito de Bragança e das grandes extensões de terreno, para falar de Beja e Portalegre. Com problemas diferentes, coloca-se a questão de uma reforma agrária que permita colocar a terra como pólos de desenvolvimento, da fixação das pessoas e, assim, da redução de dependência das cidades dos referidos investimentos públicos.
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"Algumas capitais de distrito como Bragança, Portalegre ou Beja "estão perto de situações perigosas" num país cada vez mais macrocéfalo. Dependente dos serviços do Estado, a sua pequena dimensão não lhes permite captar investimento privado. Portugal continua a ser Lisboa, o resto é paisagem. O centralismo "quase genético" ganhou novo alento com a União Europeia e globalização.
"É uma combinação explosiva", diz o geógrafo Álvaro Domingues. "Pequena escala misturado com pouca diversidade funcional", se falhar um sector, "pode ser o caos" em cidades como Bragança, Portalegre ou Beja. A grande dificuldade destas áreas urbanas é sobreviver sem a dependência do investimento público." (...) "Superconcentrado" durante o Estado Novo, continua macrocéfalo. Não trava o despovoamento do interior: é um país "dependente" dos serviços públicos para sobreviver. "Vai a Coimbra, tira a universidade e os hospitais e ela afunda-se no meio do Mondego", diz Domingues - que define como "cidades do Estado" as capitais de distrito." (ler artigo no DN de hoje).
Este interessante artigo coloca múltiplas questões, desde a necessária regionalização até à alteração da estrutura económica das cidades em apreço, referindo, neste domínio, a "combinação explosiva da pequena escala misturada com a pouca diversidade funcional".
Não posso deixar de ligar este artigo e as reflexões que permite às questões em torno da estrutura fundiária, de micro explorações agrícolas no caso do Distrito de Bragança e das grandes extensões de terreno, para falar de Beja e Portalegre. Com problemas diferentes, coloca-se a questão de uma reforma agrária que permita colocar a terra como pólos de desenvolvimento, da fixação das pessoas e, assim, da redução de dependência das cidades dos referidos investimentos públicos.
Sobre Trás-os-Montes, falarei noutra oportunidade. Quero só assinalar que o Ministro da Agricultura anda todo trocado quando fala em associar pequenos agricultores do Alentejo. A questão estrutural coloca-se naquela região, no desenvolvimento associativo e das cooperativas.
Falando do Alentejo, ter-se-á que falar da Reforma Agrária, mesmo qque o Expresso não o faça.
O meu post do dia 14 ,"Alqueva. Afinal já mexe. (pouco, mas mexe) – IV", eu escrevia:
“No Expresso on-line o dossier sobre o Alqueva, perdeu a valência agrícola. Não acreditam? Vão lá ver. Está aqui. (…), Graças ao PiG, a água vai toda para turista ver e usar e, subsidiariamente, para produzir energia.” Reagia, assim, ao facto de o Expresso se limitar a falar dos mega-investimentos turísticos e da duplicação da potência, na produção de energia. Esse post terminava assim: “O Sr. Ministro da Agricultura diz que vai haver “mais regantes de grande dimensão e que muitos pequenos se irão associar para ganharem massa crítica”. Vai é faltar massa para os pequenos pagarem a água de Alqueva. Isso o Expresso não disse. Também não tinha de dizer. O Expresso limitou-se a fazer um artigo promocional para a venda de terrenos naquele território. O resto virá depois…”
Agora percebo que havia outra intenção. Adicional, para além daquela de responder às lembranças e comemorações do 35º aniversário da Reforma Agrária. O SOL, dá notícia em tom de efeméride dos comunistas. O Expresso nem isso…
Mas será que a Reforma Agrária interessa apenas aos comunistas?
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