Dois mil e dezanove, o meu balanço...

Como balanço deste ano prestes a dar o berro, a imagem acima pode parecer pessimista. Não, não é. É um aviso, pois mudar é preciso. E não se mude alguma coisa para que tudo fique na mesma. Há necessidade de mudanças profundas. E cito (mais uma vez) Einstein "Insanidade é estar a fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes". Ou dizendo de outro modo, continuando como até aqui teremos por destino... o buraco.

A imagem é uma versão actualizada. Olhando  as estatísticas, verão que há várias décadas que Portugal democrático mantém - em reprodução sistémica - cerca de 2 milhões de pobres, muitos deles até tendo trabalho. Não se deixa que morram à fome, mas pouco se faz para combater as causas dessa pobreza. O que o Marcelo faz, já o faziam o Cerejeira e o Tomás.

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Esta imagem também é actual. No OE serão mais 600 milhões para o Novo Banco. As ajudas públicas à banca não param. Nos últimos 12 anos somaram 23,8 mil milhões de euros. Mas não se trata apenas de injectar a nossa massa  na banca pública e privada. Agora é a Associação Mutualista Montepio que está à rasca, graças a à gestão danosa, como nos conta e reporta o Eugénio Rosa.

Há muito que a cultura-espectáculo se vem instalando. A Festa, aquela que não há outra como ela, há décadas que vai resistindo.  Excluindo os muitos meios online que a tratam nas suas múltiplas expressões, o trabalho da comunicação social nacional tende a ignorar tudo o que lhe diga respeito. Ou se não ignora, provoca ou insinua. Em 2020 vá lá, mas tenha cuidado quando comer um gelado... Falando então da ameaça ao gelado, se Lenine aparecer por lá, tenha cuidado!

Há 6 anos atrás vinham do Zimbabwe e agora chegam de Espanha. Por cá 403 mil toneladas de laranjas saíram dos pomares portugueses em 2018. Portugal teve, no último ano, a maior produção de laranjas dos últimos 33 anos. Contudo, o Pingo Doce continua a vender laranja importada, e não se importa nada. Quem distraidamente lê o rótulo julga tratar-se de laranja do Algarve, mas em boa verdade, esta laranja chegou de fora, com elevada pegada ecológica. Ah, e se fosse só a laranja...