16 julho, 2011

Sábado... Foi assim, a semana que hoje finda (3)

É difícil adivinhar o que uma estátua pensa. Refiro-me às estátuas que o são por dentro. Vistas de fora, não há sinais de que sejam estátuas, pois se movem, agitam, trabalham, falam e até gritam. As estátuas afagam-se, bebem sumos ou vinho e até sorriem para seu vizinho. Não foi o caso da semana finda, parca em sorrisos. Foi raro ver um sorriso aberto, não porque tivessem a real percepção do que está a acontecer, mas porque lhes disseram para o não fazer. As estátuas não pensam? Pensam. Pensam um pensamento único, aquele que lhes é dito para pensar. O país das estátuas anda a ser maltratado? Anda, de há muito. Mas só agora lhes é dito, parcialmente, as razões para o país estar aflito. Havia solução? Havia mas era - e por enquanto ainda é - negada. Diziam todos os canais fazedores do pensamento estreito que a solução não tinha jeito. Que a solução era dramática, exagerada e proposta por quem era, nem digna de ser falada era aquela que agora se faz ouvir, ainda que timidamente por alguma gente, mas que na próxima semana pode ter decisão europeia. Finda a semana com uma reacção própria de estátuas, responder com uma pequena estatueta, representando o "Zé Povinho", fazendo um manguito aos supostos fazedores de tristezas e maus destinos. O manguito, tinha ele feito há muito e só agora o mostram. Sinais de manipulação, resposta tardia, para estátua ver. Só isso, podem crer...




Resumo da semana, outra maneira (ainda marginal) de falar às estátuas

9 comentários:

  1. Pois se as estátuas nem isto sabem... O Mundo é para privatizar, com o "consentimento" dos alienados. Quando derem por isso, está terminada a obra dos controladores do mundo. Aqui perguntam se a Europa é mesmo estúpida... cá para mim, não! Eles sabem muito bem quem se vende com facilidade, daí o nome do Tratado Bilderberg ser conhecido por Tratado de Lisboa. Tanto Portugal como a Grécia, são os Países escolhidos para experiências no terreno de comportamento das massas, perante a ditadura mundial.
    Isto não está para brincadeiras, só que como o Rogério sabe, anda quase tudo a leste e quem sabe, é deixado de fora do "baralho".

    Um bom fim de semana e um beijinho.

    ResponderEliminar
  2. Estátuas de indiferença,de esperteza, de medo ou de pura insanidade? Há de se fazer a diferença...
    Um grande bj querido amigo

    ResponderEliminar
  3. Quando era pequena, em idade, havia um jogo em que nunca participava - o das estátuas.

    Agora, com estes 56 anos de acácia, continuo a recusar jogá-lo, mesmo que mo imponham.

    Beijo

    ResponderEliminar
  4. as estátuas sem carne e osso

    encerram expressões, dores, sentimentos

    o estado sólido, mineral, uma liga

    nós, falamos de uma outra forma e de facto não nos podemos calar, nem nesta, nem em qualquer outra semana

    um abraço

    manuela

    ResponderEliminar
  5. Pois é, o gesto do ZéPovinho é o mais correcto. Mas depois é o Zé Povo quem mais sofre...

    ResponderEliminar
  6. Já não acredito
    nessa do manguito.
    Ou então
    ao manguito
    tem de se dar
    nova interpretação.

    Uma boa semana!


    L.B.

    ResponderEliminar
  7. Rogério, estatuas pensam, como não?
    As que você postou são do bem! As que você postou são do bem, vão ajudar os corais do mar do Caribe a se recuperar.
    bjs e bom domingo!
    Jussara

    ResponderEliminar
  8. Rogério

    Abanem-se as estátuas, para que não se movam apenas.
    Abanem-se, para que se agite a massa pensante, para que deixe de estar dormente e passe a remar com rumo, longe da indiferença de orientação. Um barco que é barco não anda à deriva do vento, uma estátua também nao!
    Pelo menos, não devia...

    Um abraço

    ResponderEliminar