14 agosto, 2020

O "Público" detesta grupúsculos mas adora o "Chega"

 «Os grupúsculos de extrema-direita que se alimentam do ódio nas redes sociais tiveram um dia em cheio: o país que volta a assistir a um preocupante número de casos de covid-19, ou que enfrenta a maior crise económica da sua história recente, colocou os seus maiores dramas entre parêntesis para discutir as suas ameaças, a sua existência e o seu protagonismo.»

A imagem (que já deu que bradar) e o texto acima são da mesma edição do "Público", com a data de hoje. 

É excessivo, talvez até errado, o meu título. Resultado de estar atónito. 

É que lido o editorial nada fazia pensar que, ao fim ao cabo, o jornal coloca entre parêntesis os nossos maiores dramas* e vem dando, dia sim dia sim, espaço ao Chega até dizer chega! Frequentemente de página inteira!

Ao André Ventura e a Rui Rio, dá-se quase igual cobertura já que o seu entendimento se vislumbra... Talvez não exista sintonia perfeita entre aqueles dois, mas, por exemplo o que Rio diz da Festa do Avante, André fica com inveja de não ter sido ele a dizê-lo, e vice-versa!

Aguardo, com impaciência, a data em que seja marcado o 5º Congresso dos Jornalistas... o do passado, o 4º, já deixava antever que iríamos chegar ao ponto a que chegámos... 

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*Drama: os recursos do SNS (a minha Teresa, com quase 15 dias de internamento, só tem marcada a mamografia para dia 24... )

7 comentários:

  1. Afinal,
    a porta está aberta
    Porque será que não entra a poeta?

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  2. Ahá! Agora sim! :)

    Tu queres ver que já estou tão pitosga que nem uma porta aberta consigo ver???

    Ui, chega de Chega! A criatura parece ter virado a "coqueluche" deste histórico momento...

    Quanto à Teresa, caramba!, que atraso para um exame que se quereria urgente...

    Abraço!

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  3. Pois então, já que referiu a porta aberta,
    vou eu também entrar, mas para lhe ralhar:

    Não devia misturar as notícias da sua Teresa
    com esta mixórdia que é a política e quejandos

    Chega digo eu, pois uma coisa é essa coisa horrorosa
    e outra é a saúde de quem se estima e preza.

    E tenho dito!

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  4. ASSINO o comentário da nossa querida amiga JANITA.

    O que agora interessa é a saúde da TERESA.

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  5. Compreendo o ralhete, mas a saúde da Teresa depende daquilo de que não fala a imprensa... tenho grande confiança na equipa do Hospital, mas esta luta com uma fala de recursos incrível. E se isso não for denunciado, a partir de casos concretos, nada mudará quer para a minha Teresa quer para as milhentas Teresas quer para os milhentos Rogérios... E não se pense que as alternativas são melhores... antes de a encaminhar para o SNS ela esteve nas urgências do CUF Descobertas e do Hospital da Luz...

    Eu sei que não devia misturar, mas nem sempre (ou quase nunca) faço as coisas com os padrões que se consideram normais...

    Mas...eu sei que a v. censura se ajusta...

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  6. Pronto, Rogério.
    Eu reconheço que, quando me 'passo' sou demasiado ríspida e nada socialmente correcta, reconheço-o com humildade. Tinha outra forma de lhe fazer chegar o meu reparo, portanto não fique triste nem se penalize. Todos erramos, que nunca errou que atire a primeira pedra.

    Um abraço.

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  7. Tu és um "animal político", Rogério, portanto compreendo a tua explicação.

    A doença da TERESA é que nos deixa tão tristes, que escrevemos sem pensar, mas não te queremos melindrar.

    Abração para toda a família.

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