"(... ) Correndo riscos de simplificação, a posição transmitida pelos dirigentes do PCP nesta conferência (e vale a pena ouvir todas as intervenções) pode ser resumida em dois pontos:i) a permanência de Portugal na zona euro é económica, política e socialmente insustentável, pelo que a saída de Portugal do euro – seja por iniciativa própria, seja por pressão dos restantes Estados Membros, ou num cenário de implosão da moeda única – é apenas uma questão de tempo;
ii) Portugal só deve sair do euro por iniciativa própria se e quando estiverem reunidas as condições para que tal processo seja liderado por um governo que garanta a minimização dos custos para as populações, num processo que será necessariamente difícil.Ao assumir explicitamente que considera a permanência no euro insustentável e as suas consequências inaceitáveis, o PCP faz algo que nenhum outro partido do arco parlamentar fez até ao momento em Portugal.Todos nós, eleitores, deveríamos exigir aos partidos que se apresentam a eleições que clarifiquem a sua posição relativamente às seguintes questões:1º) Consideram ou não que a permanência do euro, de acordo com as regras vigentes, é compatível com um modelo de desenvolvimento aceitável para Portugal?
2º) Em caso afirmativo, qual o modelo de desenvolvimento que vislumbram como possível e desejável no quadro da UEM?
3º) Em caso negativo, que alternativa defendem à participação de Portugal na UEM, nos termos em que se verifica actualmente? Que estratégia pretendem prosseguir para a construção dessa alternativa? Quais os riscos, limitações e potencialidades dessa estratégia?Neste debate, tanto o PCP e como os partidos da direita já responderam à primeira questão – o PCP negativamente, os segundos positivamente. Ainda estamos à espera que PS e BE clarifiquem a sua posição sobre qualquer uma das três questões.(...)" in "Ladrões de Bicicletas"
O texto acima transcrito é um exemplo de que, fora da blogosfera afecta ao meu partido, existem (embora raros) posts versando a discussão necessária
O texto abaixo, é a demonstração que, fora das publicações afectas ou próximas do meu partido, são raros os jornais que editam textos opinativos sobre a tal discussão necessária. Acho que é novidade o destaque. Mas existe, a partir de hoje...
Rompe-se o cerco? A discussão necessária rebenta com as agendas feitas e as manobras de prolongamento do cerco? Não tenho dúvidas. Nem tenho dúvidas que a chegada em catadupas de comentadores para cercar a verdade chega atrasada. Acho que Sócrates, Marques Mendes, Jorge Coelho, Bagão Félix, Ângelo Correia, Santana Lopes, Morais Sarmento (e já se fala em Manuela Ferreira Leite) que se vieram juntar a Marcelo, vão ter a vida complicada, é que «O que está à vista não precisa de candeia.» e a discussão será feita...
É novidade o destaque, mas uma vez começada a discussão, quem a pára?
Pelo "tacto" nos vamos para fora do Euro.
ResponderEliminarNão sei se a saída, agora, da zona euro, traria algum benefício a Portugal.
ResponderEliminarO que sei, e de economia percebo tanto como um tal de Gaspar, é que a Europa está a trilhar caminhos muito perigosos. Esta no Chipre não lembra ao diabo....e vamos ver no que dá.
Abraço
Não estamos cansados
ResponderEliminarmas estamos roucos
de ter razão antes de todos os tempos
... e não somos bruxos
Abraço
ResponderEliminarNão sou boa em futurologia, mas que há muito que a procissão saiu do adro e que é fúnebre, não tenho dúvidas.
Beijo
Laura
ResponderEliminarO acto de discutir é significativo, por si só.
"Da discussão nasce a luz"
Lídia