Depois de ter vivido mais de 53 anos na mesma casa, hoje, ao a deixar, fizemos uma simbólica cerimónia: a entrega da chave a este, meu inquilino. Aclésio (de seu nome) e a sua já grande e simpática família já estão a instalar-se naquele que foi o ninho da minha querida prole...
Mas a minha comunidade não me perde e eu não a perco a ela. Podia lá ser? Não foi por acaso que escolhi a minha nova morada a dois passos desta.
As minhas filhas opuseram-se à venda e eu nem discuti. Até tive a sorte de a alugar inteiramente mobilada e, assim, não de desfiz de um património de tão rica e ternurenta memória.
À saída até as paredes não reprimiram lágrimas...
Imagino quão difíceis terão sido esses momentos de despedida, Rogério.
ResponderEliminarFelizmente, arrendou tudo! Espaço, janela virada para o Tejo e o mobiliário que tantas e tão gratas recordações vos ligam a essa residência.
A Mª João, sentadinha no chão, a ler os seus (dela) livrinhos, é também recordação de todos nós.
Gostei da boa onda do seu inquilino, e, como suponho que muda para uma casinha térrea, sem escadas para subir e mais um jardinzinho para se entreter, que mais haveríamos nós de querer?
Pois que desfrute da sua nova casa e não deixe de nos ir dando conta de como vai vivendo. 😊
Saúde, Paz e tudo o mais que o satisfaz.
Há pouco, quando entrei no meu novo ninho, fiz um "óh!" de espanto! Minhas filhas arrumaram quase tudo e esse quase-tudo foi tanto!...
EliminarE sim!, iri dando conta de como a coisa vai evoluindo (amanhã, o jardineiro vem cá, a ver a volta que lhe dá...)
Obrigadinho pela sua excelente rima final
e deixo o mesmo desejo, tal e qual!
Desejo-te felicidades nesse novo lugar onde vais viver. É bom mudar.
ResponderEliminarObrigado, caríssimo!
EliminarE sim!, cada mudança é um estímulo!
Muitíssimo obrigado pela homenagem,e cuidarei da casa como se fosse minha,muito grato em ter conhecido o Sr Rogério
ResponderEliminarNão me agradeça, caro Aclésio,
Eliminarsei que tratará bem o meu ninho
e que a sua família o tratará com carinho!
Grato por vos ter conhecido!
Até eu reprimo lágrimas ao ler esta tua publicação, Rogério.
ResponderEliminarVou ter saudades da janela para o Tejo.
Aquela janela já faz parte da minha memória
Eliminarquando a quiser revisitar alguém me abrirá a porta
E, querida amiga,
quanto à incontida lágrima
essa deixou Minha Alma comovida
Dia sim dia não penso vender a minha casa.
ResponderEliminarO filho não me quer neste casarão com escadas e cheia de "tralha" de 53 anos como tu.
Não dá para a arrendar com o recheio porque seria uma renda incomportável para uma família normal.
Mas os meus problemas ortopédicos estão a agravar-se.
Esta semana terei o 1°veredicto!
Abraço
Que tenhas a sorte que eu tive e a humanidade que sempre tenho!
EliminarAluguei a casa toda mobilada, com roupas e louças e o meu inquilino está-me muito agradecido (e reconhecido) pois aluguei-lhe a casa a preço que não acompanha a alto do mercado... trata-se de um casal brasileiro, com uma criança (engraçada) e acompanhados de mão e sogra. Estão no nosso País há sete meses... para eles sou um achado...
As tuas melhoras
Abraço, largo!