Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
Os selos são antigos, são a minha luta desde que me conheço
Levo os selos e torço pela solução ou ao menos pela tentativa de se penszar uma solução em conjunto.
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Os selos pertencem-te por direito próprio e gosto de vê-los aqui.
ResponderEliminarO poema de Manuel Alegre é uma pérola.
As mãos são o início de uma construção - casa,amizade, vida...
Maravilha...sempre uma delícia reler!
ResponderEliminarOs selos ficam...são teus...e virei vê-los sempre que me der vontade e me "abrires a porta"!
Te abraço...forte.
Bj
Que amanhã as nossas mãos coloquem em cada janela uma bandeira portuguesa, como sinal de apoio à greve geral.
ResponderEliminarDe mãos é cada flor, cada cidade.
ResponderEliminarNesta cidade, nas mãos esta dor …
Meu amigo:
ResponderEliminarOs seus selos há muito que estão guardados num cantinho especial que tenho para os amigos.
O poema de Manuel Alegre é um hino à liberdade que nunca me canso de ler.
Merecê-los?! Todos os dias faço por isso, dando as minhas mãos a causas que considero justas.
beijinhos
Gosto do poema...e levo os dois selos.
ResponderEliminarO meu grato abraço.
Amanhã portas trancadas
ResponderEliminare um grito à janela
As mãos, são os selos do Homem que faz por merece-los.
ResponderEliminarAbraço livre.
Já há muito tempo que contigo me comprometi ...
ResponderEliminarSei que tenho falhado e que o prometido te é devido. Desculpa amigo Rogério.
Levo novamente os selos e nunca mais os retiro do meu Rau na Blogspot.
O poema é aquela maravilha que só Manuel Alegre poderia ter escrito.
Que amanhã seja um dia de provas de verdadeira indignação.
Beijo
Ná
Amigo Rogério.
ResponderEliminarVou levar penas um selo, o outro já o tenho de aquando uma sua anterior oferta.
O poema o meu amigo já sabe a razão porque o deixo ficar.
Quanto ao que hei-de fazer para o selo merecer, tenho a perfeita noção do sentido de justiça democrática, para apoiar e defender a igualdade de direitos sociais.
Amanhã será o dia de provar que com as mãos se rasga o Mar e se faz a Liberdade.
Um beijo.
Janita
Muito bons os selos! Já para não falar no poema, claro!
ResponderEliminarBoa greve, amanhã!
Oi Rogério,
ResponderEliminarTens razão nem ao menos li "teu medo", falta de tempo, desculpa-me.
Belíssimo poema, belos presentes.
Beijo meu
Arte, pois claro!
ResponderEliminarE não falo só de Manuel Alegre, falo também do Rogério e das pontes que "constrói" do querer ao dizer para transmitir o que pensa.
Eu gosto! :)
L.B.
Acabo eventualmente por fugir um pouco do sentido do seu tópico, mas acabei por tentar introduzir o tema no meu último texto. Gostei tanto da “rúbrica” que vou tentar pensar num conceito para o tema em apreço.
ResponderEliminarAbraço.
Pensei que tinha deixado aqui um comentário.
ResponderEliminarProvávelmente já estava muito cansada e na quarta-feira à noite parti para só voltar há pouco, na quinta ao dobrar do dia.
Fiz greve, também por aqui, :)
Este poema de Manuel Alegre sempre me encantou, tal como o Poemarma e outros da mesma época, porque foi com eles que alguma consciência política que já possuía muito novinha se acendeu.Foi uma loucura quando numa aula de Português, num colégio de franciscanos, que era das poucas ou até talvez a única escola mista no país na altura, o professor de Português, se lembrou de dizer que a próxima aula seria de declamaçao de poesia e um dos colegas nos trouxe o "Canto e as armas" e eis que surjem meninos e meninas com 14 e 15 anos a declamar Manuel Alegre, em 1968/1969, quando ele estava exilado em Argel. Trancrevi todos esses poemas para um caderninho que ainda guardo, porque como é óbvio os livros eram proibidos, o colega que o levou só o tinha porque lhe foi emprestado pelo familiar e fadista Valdemar Vigário, colega de Manuel Alegre em Coimbra.
E foi assim que conheci a primeira vez este poema e outros que me deslumbraram.
Obrigada por esta linda partilha.
Abraço
Desculpe, voltei por causa dos selinhos, vou guardá-los e quando tiver um tempinho por estes dias vou fazer o tempero lá no Brancamar. Tenho umas coisas para avinagrar, outras para adoçar, mas ando muito ocupada. Talvez dedique o fim de semana a fazer obras, :)
ResponderEliminarBeijos
Obrigada, Rogério
ResponderEliminarEmbora goste dos dois selos, vou levar aquele que tem uma árvore :)
Uma boa semana