«(...)Bill tornou-se muito rico, o mais rico dos ricos, e criou uma
Fundação - de benemerência, claro (tudo o que Bill faz é sempre para benefício
dos outros e nunca jamais para seu prejuízo pessoal).
Bill teve então outro sonho, como o dos computadores. Só que
com mosquitos. Bill sonhou que transformar mosquitos em vacinas era uma solução
benemérita para acabar com algumas doenças que afligem a humanidade em países
pobres e, em simultâneo, lograr destes uma renda fixa que lhe garantiria o
aumento exponencial do pecúlio para a eternidade. .
Com a ajuda de cientistas pouco escrupulosos (a Fundação
Bill e Melinda Gates pagou a pesquisa)
e de elites corruptas e desmioladas de países como o Brasil, as ilhas Caimão e
a Malásia por exemplo, conseguiu tornar o sonho possível.
Só que o sonho molhado de Bill, o super-negócio do mosquito-vacina, está a transformar-se no pior pesadelo
de todos os países sub-tropicais: o vírus Zika e a microcefalia.
Há, no entanto, quem diga que não foi apenas uma boa
ideia que correu mal (como a do Dr.
Frankenstein ou a da invenção do plástico) e que se trata isso sim de uma estratégia cínica e
deliberada de exterminação; genocídio premeditado - de eugenia, selecção artificial. Eliminação daqueles que os ricos, como Bill, acham inferiores. Controle da população para controlar os bens
alimentares. Dinheiro. Poder (...)»
"Vô, queres brincar comigo?" A interrogação era muito menos uma pergunta e muito mais um pedido. Percebi-lhe no rosto que ficaria triste se não aceitasse. "Vamos lá!" disse, indo, ainda sem saber para onde. O rosto fechado abriu-se e o olhar rebrilhou. "Vamos brincar aos colantes!, vem comigo..." e eu fui.
Percorreu o corredor e entrou no quarto do fundo. Abriu o armário da estante e tirou uma pilha de livros. Escolheu o lugar onde os podia espalhar e escolheu um. Bem colorido, de figuras diversas, dispersas, e auto-colantes. "Então é assim: tu fazes-me uma pergunta ou mandas que eu faça uma coisa, se eu conseguir responder ou conseguir fazer, ganho um colante. Mas sou eu a escolher o colante que eu quiser!". Aceitei aquelas regras, assim como aceitaria, outras que fossem, as que o Diogo quisesse definir. Comecei. Ao fim de duas perguntas acertadamente respondidas e de um exercício bem resolvido, ele exclama "Vô, assim não vale. É tudo tão fácil que eu não sei se mereço escolher o meu prémio!". E lá continuámos, subindo eu a parada na exigência até que o seu peito ficou repleto de galardões.
Quando aquilo acabou, com o exercício de descer as escadas de dois em dois degraus, sem saltos nem tropeços e até à porta da rua (única maneira de fazer com que se fosse embora), fiquei a pensar se todas as retribuições não deveriam ser assim: perante as coisas difíceis desta vida, sermos nós a premiar o nosso próprio mérito com colantes colocados no peito e com o respeito de quem estiver por perto...
Há tempos, anos atrás, já não lembro se dois se três, minha filha estendeu-me umas folhas fotocopiadas. "Lê, pai". Há tempo, há tanto que me não lembro quanto, talvez uns cinco anos que não lia nada dele. Li e ela ficou ali até que eu chegasse ao fim, o que deu para perceber que ela tinha feito uma descoberta que a comovera. Sem que lhe perguntasse nada avançou-me a resposta à pergunta que adivinhara: "Não é belo? Foi a professora de português do Miguel... e ele leu esse conto na aula e a turma em peso aplaudiu". Tinha quase decidido trazer para aqui o texto aplaudido, quando descubro outro. Decido-me por este, pois parece um comentário ao que ontem publiquei.
Parece, ou será mesmo? Ao certo, não sei.
No Fundo Somos Bons Mas Abusam de Nós
O comum das gentes (de Portugal) que eu não chamo povo porque o nome
foi estragado, o seu fundo comum é bom. Mas é exactamente porque é bom,
que abusam dele. Os próprios vícios vêm da sua ingenuidade, que é onde a
bondade também mergulha. Só que precisa sempre de lhe dizerem onde
aplicá-la. Nós somos por instinto, com intermitências de consciência,
com uma generosidade e delicadeza incontroláveis até ao ridículo,
astutos, comunicáveis até ao dislate, corajosos até à temeridade,
orgulhosos até à petulância, humildes até à subserviência e ao complexo
de inferioridade. As nossas virtudes têm assim o seu lado negativo, ou
seja, o seu vício. É o que normalmente se explora para o pitoresco, o
ruralismo edificante, o sorriso superior. Toda a nossa literatura
popular é disso que vive.
Mas, no fim de contas, que é que significa cultivarmos a nossa
singularidade no limiar de uma «civilização planetária»? Que significa o
regionalismo em face da rádio e da TV? O rasoiro que nivela a província
é o que igualiza as nações. A anulação do indivíduo de facto é o nosso
imediato horizonte. Estruturalismo, linguística, freudismo, comunismo,
tecnocracia são faces da mesma realidade. Como no Egipto, na Grécia, na
Idade Média, o indivíduo submerge-se no colectivo. A diferença é que
esse colectivo é hoje o puro vazio.
Fala-se, por aí, por tudo o que é lado, que o PCP está lixado. Que se vê reduzido à mais ínfima expressão e que o Tino quase lhe passava a perna... Deixem que dê a perspectiva de quem percorreu as mesas eleitorais cá do meu burgo: em muitas presidências estava "gente minha" em representação de Sampaio da Nóvoa e eu não estranhei.
Nóvoa é um caso único de independência partidária, em contexto de um caso (que se repete) de divisão do PS. Este o caldo que explica que o eleitorado do PC não se tenha fixado e tivesse corrido a votar voto útil.
A frio, continuo a pensar que Edgar da Silva devia ter o seu percurso de vida contado nas nossas escolas.
A despedida do professor da sua condição de candidato a candidato foi um espectáculo. Reunindo todos os seus seis "mandatários" (e mais quem lhe assinava o cheque)
houve momentos comoventes. Em 15 anos de presença, sem folgas nem descanso, o seu "tempo de antena" semanal no ‘Jornal das 8’ da TVI bateu, naquele domingo,
um recorde de audiências e, num pico, registou 1.783.300 eleitores-basbaques. O homem entusiasmou-se e, de pronto, anunciou o que antes já antes tinha anunciado: "Portugueses, eu sou já o vosso presidente". Mas nem sempre um professor-advogado é dado a contas: 2.401.015 votos foram os necessários para eleger Cavaco e este passou por "uma unha negra". Dia 25 ofereço-lhe uma máquina de calcular!
São poucas as sondagens que separam os indecisos dos que não quiseram responder.
Mas há (pelo) uma que o faz, e são 15%.
"Alto aí", diz-me Minha Alma, e continua: "supõe tu que a grande parte destas indecisões são ténues desencontros de pássaros? Nesse caso é ainda muito incerto o resultado, e tudo pode acontecer!"
Não respondi a Minha Alma, limitei-me a mandar as sondagens à merda
Prova o formato e o sucesso (que não apenas as audiências confirmação) que é possível fazer televisão, em vez de se andar por aí com a cartilha de Goebbels usada por uma cambada de palradores a quem pomposamente designam por comentadores.
O debate teve vários pontos altos. Mas eu, tendencioso e nada imparcial, aponto três (para além do já destacado na figura acima). A saber:
Sampaio da Nóvoa - apontado que quando Marcelo era dirigente do PSD, o partido votou contra o Rendimento Social Garantido (e depois vem a desculpa-resposta-esfarrapada de Marcelo) Edgar Silva - quando refere que mais do que apontar que há corrupção, é preciso apresentar meios e uma estratégia para a combater (e ilustrou as iniciativas parlamentares do seu-meu partido, designadamente arrastando Marcelo a declarar também ser contra o enriquecimento ilícito) Marisa Matias - quando diz ainda que tem vergonha da decisão do Tribunal Constitucional de repor as subvenções vitalícias a políticos sem condição de recursos
Aliás Marisa Matias quase metia todos no bolso (quer pelo desempenho, quer pela acutilância do verbo) não fora seu bolso estar roto. Eu explico: Marisa meteu o pé na argola quando meteu todos no mesmo saco quando critica que os restantes candidatos não tenham criticado a situação. Será verdade ou ela (também) brinca com as palavras?
e
critica que os restantes candidatos não tenham criticado a situação.
Matias diz que tal acontece porque, na lista dos deputados que
apresentaram o pedido ao Palácio Ratton, se encontram apoiantes de
alguns dos outros candidatos. - See more at:
http://www.rtp.pt/noticias/politica/nove-candidatos-a-belem-no-debate-da-rtp-acompanhe-ao-minuto_e889468#sthash.0u6pVY4x.dpuf
e
critica que os restantes candidatos não tenham criticado a situação.
Matias diz que tal acontece porque, na lista dos deputados que
apresentaram o pedido ao Palácio Ratton, se encontram apoiantes de
alguns dos outros candidatos. - See more at:
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e
critica que os restantes candidatos não tenham criticado a situação.
Matias diz que tal acontece porque, na lista dos deputados que
apresentaram o pedido ao Palácio Ratton, se encontram apoiantes de
alguns dos outros candidatos. - See more at:
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The Official Donald Trump Jam
Yes, it's real, and it's one of the most incredible things you will see today... The Official Donald Trump Jam.
Publicado por FOX 10 Phoenix em Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2016
É mais que evidente que a imagem pretende apontar não o retratado mas os seus herdeiros.
Sim, tal se aplica aos herdeiros de Goebells, aos que lhe seguem e prolongam a escola.
E julga-se que por seguirem tal catecismo são objecto de grata e farta retribuição? Não!
São até, na sua maioria, jornalistas contratados a prazo, sem garantia de continuidade de salário e que seguem, até por via disso, o que o chefe de redacção ordena.
Estranha situação esta em que o "quarto poder" é usado para perpetuar as condições que levarão à sua própria destruição. É que já ninguém acredita que a realidade informada é a realidade do que se passa!
Vamos lá ver uma coisa, dentro desta confusão que por aí se faz reinar,
o que se está a passar?
Hoje, o Expresso e a SIC, agorinha mesmo, pinta de fresco
o resultado: 54,8% e diz que o gajo está a subir
Está mesmo?
É que (não falando da Aximagem) o coiso perde (em menos de um mês) quase 8% e 22% não querem sequer responder...
Isto é a manipular, brincar, ou a valer?
Ah, e agora o equívoco de que trata o título.
Bóra lá:
Marcelo não só apoiou e participou na campanha presidencial mais cara alguma vez feita em Portugal, como também deu o pontapé de saída... não esquecer quem contribuiu com doações para campanha, entre outros nomes, Ricardo Salgado do BES constam nessa lista (grande amigo de Marcelo onde passava ferias no Brasil na sua mansão)... fica a duvida de quem é que pagou a campanha presidencial de Cavaco, eu acho que foram todos os portugueses ...
Publicado por Miguel Ângelo em Sexta-feira, 8 de Janeiro de 2016
Marcelo, em cupidez municipal
de coroar-se com louros alfacinhas,
atira-se valoroso - ó bacanal!
ao leito húmido das Tágides daninhas.
Para conquistar as Musas de Camões
lança a este, Marcelo, um desafio:
Jogou-se ao verso o épico? Ilusões!...
Bate-o Marcelo que se joga ao rio.
E em eleitorais estrofes destemidas,
do autárquico sonho, o nadador
diz que curara as ninfas poluídas
com o milagre do seu corpo em flor.
Outros prodígios - dizem - congemina:
ir aos bairros da lata e ali, sem medo,
dormir para os limpar da vil vérmina
e triunfal ficar cheio de pulguedo.
Por fim, rumo ao céu, novo Gusmão
de asa delta a fazer de passarola,
sobrevoa Lisboa o passarão
e perde a pena que é de galinhola.
«Não sendo certo que os anjos andem por aí entre os humanos, ocorre-me a
possibilidade de que alguns humanos, que provavelmente serão tão
incontáveis quantos os anjos, tenham sido colocados na terra, com a
missão secreta de proteger outros humanos. Até pode haver reciprocidade:
o protetor protege o protegido e este protege o protetor. Pode, creio,
dar-se o caso de este sistema de proteção mútua ter uma designação já
definida. Se alguém lhe chamar amor, não ficaria surpreendido.»
... contudo, não é disso que falo (embora bem me apetecesse) e volto às coisas do ensino, da escola. Vamos lá a ver, se depois do sistema de avaliação atacamos a questão de fundo que mais tem a ver com o aluno: a qualidade, a competência e a requerida dignidade do oficio de ensinar.
Disse a Lídia, num comentário, sobre o que ela entende ser a questão de fundo:
«Pôr uma criança a escrever sem erros ortográficos e a acertar as
operações aritméticas é muito mais fácil do que levá-la a fazer algumas
perguntas sobre o que a rodeia...»
Em Maio, ainda nem a "procissão ia no adro", um amigo deixava um escrito e um apelo, assim:
«O PS promete acabar com os exames do 4º ano. Quero que António Costa saiba que fiz exame de 4ª classe com 9 anos. A prova constava de ditado, composição, desenho (à vista) e aritmética. Depois ainda fiz exame de admissão ao liceu. Era obrigatório. Confesso que não fiquei traumatizado. Pelo contrário, fiquei muito satisfeito por saber que estava preparado para enfrentar as dificuldades do liceu. Sei que os tempos mudaram, as crianças de hoje são mais frágeis e protegidas, os 5º e 6º anos estão hoje incluídos no Ensino Básico, mas não vejo que mal vem ao mundo por obrigar miúdos a fazer um exame no 4º ano. A medida proposta pelo PS é popular, mas transmite uma ideia de facilitismo de que discordo.Muito provavelmente estarei enganado, por isso agradeço aos muitos professores que por cá passam que me dêem argumentos para mudar de opinião.»
Regresso ao tema, agora que o Crato foi integralmente arrumado (ele e a sua obra) para acrescentar ao que na altura respondi, não porque tenha hoje a ilusão de que quem escreveu este escrito mude de opinião, mas na esperança de que quem o então o comentou pense um pouco.
E isto na oportunidade da divulgação hoje do relatório da OCDE Education at Glance 2015que refere que 36 dos 39 dos países daquela organização seguem sistemas que não realizam exames nacionais no 4º, 6º e 9º anos.
Será que sistemas de ensino avançados (Finlândia e Suécia) favorecem facilitismos?
É preciso que a lógica das politicas de ensino dos anteriores governos, e que conduziram o ensino (e a escola pública) a níveis impensáveis no Portugal de Abril, sejam integralmente revistas. O sistema de avaliação não é uma ilha...
... e talvez a imagem abaixo sugira outras "coisas" de que o ensino precisa.
A finalizar a entrevista, Maria Flor Pedroso anunciou a escolha, comentando que ela revela muito do intimo da pessoa. Edgar escolheu, de Rodrigo Leão, «O encontro» e disse das suas razões:
«...porque "O encontro" tem a ver com a possibilidade da mudança absoluta, com a transformação da vida, com o imprevisível, com a efervescência das utopias, com a germinação do novo, com o novo, com o absolutamente novo!»
Um é sorumbático e melancólico.
O outro é eloquente e eufórico.
Um é contido e se fala sem ponto espalha-se.
O outro é ele o próprio ponto.
Um nunca se engana e tem a certeza de tudo.
O outro tem a certeza do que diz e nada lhe pára a fala.
Muito diferentes. Muito diferentes no estar e no falar
Muito diferentes, certamente, nos processos
de levar o País ao mesmo destino
Extractos da tabela de publicidade do jornal "Público" (confirme aqui)
Quando Marcelo afirma e proclama que fará uma económica campanha, estará a ser cínico?
Claro que é uma leitura possível. Olhando a capa do Público de hoje e aquele seu sorriso, quase de corpo inteiro, acho que é mais um sorriso zombeteiro, a gozar com o pagode. Só pode!
Quando Belmiro aceita perder uma capa e sete páginas de receita não arrecadada, por espaço de publicidade não facturada, está a ser benemérito? Não creio, Belmiro não é um "mãos-largas"!
Nem sequer me parece que o Público faculte espaço a troco de um rasgado elogio que Marcelo proferiu um dia numa sua homilia...
Sete páginas e uma capa custam uma pipa de massa.
Contas feitas pela tabela, 82 480 euros! Foi o que ganhou a campanha de Marcelo? Foi o que o Belmiro deixou de ganhar? Será que me estou a precipitar e, um dia destes lá estará o Edgar? Não puxando a brasa ao meu candidato, fica no ar a perspectiva da falência do Público? Nem pensar! É que dar o mesmo espaço aos 10 candidatos seria um rude golpe na sua já fraca saúde financeira...
Acabo de ver, em casa, sem pipocas a serem mastigadas...
Todos sabemos que, nos dias que passam a realidade tratada numa tela e passada numa sala fica a léguas da realidade, aquela vivida tal e qual.
E depois, que tem de mal?, se o que for passado nos faz pensar na vida?
Que este e aquele e o outro são personagens estereótipo, não discuto... Mas numa sociedade de estereótipos, tal não me importa muito...
2 320 posts. Prova essa tralha, no baú, arrumada, que fui ecléctico nos temas. Insisti nuns mais que outros, mas como não gosto de rankings, vou continuar a pautar os escritos por aquilo que me vai ocorrendo ou o dia-a-dia me vai impondo.
Acho que os 21 682 comentários merecem que mude de atitude: vou passar a comentá-los. Boa?