12 janeiro, 2017

Da precaridade que grassa nas redacções, fomos já sabendo. Mas e as fontes, senhores? E as fontes?



“Fontes sofisticadas de informação”

O estudo, editado em 2010, é um trabalho de investigação do jornalista Vasco Ribeiro (que é uma das minhas testemunhas para provar que o PiG anda por aí), e é elucidativo quanto à existência ou não de liberdade de imprensa.

Nesse estudo há uma conclusão surpreendente do autor que, então transcrevi, da página 117:  
“ A conclusão mais surpreendente deste estudo é, porém, a circunstância de um terço do produto jornalístico dos diários estudados ser produzido por iniciativa das redacções. Mais de 60% das notícias resultam, pois, de uma acção de indução por parte de assessores de imprensa, relações públicas, consultores de comunicação, porta-vozes e outros peritos de spin doctoring."(*)

(*) No glossário da BBC: Spin DoctorsMarqueteiros: Nome dado àqueles que buscam manipular a mensagem dos partidos e dos políticos junto à imprensa, dando uma interpretação favorável ao partido em determinadas notícias. A tentativa de manipular a mensagem é conhecida como "Spin". No seu livro, Vasco Ribeiro, detalha esta actividade e desenvolve a prática dessa gente.
Senhores jornalistas reunidos em congresso, não seria oportuno saber como funcionam as redacções, hoje?


4 comentários:

  1. Muitíssimo oportuno, Rogério!

    Abraço!

    Maria João

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  2. Só sei que o jornalismo da atualidade está pelas ruas da amargura em termos de falta de conhecimento, falta de isenção, falta de correção ética, política e cívica. Serão, decerto, muito mal formados nas escolas superiores - tal como os professores.

    Beijinho.

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  3. Bom a falar verdade eu não entendo muito do assunto. O que me parece é que hoje em dia o jornalismo está inquinado. Na maioria das vezes pelo poder político, mas também pelos gostos de quem o consome. Quero eu dizer na minha, que muitas vezes uma notícia descrita de forma isenta, não tem interesse comercial, não vende.
    Um abraço e bom fim de semana

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  4. Jornalistas são poucos. O que há são os escribas que trabalham por encomenda, seja nas agências seja nas redacções. Por uma sopa de lentilhas.
    Depois do Congresso dos Jornalistas, que decorreu estes dias, será que muda alguma coisa?.
    Abraço.

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