25 março, 2013

Rompendo o cerco de silêncio, vai sendo colocada, em cima da agenda da canalha, a discussão necessária

"(... ) Correndo riscos de simplificação, a posição transmitida pelos dirigentes do PCP nesta conferência (e vale a pena ouvir todas as intervenções) pode ser resumida em dois pontos:
i) a permanência de Portugal na zona euro é económica, política e socialmente insustentável, pelo que a saída de Portugal do euro – seja por iniciativa própria, seja por pressão dos restantes Estados Membros, ou num cenário de implosão da moeda única – é apenas uma questão de tempo;
ii) Portugal só deve sair do euro por iniciativa própria se e quando estiverem reunidas as condições para que tal processo seja liderado por um governo que garanta a minimização dos custos para as populações, num processo que será necessariamente difícil.
Ao assumir explicitamente que considera a permanência no euro insustentável e as suas consequências inaceitáveis, o PCP faz algo que nenhum outro partido do arco parlamentar fez até ao momento em Portugal.
Todos nós, eleitores, deveríamos exigir aos partidos que se apresentam a eleições que clarifiquem a sua posição relativamente às seguintes questões:
1º) Consideram ou não que a permanência do euro, de acordo com as regras vigentes, é compatível com um modelo de desenvolvimento aceitável para Portugal?
2º) Em caso afirmativo, qual o modelo de desenvolvimento que vislumbram como possível e desejável no quadro da UEM?
3º) Em caso negativo, que alternativa defendem à participação de Portugal na UEM, nos termos em que se verifica actualmente? Que estratégia pretendem prosseguir para a construção dessa alternativa? Quais os riscos, limitações e potencialidades dessa estratégia?
Neste debate, tanto o PCP e como os partidos da direita já responderam à primeira questão – o PCP negativamente, os segundos positivamente. Ainda estamos à espera que PS e BE clarifiquem a sua posição sobre qualquer uma das três questões.(...)" in "Ladrões de Bicicletas"
O texto acima transcrito é um exemplo de que, fora da blogosfera afecta ao meu partido, existem (embora raros) posts versando a discussão necessária

O texto abaixo, é a demonstração que, fora das publicações afectas ou próximas do meu partido, são raros os jornais que editam textos opinativos sobre a tal discussão necessária. Acho que é novidade o destaque. Mas existe, a partir de hoje...

Rompe-se o cerco? A discussão necessária rebenta com as agendas feitas e as manobras de prolongamento do cerco? Não tenho dúvidas. Nem tenho dúvidas que a chegada em catadupas de comentadores para cercar a verdade chega atrasada. Acho que Sócrates,  Marques Mendes, Jorge Coelho, Bagão Félix, Ângelo Correia, Santana Lopes, Morais Sarmento (e já se fala em Manuela Ferreira Leite) que se vieram juntar a Marcelo, vão ter a vida complicada, é que «O que está à vista não precisa de candeia.» e a discussão será feita...


É novidade o destaque, mas uma vez começada a discussão, quem a pára?

5 comentários:

  1. Pelo "tacto" nos vamos para fora do Euro.

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  2. Não sei se a saída, agora, da zona euro, traria algum benefício a Portugal.

    O que sei, e de economia percebo tanto como um tal de Gaspar, é que a Europa está a trilhar caminhos muito perigosos. Esta no Chipre não lembra ao diabo....e vamos ver no que dá.

    Abraço

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  3. Não estamos cansados
    mas estamos roucos
    de ter razão antes de todos os tempos

    ... e não somos bruxos

    Abraço

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  4. Não sou boa em futurologia, mas que há muito que a procissão saiu do adro e que é fúnebre, não tenho dúvidas.

    Beijo

    Laura

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  5. O acto de discutir é significativo, por si só.

    "Da discussão nasce a luz"

    Lídia

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