Disse eu dele o que disse do "chavismo", pois a ele e ao país mal conheço:
«Um dado interessante sobre o período "chavista" na Venezuela: a participação eleitoral passou de 60% em 1993 para 63,45% em 1998 (eleição de Chavez), 74,7% em 2006 e 80,9% em 2012. Há uma crescente politização da sociedade venezuelana e a subida dos votantes deve-se fundamentalmente à esperança que os mais pobres depositam no Pólo Patriótico. Só mais um dado: em 1998 Chávez foi eleito com 3.673.685 votos; em 2006 com 7.309.080; em 2012 com 7.444.062.» - escrito aqui
Mas quem sabe do que fala, acrescenta:
«Ele desmentiu numa breve e luminosa trajetória a tese da excecionalidade absoluta da Revolução Cubana. Demonstrou que, afinal, era possível, num país transformado em semi-colónia, conquistar a Presidência, enfrentar o imperialismo, e, num contexto histórico muito diferente, romper as engrenagens da dominação estrangeira e proclamar que a Venezuela Bolivariana se propunha a destruir o capitalismo e, com o apoio maciço classe trabalhadora e da maioria das Forças Armadas, lançar as bases de um partido revolucionário, inviabilizar o projeto recolonizador da ALCA, e iniciar as batalhas da construção do Socialismo e da Unidade Latino-americana.»
Miguel Urbano Rodrigues.
Há mortos que não morrem
Sou contra qualquer ditadura em qualquer lugar do mundo, seja militar ou civil. Para mim Chaves foi um ditador safado que ganhou eleições manipuladas e ganhou o povo com um populismo de esmolas , igual Lua fez e Dilma faz no Brasil. Se mantêm no poder às custas da miséria do povo, por isso não acabam com ela.
ResponderEliminarUm abraço
Há quem insista abusivamente na perversão da história.
ResponderEliminarA verdade é que Hugo Chávez quando chegou ao poder tinha um país com o maior hiato entre ricos e pobres, um país com uma realidade social calamitosa, um país sem cuidados de saúde para uma maioria esmagadora da população, um país onde a maioria da população não tinha acesso ao ensino e por isso com um brutal nível de analfabetismo que, se comparado com Portugal (o meu país) e os seus 40% de analfabetos aquando da revolução de Abril de 1974, faria de nós um povo altamente escolarizado.
Quando Hugo Chávez chegou ao poder tinha um país com extrema pobreza e grande miséria. Um país onde os seus principais recursos estavam nas mãos e ao serviço do capital venezuelano e do imperialismo.
O “pecado” de Hugo Chávez foi ter tido coragem para afrontar e pôr um ponto final aos interesses económicos, nacional e estrangeiro, instalados.
O “pecado” de Hugo Chávez foi ter assumido uma atitude anti-imperialista e contra o poder americano (o xerife do mundo).
O “pecado” de Hugo Chávez foi ter sido um exemplo, com sucesso (Bolívia, Equador…) e um reforço na esperança e na luta de libertação contra o jugo imperialista que oprime os povos de todo o mundo e em particular os povos da América Latina.
O “pecado” de Hugo Chávez foi em treze anos de poder ter implementado políticas e utilizado, com sucesso, os recursos do país para reduzir o gritante e escandaloso fosso entre ricos e pobres.
Não tivesse sido a Revolução Bolivariana, com Hugo Chávez na liderança e, nos media, a apregoada estatística de pobreza actual teria hoje mais de 30% em cima.
Hugo Chávez, com a Revolução Bolivariana, conquistou a independência do país e deu início, o que não existia, à libertação da miséria e à caminhada da dignidade e da auto-estima do povo venezuelano.
Viva o povo venezuelano e toda a solidariedade para a continuidade da sua luta revolucionária que, apesar da distância, é também nossa!
Fez história. Acreditou num sonho de liberdade para o seu povo e o seu pais.
ResponderEliminarErros muitos.
O que vier a seguir que corrija o pior e faça o melhor.
É um país rico e um povo que merece um bom futuro.
Amigo Rogério,
ResponderEliminarAdmirador como sempre fui de Hugo Chávez, tenho passado toda manhã a tentar desmistificar a imagem de ditador louco que os média capitalistas diariamente construíram.
É saudável que haja opiniões divergentes, mas já escrevi alguns artigos para demonstrar o progresso social e económico conseguido por Chávez, sobretudo para os mais desfavorecidos, basta analisar as estatísticas.
Um abraço
Na Europa e nos Estados Unidos aproveitam a morte de Chavez para lhe chamar ditador execrável
ResponderEliminarNo entanto, na América Latina as reacções foram bem diferentes. De Dilma Rousseff a Cristina Kirchner, a maioria dos chefes de estado enaltecem o amor de Chavez à Venezuela e o importante papel que teve na América Latina. Os europeus continuam a pensar qu o mundo deve obdecer aos seus ditames capitalistas, desprezando o povo e é o facto de Chavez ter amado e defendido o seu povo que os dirigentes europeus e Obama não perdoam
Sempre admirei Chavez, como o meu amigo sabe e por isso lhe fico muito grato por me ter recordado o texto do Eduardo Galeano, que vou reproduzir lá no meu canto.
Obrigado
Com Hugo Chávez morre um ícone latino-americano – apesar de tudo!
ResponderEliminarAgora o rei de Espanha já não o pode mandar calar.
Também eu lhe fico grata pelo texto de Eduardo Galeano, porque sou uma grande fã deste escritor comunista, embora eu continue uma burguesa.
No te calles nunca Chavez! El pueblo seguirá escuchando tus palabras e seguiendo tu ejemplo.
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ResponderEliminarO necessário é não deixarmos morrer os nossos mortos porque é neles que se alimenta a força e a perseverança de muitos... vivos.
Beijo
Laura
o que nos toque, sem dúvida, não são "águas mornas" mas sim líderes carismáticos como este que, no silêncio que o fim de linha lhe impôs, falará sempre mais alto - deixou e fez história no leque dos que se indignam e lutam pelos valores em que acreditam.
ResponderEliminaraté sempre, Comandante!!!
ResponderEliminarHá homens que nasceram para conquistar a imortalidade.
Hugo Chávez é um deles, independentemente dos retratos que lhe pintam, uns e outros.
Um beijo