NÓS MÃES DO SONHO ABSOLUTO
Sem ter provado o tal fruto,
Sem ter aberto a caixinha,
Sem sequer qu`rer ser rainha
Senão deste meu reduto,
Vi-me coberta de luto,
Chamaram-me erva daninha,
Mentirosa, vil, mesquinha
E outras coisas que refuto
Ante um mundo em estado bruto
Contra a força que em mim tinha,
Mas sou mil, não estou sozinha,
E hei-de ser sempre o produto
Daquilo por que hoje luto
Numa luta também minha
Que é humana e que acarinha
Todo o ser que entendo e escuto...
Em tudo quanto executo,
Minha paixão se adivinha;
Raízes da mesma vinha,
Nós, mães do sonho absoluto!
Obrigada, Rogério. Tens razão, não foi só a ti que, neste dia Internacional da Mulher, ocorreu lembrar a justa luta de Catarina Eufémia.
ResponderEliminarOutro grande abraço!
Somos as memórias que temos
Eliminare temo que elas se vão perdendo
Haja quem as vá lembrando
na rua, ou poemando
Essa luta da Catarina Eufémia
ResponderEliminarteve ainda mais valor
por ter sido travada,
de forma solitária
num tempo de sofrimento,
de ditadura e de dor.
Mas a mim, o que me dói mais
é que volvidos quase quarenta e quatro anos
de libertação - será que nos libertámos?
Ainda existam mulheres a gritar por liberdade...
Isto nem parece verdade!!
E o mal, hoje, é mundial.
Vigora, ou não, o 'tal' Regime Democrático?
há rimas, que não são verdade
Eliminar"travada" não rima com "solitária"
e nada se pode fazer contra uma arma
O tal regime Demo_crático
é mais do Demo que do Crático
(aliás nem conheço este fulano, presumo que seja um embuste...)