Quando em miúdo lia histórias cultivando valores em textos claros e simples, sempre tive a percepção que a vida é mais complicada que a simplicidade que me estava sendo dada. Fui sabendo que haveria quem mais tarde ligasse esses valores ao pensamento sobre o que é isto de sermos sociedade. Foi assim com um montão de histórias e contos populares. Ocorre-me, por exemplo, que os valores do trabalho, em contraponto com a ausência deles, me foi dado pelos "Dez anõezinhos da tia Verde Água" e que os valores da unidade os encontrei na ontem citada "Parábola dos sete vimes".
Podem dizer-me que o filósofo (ou politólogo?) tem razão em dizer que "aquilo que é solto" é que assusta o (des)governo, mas à luz dos valores que aprendi temos é que responder com a unidade a que se refere a história...
Pode o proeminente filósofo ser um grande pensador, mas não tem os meus valores... pudesse ele reinventar-nos a flauta, aquela que nos faz tanta falta em vez de pretender reinventar a Democracia. É que esta, não está provado que não nos sirva. O que é preciso é discuti-la. Discuti-la e correr com a rataria.
Meu amigo, a crise cria desunião.
ResponderEliminarEste é um dos trunfos do (des)governo.
Estou totalmente de acordo consigo, não podemos deixar que nos "partam".
beijinho
Fê
Os ratos provocam a desunião e o desentendimento.
ResponderEliminarSão ratos demasiado egoístas e apenas vêem as coisas que lhes servem.
Discutir a democracia é aprender a viver em sociedade servindo o bem colectivo e nunca os interesses pessoais.
(penso eu que sempre vivi assim)
A democracia está em risco, não tenho dúvida e temos que a reinventar, porque esta democracia orgânica faliu.
ResponderEliminarCreio ter sido esse o alcance da palavras de Gil, mas posso estar enganado.
O Gil foi sempre assim
ResponderEliminarpequenino
isto é
desde pequenino
Unidade, análise e exclusão
ResponderEliminarDiz um provérbio africano da região do xixona que qualquer carreiro vai ter sempre a algum lugar. Onde se encontra gente. Que trilhou o mesmo carreiro que nós ou outro diferente. E aí podemos todos conversar: sobre a dificuldade do caminho, do que outros disseram sobre o caminho.
A análise do discurso do outro é sempre um problema, dado que todos temos histórias de vida diferentes que condicionam o discurso de qualquer um. O que não significa que as pessoas se não possam entender. Isso só acontece quando recusamos a competência discursiva do outro, quando é necessário percorrer ainda um caminho necessariamente comum e então aí pode surgir a exclusão. E sobre exclusão basta aquela de que todos somos alvo. E os rios de tinta sobre ela não se esgotam.
Um dos trabalhos mais conhecidos de José Gil incide sobre o medo. Que é um tema recorrente na literatura (a figura do Adamastor n’Os Lusíadas) na psiquiatria (esquizofrenia) no cinema (Alfred Hitchkock) e, em qualquer destes exemplos, o espectador é participante.
Para José Gil penso que nada do que é humano lhe é alheio. Que relação haverá entre o “estafermo” apresentado na postagem anterior da “Conversa Avinagrada e o “medo”? Ele reinventa a flauta.
ResponderEliminarParece-me que estes ratos não se deixam encantar, nem por uma flauta mágica.
José Gil... Talvez tenha a ver com a janela de onde vê.
Lídia