"Teria sido muito mais importante para o País e para os portugueses, que o governo, no lugar ter apresentado um Programa de Estabilidade e Crescimento dominado apenas pela obsessão de reduzir o défice que vai trazer só mais atraso e pobreza, tivesse apresentado um plano com medidas concretas para aproveitar a gigantesca fonte de criação de riqueza, que está neste momento desaproveitada, que são os mais de 700 mil portugueses sem trabalho, portanto sem possibilidades de produzir riqueza.
A redução significativa do desemprego determinaria, por um lado, um acréscimo muito significativo das receitas fiscais e contribuições recebidas pelo Estado (mais de 5.911 milhões de euros) e, por outro lado, um redução muito importante das despesas da Segurança Social (2.200 milhões de euros só com o subsidio de desemprego), o que permitiria reduzir o défice orçamental para menos de metade.
Por outro lado, se destruição da riqueza provocada pelo desemprego fosse reduzida, é evidente que Portugal atingiria facilmente taxas de crescimento económico elevadas que faria sair rapidamente o País da estagnação económica em que se encontra mergulhado há quase 10 anos (a média das taxas de crescimento económico verificadas no período 2000-2009 foi inferior a 1% e as taxas de crescimento económico previstas para os próximos anos também são inferiores a 1%). Para concluir isso, basta ter presente que a riqueza perdida devido ao desemprego corresponde a 14% do valor do PIB de 2010."
15 abril, 2010
A riqueza perdida devido ao desemprego corresponde a 14% do valor do PIB de 2010
Qual tornado, qual carapuça. É o PEC que vem aí...
Ontem era a imagem do dia. Ilustrava Bruxelas a aprovar PEC português e a alertar, ameaçador, para consequências de incumprimento. Se este incumprimento acontecer, será um verdadeiro terramoto.
Porque não acredito que estejamos condenados aos desígnios da natureza, nem que nos apareça, como na Islândia, um vulcão a baralhar a Europa toda, fui procurar outras visões. Encontrei esta:
Lêr aqui estudo completo, do economista Eugénio Rosa
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Rogério,
ResponderEliminarÉ um texto deveras interessante. Desconhecia-o. Infelizmente, a classe política tem (muita) dificuldade em aceitar estas verdades. Por que será?
700 mil desempregados? Onde?
ResponderEliminarCaro Gonçalo, a informação golpista (PiG)não tem como fonte nem colunistas nem todos os economistas. Rima e é verdade. Muitas opiniões, mesmo fundamentadas, são subtraídas na formação de uma opinião pública esclarecida.
ResponderEliminarCaro Anónimo, tem razão. São 705 mil os desempregados. As contas são assim (passo a citar o Eugénio Rosa): Tomando como base o desemprego oficial verificado no 4º trimestre de 2009, (563,3 mil que, em Fev2010, já tinha subido para 575,4 mil segundo o Eurostat)...Se adicionarmos ao desemprego todos aqueles que, embora desempregados, não estão incluídos no numero oficial de desempregados e que, segundo o INE, eram 140,7 mil no 4º trimestre de 2009, obtém-se 704 mil, que é o número efectivo de desempregados, calculado utilizando apenas dados divulgados pelo INE nas suas Estatísticas do Emprego.
Podia que enviasse o seu email para este endereço.
ResponderEliminarVoxNostra
onossoblog2008@gmail.com
Já conhecia este estudo, mas tem toda a razão... convém a muito boa gente ocultá-lo para não fazer ondas.
ResponderEliminar:)
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