Transcrevo, parcialmente, este editorial do "alentejopopular", publicado já há alguns dias (18/2). Veja o texto integral aqui
As revelações do semanário Sol, com base em alegadas escutas efectuadas pelas autoridades policiais e judiciais, relativas a um eventual plano para criar um grupo de "media" favorável ao Partido Socialista e ao Governo de José Sócrates, não trouxeram nada de novo.
– Tentativa de controlar televisões, rádios e jornais? É uma prática antiga do PS, do PSD e do PP, que dominam o sistema mediático hegemónico, em conivência com os grupos económicos proprietários dos principais órgãos de comunicação social (…);
– Utilização de bancos e grandes empresas, conluios entre o poder político e o poder económico, para "esquemas" ilegais? (…) (lembram-se do cheque da EDP que um ministro veio trazer a Aljustrel, a uns meses das eleições?) (…);
– Dúvidas sobre o papel do sistema de Justiça na protecção dos governantes alegadamente envolvidos em casos "complicados"? Também aqui não há nada de novo: para que serve a Justiça de classe se não para encobrir e defender as classes dominantes?
– Colocação de boys em conselhos de administração e noutros lugares chave, de empresas e do aparelho do Estado, para "servirem" os chefes? É uma prática antiga (…).
O que há de "novidade", pois, nos mais recentes episódios do caso "Face Oculta" que, aliás, deverão continuar a ser revelados, a conta-gotas, à medida dos interesses do PSD à procura de uma liderança "forte"? (…).
No essencial, o que há de novo é que o PS tem maioria relativa e já não consegue governar de forma "absoluta", é que a situação económica, financeira e social do País é catastrófica, é que José Sócrates – por muito que não tenha o perfil de um "desistente" (António Vitorino dixit) – está cada vez mais desacreditado.
O que se avizinha, pois, é uma recomposição do governo da direita. (…) A luta dos trabalhadores, claramente, é outra. (…)
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