Poema
No tempo em que os poemas falavam
havia uma madrugada para florir
um aroma de alecrim em cada mão
em cada olhar inocente uma prece
um povo inteiro a rogar redenção.
Calam-se agora os poetas ao verem
paradas as naus, e o mesmo povo
contente, co’ a liberdade de dar
aos vampiros de sempre,
sua carne, seu sangue em dádiva
consciente.
Cale-se então o poeta
que estrangeiro se sente
no seio da própria gente.
Lídia Borges
"Seara de Versos"
Os três últimos versos espelham bem todo o sentir luso.
ResponderEliminarQuem diria que os vampiros continuariam a sugar o sangue dos inocentes, após aquela longínqua madrugada de cravos rubros florida?!
Quem diria?...
Lídia tem coração luso
Eliminare alma celta
por isso não se cala
foge à regra
Demasiado manso, este povo.
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério :)
Nunca fales assim do povo
Eliminar...um dia acorda
O povo tem memória curta. Os poetas não.
ResponderEliminarMuito bom o poema.
Abraço
...muito bom
Eliminarmesmo!
Um belíssimo poema, como o são todos os que a Lídia Borges assina.
ResponderEliminarAbraço grande para ambos!
Maria João
Quando a leio, é em ti que penso
EliminarÉ nela que penso quando a ti te leio
em outros poetas me enleio
num não acabar de versos
caudal
que desagua... no Mar
Poetas, em letra grande
Bela mamória da Lídia
ResponderEliminarA Lídia é nossa irmã
EliminarAgradeço, Rogério! Embora não seja o que escrevo, mais do que um modo de sentir, entre tantos outros modos de sentir idênticos.
ResponderEliminarLídia