06 março, 2013

Hugo Chávez - Há mortos que não morrem...


Disse  eu dele o que disse do "chavismo", pois a ele e ao país mal conheço:
«Um dado interessante sobre o período "chavista" na Venezuela: a participação eleitoral passou de 60% em 1993 para 63,45% em 1998 (eleição de Chavez), 74,7% em 2006 e 80,9% em 2012. Há uma crescente politização da sociedade venezuelana e a subida dos votantes deve-se fundamentalmente à esperança que os mais pobres depositam no Pólo Patriótico. Só mais um dado: em 1998 Chávez foi eleito com 3.673.685 votos; em 2006 com 7.309.080; em 2012 com 7.444.062.» - escrito aqui
Mas quem sabe do que fala, acrescenta:
«Ele desmentiu numa breve e luminosa trajetória a tese da excecionalidade absoluta da Revolução Cubana. Demonstrou que, afinal, era possível, num país transformado em semi-colónia, conquistar a Presidência, enfrentar o imperialismo, e, num contexto histórico muito diferente, romper as engrenagens da dominação estrangeira e proclamar que a Venezuela Bolivariana se propunha a destruir o capitalismo e, com o apoio maciço classe trabalhadora e da maioria das Forças Armadas, lançar as bases de um partido revolucionário, inviabilizar o projeto recolonizador da ALCA, e iniciar as batalhas da construção do Socialismo e da Unidade Latino-americana.»
Miguel Urbano Rodrigues.
Há mortos que não morrem
 

10 comentários:

  1. Sou contra qualquer ditadura em qualquer lugar do mundo, seja militar ou civil. Para mim Chaves foi um ditador safado que ganhou eleições manipuladas e ganhou o povo com um populismo de esmolas , igual Lua fez e Dilma faz no Brasil. Se mantêm no poder às custas da miséria do povo, por isso não acabam com ela.
    Um abraço

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  2. Há quem insista abusivamente na perversão da história.

    A verdade é que Hugo Chávez quando chegou ao poder tinha um país com o maior hiato entre ricos e pobres, um país com uma realidade social calamitosa, um país sem cuidados de saúde para uma maioria esmagadora da população, um país onde a maioria da população não tinha acesso ao ensino e por isso com um brutal nível de analfabetismo que, se comparado com Portugal (o meu país) e os seus 40% de analfabetos aquando da revolução de Abril de 1974, faria de nós um povo altamente escolarizado.
    Quando Hugo Chávez chegou ao poder tinha um país com extrema pobreza e grande miséria. Um país onde os seus principais recursos estavam nas mãos e ao serviço do capital venezuelano e do imperialismo.

    O “pecado” de Hugo Chávez foi ter tido coragem para afrontar e pôr um ponto final aos interesses económicos, nacional e estrangeiro, instalados.
    O “pecado” de Hugo Chávez foi ter assumido uma atitude anti-imperialista e contra o poder americano (o xerife do mundo).
    O “pecado” de Hugo Chávez foi ter sido um exemplo, com sucesso (Bolívia, Equador…) e um reforço na esperança e na luta de libertação contra o jugo imperialista que oprime os povos de todo o mundo e em particular os povos da América Latina.
    O “pecado” de Hugo Chávez foi em treze anos de poder ter implementado políticas e utilizado, com sucesso, os recursos do país para reduzir o gritante e escandaloso fosso entre ricos e pobres.

    Não tivesse sido a Revolução Bolivariana, com Hugo Chávez na liderança e, nos media, a apregoada estatística de pobreza actual teria hoje mais de 30% em cima.
    Hugo Chávez, com a Revolução Bolivariana, conquistou a independência do país e deu início, o que não existia, à libertação da miséria e à caminhada da dignidade e da auto-estima do povo venezuelano.

    Viva o povo venezuelano e toda a solidariedade para a continuidade da sua luta revolucionária que, apesar da distância, é também nossa!

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  3. Fez história. Acreditou num sonho de liberdade para o seu povo e o seu pais.
    Erros muitos.
    O que vier a seguir que corrija o pior e faça o melhor.
    É um país rico e um povo que merece um bom futuro.

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  4. Amigo Rogério,

    Admirador como sempre fui de Hugo Chávez, tenho passado toda manhã a tentar desmistificar a imagem de ditador louco que os média capitalistas diariamente construíram.

    É saudável que haja opiniões divergentes, mas já escrevi alguns artigos para demonstrar o progresso social e económico conseguido por Chávez, sobretudo para os mais desfavorecidos, basta analisar as estatísticas.

    Um abraço

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  5. Na Europa e nos Estados Unidos aproveitam a morte de Chavez para lhe chamar ditador execrável
    No entanto, na América Latina as reacções foram bem diferentes. De Dilma Rousseff a Cristina Kirchner, a maioria dos chefes de estado enaltecem o amor de Chavez à Venezuela e o importante papel que teve na América Latina. Os europeus continuam a pensar qu o mundo deve obdecer aos seus ditames capitalistas, desprezando o povo e é o facto de Chavez ter amado e defendido o seu povo que os dirigentes europeus e Obama não perdoam
    Sempre admirei Chavez, como o meu amigo sabe e por isso lhe fico muito grato por me ter recordado o texto do Eduardo Galeano, que vou reproduzir lá no meu canto.
    Obrigado

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  6. Com Hugo Chávez morre um ícone latino-americano – apesar de tudo!

    Agora o rei de Espanha já não o pode mandar calar.

    Também eu lhe fico grata pelo texto de Eduardo Galeano, porque sou uma grande fã deste escritor comunista, embora eu continue uma burguesa.

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  7. No te calles nunca Chavez! El pueblo seguirá escuchando tus palabras e seguiendo tu ejemplo.

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  8. O necessário é não deixarmos morrer os nossos mortos porque é neles que se alimenta a força e a perseverança de muitos... vivos.

    Beijo

    Laura

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  9. o que nos toque, sem dúvida, não são "águas mornas" mas sim líderes carismáticos como este que, no silêncio que o fim de linha lhe impôs, falará sempre mais alto - deixou e fez história no leque dos que se indignam e lutam pelos valores em que acreditam.

    até sempre, Comandante!!!

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  10. Há homens que nasceram para conquistar a imortalidade.

    Hugo Chávez é um deles, independentemente dos retratos que lhe pintam, uns e outros.

    Um beijo

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