O desassossego foi marcado, com prazo, datado. Nada mais contraditório com a necessidade destes dias e em confronto com os actos e as palavras de Saramago, que todos os dias nascia. Ainda assim associo-me à efeméride, porque o farei também amanhã, depois e sempre. Ordenou Minha Alma, subscreveu Meu Contrário e, também esse Eu, que sobre Saramago tanto escreveu:
"A pergunta que todos deveríamos fazer-nos é: Que fiz eu se nada mudou? Deveríamos viver mais no desassossego. Não haverá amanhã se não mudarmos o hoje. Como se conta em A Caverna, tudo o que levamos às costas é passado e todo esse passado, incluindo a desesperança e a desilusão, é o que influencia o amanhã. Há que fazer o trabalho todos os dias com as mãos, a cabeça, a sensibilidade, com tudo."
José Saramago, in "Nas Suas Palavras"
Continuamos a fazer as mesmas perguntas e a ter as mesmas respostas: desesperança e desilusão.
ResponderEliminarMas não morremos....
Abraço
ResponderEliminarEstá a perceber, Rogério, por que faço sempre duas perguntas, quando chego? É um desassossego este meu, também.
Beijo
Se o eu formos nós e formos muitos, algo irá mudar certamente.
ResponderEliminarConcordo com o título, Rogerito, mas há que haver um sinal e estes "dias" são o sinal.
ResponderEliminarMas, de facto, «Há que fazer o trabalho todos os dias com as mãos, a cabeça, a sensibilidade, com tudo.»
Beijinhos
E são!
ResponderEliminarPara uns mais do que para outros!
Na verdade pensar escrever agir
ResponderEliminardá muito trabalho pá
duvido que aquilo que não cheire a dinheiro entusiasme muito indígena...
ResponderEliminarO que mais me preocupa é que enveredamos por um caminho onde já não se fazem perguntas. Ou, quem as faz, é olhado de soslaio. Vamos ao sabor da corrente porque nos acomodamos e somos preguiçosos. Estamos sempre à espera que alguém se desassossegue por nós...
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