O Ministério das Finanças da Rússia diz esperar receber até um bilião de rublos de receitas adicionais de petróleo e gás este ano. Isto foi declarado, pelo ministro, Anton Siluanov, no início desta semana.
Os peritos ocidentais dizem que as receitas do petróleo e do gás da Rússia atingiram um nível recorde, apesar das sanções ocidentais sem precedentes.
De acordo com Janis Kluge, especialista do Instituto Alemão de Relações Internacionais e Segurança, as receitas da Rússia provenientes da venda de transportadores de energia aumentaram mais de 50%.
Em Abril, Moscovo recebeu 1,8 biliões de rublos provenientes da venda de petróleo e gás. Em Março, este valor foi de 1,2 biliões de rublos.
Assim, a Rússia recebeu metade das receitas previstas de petróleo e gás para 2022 em apenas quatro meses. As sanções do Ocidente sobre a Rússia acabaram por beneficiar esta no sector da energia. É impossível retirar o mesmo petróleo russo do mercado sem permitir que o seu preço suba. E se o preço do barril continuar a crescer, então a procura de «ouro negro» russo subirá na mema proporção.
Estes números confirmam a tendência já expressa nos dois primeiros meses de guerra, conforme tinha noticiado, a 27 de Abril passado, o jornal The Guardian:
«A Rússia quase duplicou as suas receitas provenientes da venda de combustíveis fósseis à UE durante os dois primeiros dois meses de guerra na Ucrânia, beneficiando do aumento dos preços, mesmo com a redução dos volumes.
A Rússia recebeu cerca de 62 mil milhões de euros das exportações de petróleo, gás e carvão nos dois meses desde o início da invasão, de acordo com uma análise dos movimentos e cargas marítimas efectuada pelo Centro de Investigação sobre Energia e Ar Limpo do Reino Unido.
Para a UE, as importações foram de cerca de 44 mil milhões de euros nos últimos dois meses, em comparação com cerca de 140 mil milhões de euros durante todo o ano passado, ou cerca de 12 mil milhões de euros por mês.
Os resultados demonstram como a Rússia tem continuado a beneficiar do seu estrangulamento sobre o abastecimento energético da Europa, mesmo enquanto os governos têm procurado freneticamente impedir Vladimir Putin de utilizar petróleo e gás como uma arma económica.»
As sanções têm sido, de facto, incapazes de reduzir, de facto, de uma forma eficiente, a dependência energética dos países da União Europeia em relação à Rússia.
As exportações russas descem, os preços sobem, e as sanções derrapam
Ler tudo aqui
Li o artigo. O mundo está a ficar estranho, mais estranho... e vai piorar.
ResponderEliminarTenho essa mesma sensação...
EliminarTu escreves que as tuas rugas
ResponderEliminarte disseram
haver quem tenha rugas na alma
e até há quem tenha enrugado
o seu juízo. A nossa Uschi (com o cabelo sempre bem penteado) tem o seu juízo absolutamente enrugado … infelizmente muitíssima gente.
250 milhões de euros dos portugueses para a Ucrânia.
EliminarO juízo do António Costa enrugou com a maioria absoluta.
Há coisas que eu, por mais que tente, não consigo entender
EliminarQue mais falta acontecer?
Li e agora pergunto: Qual é a alternativa sugerida pelos peritos da UE?
ResponderEliminarOs peritos
Eliminarapodreceram
e eram bonitos
quando eram peros
e falavam da Paz
EliminarEscrevem sobbre críticas e/ou factos e não escrevem sobre soluções. O costume.
Li o artigo. Aliás, tenho lido tudo o que posso sobre as origens e desenvolvimento deste conflito bélico.
ResponderEliminarDaqui a pouco
Eliminarvou estar...
Depois conto!
Ando com a cabeça à roda e não melhora com tanta confusão!
ResponderEliminarAbraço
Acho que a ideia é essa
Eliminarde espalhar a confusão
até mais não!
Abraço confuso
Se as sanções trazem tanto lucro à Rússia - posso duvidar que, globalmente, assim seja mas isso não interessa para o caso - por que raio é que eles insistem que o ocidente as deve levantar? Ou, pior, que se sentem ameaçados por essas mesmas sanções? Será que estão com um problema de excesso de liquidez?
ResponderEliminarCaro Rogério
ResponderEliminarObrigado por nos trazeres este belíssimo texto.
Em pouco mais de 8 páginas faz uma analise profunda de como funciona a economia da UE, põe a nu as fragilidades de uma UE sem políticos e sem políticas, quer económicas, quer estratégicas, quer estruturais.
A UE tal como está não passa de um grupo de tecnocratas sem sufrágio universal, mais preocupados com o grande capital financeiro e os seus lucros e não com o bem estar dos cidadãos dos seus países mantendo uns no pelotão da frente, como gostam de enunciar e outros no pelotão dos pobres. Esta invasão que todos condenamos veio mais uma vez trazer à liça a falta de capacidade dos seus políticos medíocres, UE essa; que ao invés de acolher soluções de paz na sua geografia, para proporcionar estabilidade e bem estar aos seus cidadãos e à sua economia, levando por diante uma transição energética tão necessária para o planeta, embarca mais uma vez numa escalada de violência alimentada pelos lóbis do armamento dos EUA que longe de tudo não se importam de destruir a Ucrânia e colocar a Europa cada vez mais na sua dependência.
A UE ao invés de seguir o seu caminho na defesa do planeta e prosseguir uma politica de redução dos gases de estufa, prepara-se para cair nas mãos do gás de xisto dos EUA que ao ser transportado em grandes navios até à Europa vai aumentar não só o tráfego nos já poluídos mares, como vai ficar na dependência dos grandes armadores dos transportes marítimos, dos quais tivemos como exemplo o negócio dos mega contentores que em pouco tempo quase levou à ruina a industria e o comercio mundial.
Um abraço