Geração sentada, conversando na esplanada - 58 ( chove sempre, nos olhos de alguém...)
(ler conversa anterior)
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
Ó céu azul, chamar-te meu...
A esplanada, coberta e abrigada, era por vezes escolhida para deixar escoar a nostalgia e ir conversando enquanto a chuva caía. Estávamos ali há tempo e o que nos ocorreu nada teve de diálogo nostálgico:
- "A chuva nunca mais acaba, não pára!" disse.
Olhei o céu e respondi como se pensasse para mim
-"Nos olhos de muita gente, não parará tão cedo..."
Mas quem sabe se a chuva não é necessária para limpar -- pois é também para isso que ela serve -- tanta coisa que se acumulou por cá, nos meses e meses de seca...
ResponderEliminarPois eu hoje, apesar de tudo, consegui esplanar no meu Rochedo, com o Guincho a servir-me de tela!
ResponderEliminarE isso é que é triste, que não pare nos olhos de muita gente!
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, Rogério! :)
pois não,
ResponderEliminarou será dilúvio
um abraço, Rogério
E cada vez haverá mais chuva nos olhos dos portugueses! :(
ResponderEliminarGostei desta quadra de Fernando Pessoa tão dado a rimas improváveis!
A chuva lubrifica a terra
ResponderEliminarCada vez mais os olhos das gentes se parecem com o céu de Inverno.
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