(reposição de um post com mais de três anos, e com a preocupação centrada nos Estaleiros)
...um libelo contra a sanha privatizadora, inscrita desde o PEC
Estava meio deprimido. A semana não tinha corrido nada bem. Depois das minhas incursões pelas incapacidades educativas e de meia dúzia de propostas a que ninguém ligou, só fiz asneiras: Perdi-me no Chiado e escondi-me dos poetas que por lá estão; troquei as voltas àquela amiga que me oferece flores, cores, sorrisos e poemas (desejei-lhe feliz regresso quando ela ainda se preparava para partir); esqueci a quantas andava e perdi o dia de anos da minha mais recente seguidora; fui avinagrar amigos de infância, etc., etc., etc. Estava assim, zangado comigo mesmo e com o mundo, quando surge o toque salvador. Atendo:
Eu - Sim? (digo em voz mais seca do que me estava a alma)
Uma voz - Rogério? (ouvi, do outro lado, aquela voz bem conhecida que teve o condão de me animar a alma)
Eu - Olá, que bom ouvir-te (disse, quase a confessar-lhe o meu estado)
A tal voz - Rogério, lembras-te daquele meu filme onde eu desempenhava o papel de falso carteiro, perito em obras de Shakespeare, numa apocalíptica terra devastada e onde acabo por descobrir o poder de inspirar a esperança e fazer crer ao povo, perseguido pela tirania, que o Governo do meu país tinha sobrevivido à hecatombe?
Eu - Claro, é um dos meus épicos mais queridos! Aquele em que a juventude assume os correios, como símbolo do Estado e como bandeira da resistência e cidadania, mobiliza o povo contra os opressores. Belo filme, onde te vejo liderar uma heróica rebelião para repor a paz e a justiça
Voz – Esse mesmo. Quero que tu me escrevas umas notas, tipo sinopse, para uma nova versão. O título provisório é “The portuguese postman”, mas estou receptivo às tuas sugestões. Podes?
Eu – Yeessss! (exclamei, com uma alma nova em folha, sem os anteriores vestígios de ferrugem)
Eu - Sim? (digo em voz mais seca do que me estava a alma)
Uma voz - Rogério? (ouvi, do outro lado, aquela voz bem conhecida que teve o condão de me animar a alma)
Eu - Olá, que bom ouvir-te (disse, quase a confessar-lhe o meu estado)
A tal voz - Rogério, lembras-te daquele meu filme onde eu desempenhava o papel de falso carteiro, perito em obras de Shakespeare, numa apocalíptica terra devastada e onde acabo por descobrir o poder de inspirar a esperança e fazer crer ao povo, perseguido pela tirania, que o Governo do meu país tinha sobrevivido à hecatombe?
Eu - Claro, é um dos meus épicos mais queridos! Aquele em que a juventude assume os correios, como símbolo do Estado e como bandeira da resistência e cidadania, mobiliza o povo contra os opressores. Belo filme, onde te vejo liderar uma heróica rebelião para repor a paz e a justiça
Voz – Esse mesmo. Quero que tu me escrevas umas notas, tipo sinopse, para uma nova versão. O título provisório é “The portuguese postman”, mas estou receptivo às tuas sugestões. Podes?
Eu – Yeessss! (exclamei, com uma alma nova em folha, sem os anteriores vestígios de ferrugem)
… e lá combinamos data e local para o bate-papo em torno do meu argumento.
NOTA (de hoje): Kevin Costner tem estado mais atento à nossa realidade que a maior parte dos blogues que estou a seguir. Nunca mais me ligou. Talvez ache que o tal argumento que eu iria escrever se parecia demasiado com o filme que vos foi dado ver...
Reedição desta versão
Fui à origem... reeditaste-o de uma inspirada publicação que te fora sugerida pela sanha privatizadora de um dos PECs... se te entendo!
ResponderEliminarAbraço!
Toca-me muito esta questão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo!
ResponderEliminar(http://amariasoueu.blogspot.pt/2013/11/ta-mar.html)
Bela metáfora, a tua, Rogério!
Beijinhos Marianos! :)
Valeu a pena!
ResponderEliminarO blogueiro posta sempre duas vezes...
O que esta´ a acontecer com os estaleiros de Viana sao uma dor para qualquer portugu^es que se preze.
ResponderEliminarSem mais comentarios porque nao encontro classificaçao para esta gente infame que nos governa.
Beijos
Volto breve Rogerio, porque as ausencias nao significam esquecimento, sao as azafamas de um pais a sofrer, por isso mudei agora a fotografia de perfil, mais de acordo com a minha pouca vontade de sorrir e com o estado de espirito do teu texto.
ResponderEliminarBeijos.
O que esta´ a acontecer com os estaleiros de Viana sao uma dor para qualquer portugu^es que se preze.
ResponderEliminarSem mais comentarios porque nao encontro classificaçao para esta gente infame que nos governa.
Beijos
Volto breve Rogerio, porque as ausencias nao significam esquecimento, sao as azafamas de um pais a sofrer, por isso mudei agora a fotografia de perfil, mais de acordo com a minha pouca vontade de sorrir e com o estado de espirito do teu texto.
ResponderEliminarBeijos.