foto de Pedro Pinto
ANOITECER
_________________"A luz desmaia num fulgor d`aurora",
Qual chama que se apaga humildemente,
Como se tivesse alma e fosse gente
Que percebesse que é chegada a hora...
"Não sei o que em mim ri, o que em mim chora"
No pouco que esta vida me consente,
Só sei que a luz me abraça mansamente
Quando se esbate, suave e sedutora...
"Horas tristes que são o meu rosário",
Mas que, às vezes, cobertas de ternura,
Mostram ser, da tristeza, o seu contrário
"E, a esta hora, tudo em mim revive:"
Ah, quanta lassidão!... mas pouco dura...
Apagar-se-me-á mal me cative...
Maria João Brito de Sousa - 28.01.2016 - 15.06h
Nota: A autora do soneto ficará surpreendida por lhe ter omitido o poema primitivo (que ela glosa), e por ter alterado a imagem que o ilustra, mas esse meu comportamento é a mensagem da necessidade de uma outra luz...
Adoro o por-do-sol!
ResponderEliminaradoro o sol, desde o nascer
Eliminar:) Obrigada, do fundo do coração, Rogério!
ResponderEliminarNão te sei como, nem quando, terminará esta minha "maré"... apenas te sei dizer que tem uma força imensa...
Abraço grande!
Maria João
Então... força!
EliminarA Maria João é uma poeta por inteiro. Admiro muito o seu trabalho poético, quer aquele mais interventivo, (sociologicamente falando), quer este de carácter mais introspectivo que revelam uma faceta muito "humana".
ResponderEliminarBj.
Ela tem a faceta que revela, Olívia.
EliminarE temos que lhe dar força!
Aqui estou sempre me surpreendendo e aprendendo amigo Rogério.
ResponderEliminarComo sabe sou uma amante de poesia e adoro Florbela Espanca.
Mas este poema glosado de Maria João Brito de Sousa na minha simples opinião superou o original. Parabéns e força à poeta !
Obrigada por este momento .
Um beijinho
Fê
Penso o mesmo, e vou-lhe dizer
Eliminarela tem de saber!
Tem de visitar assiduamente o espaço dela:
http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt
Muito obrigada Fê Bluebird! :)
EliminarUm beijinho!
Maria João
Obrigada querido amigo Rogério pelo destaque que dá à poesia de Maria João de Sousa, ela merece e bem precisava de ter os seus livros publicados, sabemos todos que é bem dificil, mas nunca impossível. Eu amo poesia, adoro os sonetos de Florbela Espanca, mas ao conhecer a poesia de Maria João fiquei dividida, porque ela é um ser maior a escrever sonetos e toda a poesia. A Maria João precisava de grande ajuda para que alguma Editora se interessasse por publicar toda a sua vastíssima obra. É uma pena, porque quem sabe se não é um dia motivo de estudo neste País onde a cultura tem andado tão arredada do seu povo. Abraço para si Rogério pela solidariedade que tem dado a esta amiga.
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