A minha palavra
é um braço
com que te enlaço
e um punho erguido
necessário, sentido
A minha palavra
é um gesto lento
é um lamento
um grito ouvido
de um homem ferido
A minha palavra
nem sempe é bela
é um comer saído da gamela
é um sorvo, um beber
é um dar do meu saber
A minha palavra
prentendendo-a justa, é louca
é uma boca
com lábios de beijar
e dentes de morder, de trincar
Partindo do princípio que a alma é uma mera conceptualização de qual necessitámos para tentar explicar aquilo que cada corpo sente, pensa, decide e produz/faz, entre as quais se conta a palavra, concordo absolutamente contigo e sempre te digo que a minha palavra, justíssima em qualquer circunstância, beija, morde e trinca incomparavelmente mais e melhor do que eu própria o faço...
ResponderEliminarForte abraço!
Maria João
As palavras sentidas
Eliminarsão sempre melhores que nós
que somos muitas vezes inaptos
para converte-las em actos
As minhas, Rogério, atendendo às muito específicas circunstâncias em que as vou escrevendo, adquirem a dimensão de actos e gestos... e tão lentos vão sendo, tão limitados se encontram em mim os actos e os gestos, que mal me vão suprindo as necessidades mais básicas da sobrevivência e quase se esgotam - ora no seu limite, ora tentado ultrapassá-lo - na produção da própria palavra...
EliminarMaria João
Força!
EliminarEu sei que a tens!
Eu perdi as palavras, o meu amigo encontrou-as.
ResponderEliminarA alma estão nelas e são tão belas.
Um beijinho
Fê
Sempre que um amigo
Eliminaralguém que muito estimo
perde alguma coisa
eu procuro
vasculho
na minha memória
("isto"... isto é muito antigo)
Palavras em carne viva!...
ResponderEliminarMuito belo, isto!
Lídia
Quando a gente tem tempo
Eliminaras palavras acodem
umas beijam
outras mordem
:))
Em 2010 eu não sabia que havia um "Conversa Avinagrada" logo, foi a primeira vez que li o poema. As palavras, são armas de vários gumes. Elas, podem ser, alegria, tristeza, engano, justiça, sei lá, que mais. Elas até podem ser um belíssimo poema como o que acabo de ler.
ResponderEliminarUm abraço
...este poema é do tempo
Eliminarem que tinha mais tempo...
Agora andam-me arredadas as palavras
mas não os abraços
deixo-lhe um
eu não conhecia este poema, e gostei destas palavras rimadas e com muito sentido.
ResponderEliminare assim se faz Poesia, mesmo com a alma a atrapalhar.
beijos
;)
Sabes?
EliminarEnquanto a alma dorme, escrevo.
Depois ela acorda
Lê
e gosta
Boa memória poeta
ResponderEliminarAbraço
Uma maneira de resistir
Eliminaré não deixar
que a memória se apague
As palavras saem-te através do corpo mas não são, senão, a tua alma.
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério :)
Não ligue à Minha Alma
Eliminaré de nós a mais "avinagrada"
Em mim, os versos que faço
são à força de braço
(embora sem esforço)