07 junho, 2020

«Estes são problemas para os quais urge dar resposta, porque eles transportam o vírus da exploração do trabalho e do empobrecimento do povo, e que agora se intensifica e alastra»

«Sim, é preciso continuar a agir para salvaguardar a saúde e a vida dos portugueses. Para isso apresentámos um Plano de Emergência para reforçar o Serviço Nacional de Saúde que queremos e tudo vamos fazer para o ver concretizado. Um Plano que visa o reforço imediato do fincamento em pelo menos 25% do Orçamento da saúde para 2020; pelo recrutamento dos profissionais em falta nos serviços e a sua valorização profissional, salarial, das carreiras e terminar com a precariedade dos vínculos laborais; pelo aumento do número de camas na rede hospitalar; pelo reforço da estrutura de saúde pública que se mostrou fundamental no combate ao surto epidémico e pela constituição de uma reserva estratégica de medicamentos e equipamentos de protecção individual.»
(...)
«Sabemos que os grupos económicos que se dedicam ao negócio da doença e estiveram estes meses escondidos do vírus querem agora chamar a si a oportunidade de negócio dos atrasos, e aonde não chegam mandam recado pelos seus representantes políticos que tudo fazem para denegrir o SNS e o desacreditar.»
(...)
Os impactos da epidemia são bem visíveis na realidade do País e na vida dos portugueses e de todos aqueles que procuram no nosso País, com o seu trabalho, um rumo para as suas vidas.
São centenas de milhar de trabalhadores em lay-off, muitos milhares de despedimentos, uma brutal redução dos salários, alterações unilaterais de horários, imposição de férias forçadas e retiradas de direitos, incluindo a negação do uso dos direitos de maternidade e paternidade, arbitrárias imposições nas condições de trabalho, liquidação da actividade de milhares de micro, pequenas e médias empresas e pequenos produtores, no condicionamento da actividade produtiva e do escoamento da produção.
Dificuldades em cima de dificuldades para os trabalhadores e para outras camadas da população, ao mesmo tempo que empresas multinacionais, com milhares de milhões de lucros, se apropriam de dinheiro público recorrendo nomeadamente ao lay-off. São as grandes empresas, e não as micro e pequenas empresas, as que mais beneficiam do expediente do lay-off, são mais de 50%! Empresas, muitas delas, que beneficiam de milhões de euros de apoios públicos nos seus projectos, e não estamos a falar nos milhares de milhões de euros que já foram despejados no Novo Banco que devia estar nas mãos do povo português, ou dos muitos milhões das PPP.
Os trabalhadores e o nosso povo são atingidos pelos efeitos da epidemia e pelo aproveitamento que fazem dela.»

«Nem um direito a menos. Confiança e luta por uma vida melhor»

3 comentários:

  1. Bom dia:- Tema a merecer uma grande reflexão. Sem dúvida..." Nem um direito a Menos"". Solidário
    .
    Feliz início de semana
    Cumprimentos poéticos

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  2. Todos os direitos, claro!


    Semana boa

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