e a falta que eles me fazem,,,
Suas palavras não minimizam
a ausência
de quem me olhava no olhar,
mas me atiçam, ainda, a esperança
e a lembrança
de que a certeza de ser não me irá faltar
Rogério Pereira
Sonho. Não Sei quem Sou
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Palavras e certezas. Acho que também pensei sobre isso (afinidades de almas?)
ResponderEliminarUm bj querido amigo
Lembrar Pessoa hoje, na data do seu falecimento é lembrar uma pessoa muito especial e este poema é ele todo, assim definido.
ResponderEliminarMuito lindo e profundo!
Obrigada pela partilha.
Beijos
Para além de Pessoa só Saramago, que bem o descreveu.
ResponderEliminarEvocando-o, hoje, cito um heterónimo:
"...entre a vida dos homens e dos animais não há outra diferença que não a da maneira como se enganam ou a ignoram. Não sabem os animais o que fazem:nascem, crescem, vivem, morrem sem pensamento, reflexo ou verdadeiramente futuro. Quantos homens, porém, vivem de modo diferente do dos animais? Dormimos todos, e a diferença está só nos sonhos, e no grau e qualidade de sonhar. Talvez a morte nos desperte..."
Grande verdade, meu caro!Mas morrerá Pessoa, no esgar da sua crise hepática?
ResponderEliminarMas que é a morte? «Hoje estamos e amanhã já não estamos», como bem disse Saramago...
Bjs
abraço.
ResponderEliminarbem lembrado!...
Grande lembrança, poesia é necessidade e Pessoa é especial.
ResponderEliminarbjs
Jussara
Obrigada por teres partilhado.
ResponderEliminarAmbos belos, amigo Rogério.
Beijinho
Ná
Impossível deixar de o celebrar mesmo na data da morte!
ResponderEliminarDa dispersão do ser, fruto da dispersão dos tempos.
ResponderEliminarNão sei o que escreveria hoje Pessoa, mas de Unidade não seria por certo que o mundo se estilhaça mais e mais, a cada dia.
Recomeçar é sempre possível - dir-me-ão. Acontece que começa a fazer-se tarde e o homem atacado de um individualismo doentio não dá sinais de querer mudar de rumo.
Um beijo
Lídia
Um homens que Sao varias das minhas pessoas preferidas
ResponderEliminarBjinhos
Paula
… apesar desta desesperança,
ResponderEliminardesta incerteza de livre já não se ser…
Ironicamente, hoje, quando pela última vez (será?) se comemora a restauração da independência...
Caro Rogério
ResponderEliminarExcelente homenagem!!! Fernando Pessoa uma referência.
Beijo e uma flor
Meu amigo:
ResponderEliminarA morte de um sonhador, mata um pouco de nós.
Fernando Pessoa o nosso poeta maior.
Faz-nos falta mais Homens assim.
beijinhos