Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão, atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Bebeu e soluçou como se fosse máquina Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flácidas Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhando o sábado
Não gostei. Considerando os tempos que correm, as preocupações e ansiedade que muitos sentem, há a necessidade premente de ouvir, ler e ver experiências alegres, que levantem o ânimo, que promovam a esperança. Isso não implica esquecer as mágoas dos outros, a vida dolorosa que muitos estão a viver.
“O para além do gosto-não-gosto” poderá ser considerado subjetivo. Há a considerar a personalidade da pessoa, os seus gostos, a emoção/os sentimentos do momento, o tempo presente que vive , as experiencias do passado e do presente, fatores determinantes da analise/ponderacao da altura... Quaisquer destas vertentes são absolutamente aceitáveis. Maleabilidade, algo a ser considerado, meu caro Rogerio... : )
"Morreu na contramão atrapalhando o sábado"
ResponderEliminarQue chatice!!!
Chico Buarque numa música fascinante.
ResponderEliminar.
Tenha um dia abençoado
Cumprimentos poéticos
Mesmo sem música ouvi-o cantar.
ResponderEliminarGostei!!!
Beijo, boa semana.
ResponderEliminarChico Buarque acompanhado com uma bela foto.
beijinhos
:)
Não gostei.
ResponderEliminarConsiderando os tempos que correm, as preocupações e ansiedade que muitos sentem, há a necessidade premente de ouvir, ler e ver experiências alegres, que levantem o ânimo, que promovam a esperança. Isso não implica esquecer as mágoas dos outros, a vida dolorosa que muitos estão a viver.
Gosto imenso deste poema. Aliás gosto muito da escrita do Chico Buarque.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Venho assinalar
ResponderEliminarque houve quem gostasse
que houve quem não gostasse
só que a questão
vai para além
do gosto-não-gosto
neste momento
agora
quem gosta?
ResponderEliminar“O para além do gosto-não-gosto” poderá ser considerado subjetivo. Há a considerar a personalidade da pessoa, os seus gostos, a emoção/os sentimentos do momento, o tempo presente que vive , as experiencias do passado e do presente, fatores determinantes da analise/ponderacao da altura... Quaisquer destas vertentes são absolutamente aceitáveis. Maleabilidade, algo a ser considerado, meu caro Rogerio... : )