Por vezes não procuramos a metáfora, é ela que se vem impor. Assim:
A tarde estava fria. Que o digam as abelhas na procura desesperada de um abrigo. A procura, persistente, escrutinava fresta a fresta todas hipóteses na casa de madeira. A abelha-rainha não tinha desistido, nem as obreiras, nem aquele zangão, o primeiro a ficar preso na teia que uma ausente aranha tinha montado, sabe-se lá quando, na certeza de estar ali para incautas moscas e não para tão nobres seres. Zangão e abelhas iam ali ficando até lá se finar a abelha-rainha, a última a murrer. Triste e imerecido fim.
Lá longe, em espaços palacianos, onde o poder define quem tem e quem não tem direito a colmeias, a cera e a mel, as abelhespas estão ainda longe de se devorarem umas às outras. Esse fim seria a salvação... Entretanto a ameaça paira, alheia a lúcidos alertas de avisado apicultor : "se as abelhas forem extintas a humanidade terá apenas 4 anos de existência". Talvez menos, pois são vorazes os vespeiros...Este texto começou exactamente com o desespero do bando, filmado pelo meu genro
Muito, mas mesmo muito raramente, um boa metáfora precisa de ser procurada.
ResponderEliminarAqui, a humanidade é representada pelas abelhas e as abelhespas serão aquela pequena parte dessa humanidade que, não tendo evoluído, se distanciou dela por poder pôr e dispor de tudo.
Verdade?
Abraço
Tenho muito medo, de abelhas, vespas abelhespas etc... muitas vezes (humanas) :))
ResponderEliminarHoje :- Sorriso camuflado
Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira.
Ah, pois são,
ResponderEliminare eu sei bem a diferença entre umas e outras.
Ainda em Agosto uma vespa me fez sentir na carne
que o ferrão dela não era doce como o mel...
Por isso nem vou falar de metáforas.
:)